Capítulo 3.5.2 das Lições sobre o Holocausto. Aqui percebemos mais uma vez a forte contradição naquilo que foi declarado pelas testemunhas sobre a capacidade de extermínio através das “câmaras de gás” de Treblinka.
R. Vocês não verão mais hoje na literatura comum sobre o tema, a confusão com as supostas armas do crime utilizadas em Treblinka. Esta literatura suprime todas aquelas declarações que contradizem a concepção atual estabelecida dogmaticamente, [562] e que já foi percebida pelo Prof. Nolte (compare pág. 139, capítulo 2.15). Um dos métodos de execução, segundo afirmado pelas testemunhas, foi a retirada do ar do interior de uma câmara de gás, ou seja, através da formação do vácuo. A formação da mortal sub-pressão é impossível em cômodos construídos convencionalmente em alvenaria, pois as paredes não agüentam a pressão externa e desabariam, provocando a ruína da construção.
Mas a maioria dos depoimentos dados pelas testemunhas durante e depois da guerra afirmam, em sua maioria, que as execuções foram conduzidas em Treblinka através de vapor d’água.
P. A sauna como arma do crime!
R. Sim. É interessante notar que havia sauna para os detentos em Auschwitz e possivelmente também em outros campos. [563] Talvez isso seja a gênese destas declarações. O historiador judeo-britânico Gerald Reitlinger notou acertadamente sobre isso:
“É difícil imaginar que pessoas possam ser exterminadas com emprego de vapor. […]”
R. Por causa disto as câmaras de vácuo foram substituídas gradualmente por motores a Diesel, cujos gases do escapamento devem ter sido usados para o genocídio.
Eu vou me abster de uma discussão detalhada sobre a técnica das câmaras de gás em Treblinka, pois os depoimentos das testemunhas são muito contraditórios e improdutivos para se poder chegar a uma conclusão segura. [566]
Mas eu gostaria de salientar um curioso detalhe resultante da afirmação que em Treblinka teria sido construído um grande prédio com outras dez câmaras de gás, devido à sobrecarga da primeira “câmara de gás” com apenas três câmaras de execução. Segundo a Enciclopédia do Holocausto, este novo prédio foi construído até outubro de 1942. [554] Nós partimos então do pressuposto que esta instalação estava operando a partir de novembro de 1942. Segundo a mesma Enciclopédia, as câmaras do prédio antigo tinham uma área conjunta de (3x4x4) 48m², todavia, as novas tinham (10x8x4) 320 m². A partir de novembro de 42, portanto, o campo dispunha de (48+320) 368m² para o extermínio. A relação entre a área disponível antes e depois de novembro de 1942 era de 48:320 ou 1:7,66.
Segundo a concepção predominante, cerca de 694.000 pessoas devem ter sido mortas em Treblinka até o final de outubro de 1942, porém, depois “somente” 187.390. [567] A relação dos assassinatos entre os períodos até final de outubro de 42 e aquele subseqüente é, portanto, de 1:0,27. Partindo-se agora da premissa que as três pequenas “câmaras de gás” estivessem 100% sobrecarregadas até o fim de outubro de 42 – caso contrário não haveria motivos para se construir as mais novas e maiores – resulta uma utilização para as treze câmaras disponíveis a partir de novembro de 42 de somente (0,27/7,66) 3,5%! (compare Tab. 12)
P. Mas então as dez novas e maiores “câmaras de gás” não foram necessárias de forma alguma.
R. Exato. A contradição entre os assassinatos afirmados para aquele período e a capacidade ampliada de extermínio afirmada pelas testemunhas é um forte indício que a afirmação sobre a construção de uma grande câmara de gás não se apóia em fatos, mas sim tem origem propagandística: três “câmaras de gás” não são monstruosas o suficiente. O inferno dos nazistas deveria ser consolidado também aqui com “dados” cada vez maiores.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original foram destacadas em negrito pela Equipe do Inacreditável – NR
Quem é Germar Rudolf?
[562] Compare: Alexander Donat (Hg.) e Yitzhak Arad, aaO. (Nota 172)
[563] Im Entlausungsgebäude BW 5b, vgl. Anm. 523.
[564] Gerald Reitlinger, Die Endlösung. Hitlers Versuch der Ausrottung der Juden Europas 1939-1945. Colloquium Verlag, Berlin 1992, pág. 157.
[565] Compare para isso C. Mattogno, J. Graf, “Kapitel II: Die Entstehung des Bildes von Treblinka als Vernichtungslager”, aaO. (Nota 172), pág. 57-96 (www.vho.org/D/Treblinka/II.html).
[566] A quem se interessar, compare C. Mattogno, J. Graf, aaO. (Nota 172), pág. 145-151, 165-170; assim como Arnulf Neumaier, aaO. (Nota 182)
[567] Y. Arad, aaO. (Anm. 172), pág. 392-397.