Os primeiros revisionistas da história contemporânea
R. Para iniciar esta segunda lição, gostaria de mencionar o professor francês de geografia e história, Paul Rassinier, o qual pode ser visto como o pai da historiografia crítica do Holocausto. Rassinier era antes da guerra um assumido comunista, motivo pelo qual ele se juntou à Résistance como guerrilheiro (partisan), após a subjugação da França pela Wehrmacht. Como tal, ele foi preso pelos ocupantes alemães e deportado para o Campo de Concentração de Buchenwald.
P. Eu pensava que a Wehrmacht fuzilava os guerrilheiros ali, na hora?
R. Segundo a conduta de guerra daquela época e que ainda permanece nos dias atuais, o fuzilamento de guerrilheiros era legítimo, mas a Wehrmacht mudou em 1943 sua política a cerca desta questão, pois as tropas alemãs estavam simplesmente se ocupando muito com os guerrilheiros, e porque as execuções em massa dos guerrilheiros colocava de tal forma a população local contra os ocupantes alemães, que os guerrilheiros conquistavam a supremacia moral e encontravam cada vez mais apoio junto à população.
P. O que só pode ser classificado como compreensível.
R. Sim, a luta da população civil contra um tropa de ocupação pode ser ilegal, mas é compreensível moralmente e se cobre de glórias quando o exército de ocupação perde a guerra. Mas seja como for, o fato é que os alemães preferiram colocar Paul Rassinier e outros detentos em importantes fábricas da indústria bélica, ao invés de fuzilá-los. Desta forma, Rassinier foi parar em Buchenwald após umas semanas em quarentena e depois para o Campo de Dora-Mittelbau, onde se encontrava a produção das armas V (Vergeltungswaffen = armas de revide – NR). Ao final da guerra, ele foi transportado juntamente com os outros detentos de um lugar para outro pelos desorientados homens da SS. Rassinier relata sobre o excesso de violência durante o transporte por parte destes enervados SS. Finalmente, Rassinier escapou de seus vigilantes e foi libertado pelas avançadas unidades americanas.
No pós-guerra, Rassinier atuou como representante
do socialismo no Parlamento francês.
Como deve ser de conhecimento geral, antigos prisioneiros
dos campos de concentração começaram logo após
a guerra a publicar artigos e livros sobre suas memórias.
Um desses autores de Campos de Concentração foi Eugen
Kogon, preso durante a guerra como dissidente político, e
foi um antigo contemporâneo de Rassinier no Campo de Concentração
de Buchenwald. Quando Rassinier leu o livro de Kogon
ele ficou tão chocado com as distorções, exageros
e descaradas mentiras que encontrou – principalmente pela
omissão quanto à responsabilidade de seus camaradas
comunistas por muitas das violências cometidas no campo –
que escreveu em seu próprio livro uma crítica à
descrição de Kogon.
P. Quer dizer que Kogon usava então seu
próprio distorcido filtro político.
R. Na introdução, o próprio
Kogon escreveu que ele submeteu seu manuscrito aos antigos líderes
dos prisioneiros, “para dissipar qualquer temor que seu
relato pudesse servir como uma peça de acusação
contra os antigos líderes dos detentos.”
Quando Kogon foi acusado de que seu livro Der
SS-Staat (O Estado SS – NR)
era um panfleto político, abriu-se um processo de calúnia
e difamação onde Kogon acabou perdendo. O tribunal
descreveu sua decisão:
“Esta acusação
(o livro de Kogon é um panfleto em desagravo à
pesquisa histórica) parece que não caiu
das nuvens, quando o mandante escreveu uma apreciação
sociológica do comportamento das pessoas nos Campos
de Concentração sob o aspecto de que elas não
deveriam corroborar uma peça de acusação
contra os líderes dos prisioneiros do campo.
[…] Se considerar que entre os quinze principais representantes,
que aparecem em seu relatório para dissipar o temor
de uma peça de acusação, encontravam-se
dois soviéticos e oito comunistas, então vem
à tona a impressão de que foi omitida as atrocidades
cometidas pelos comunistas principalmente deste círculo
de conhecidos, […] Estas ponderações devem
ficar afastadas de uma pesquisa científica. A
ciência pura não pergunta se o resultado é
agradável a fulano ou cicrano. Onde perguntas
motivacionais determinam o conteúdo, perdeu-se ali
a objetividade. Se o acusado como ex-detento exprime sua opinião
de que O Estado SS é um panfleto, então ele
faz uso de seu direito de liberdade de expressão (art.
5 GG), sem com isso atacar a honra pessoal do mandante […].”
P. Então o livro de Kogon é um álibi
para si próprio e seus amigos comunistas, que empurraram
toda a culpa aos malvados SS e outros detentos.
R. E justamente este Eugen Kogon dedicou parte de
sua vida a um papel-chave na Alemanha a cerca do esclarecimento
sobre o “Holocausto”.
Em outras edições assim como em outros
livros, sobre uma base cada vez mais sólida, Rassinier se
ocupou com as afirmações sobre as atrocidades alemãs
durante a Segunda Guerra Mundial e, principalmente, com a questão
se naquela época existiu uma política alemã
de extermínio sistemático dos judeus europeus.
Quem tiver interesse nessas críticas descrições
históricas a cerca do Holocausto, eu recomendo sua leitura.
Eu gostaria ao mesmo tempo de avisar que a obra de Rassinier não
é isenta de erros. Mas qual obra não é, principalmente
ainda quando provem dos pioneiros! Rassinier teve somente um acesso
limitado às fontes primárias, o que necessariamente
provocou lacunas em seu trabalho. Do ponto de vista atual, portanto,
é muito menos interessante o poder de convencimento e exatidão
de seus escritos do que o próprio autor: um francês
comunista, guerrilheiro e antigo prisioneiro de Campos de Concentração,
foi o primeiro que se colocou publicamente contra as mentiras e
exageros dentro do contexto do Holocausto.
P. Isso me surpreende. Eu sempre acreditei que
os primeiros foram os nazistas ou neonazistas.
R. Isso é bastante difundido, porém,
é um falso clichê. Foi uma vítima dos nazistas,
um inimigo ideológico mortal dos nazistas, que tentou conceder
a honra à verdade.
P. É, não se pode acusá-lo
que ele tinha roupa suja para lavar contra alguém.
R. Finalmente não se trata da questão
sobre quem trouxe o argumento, enquanto este seja convincente. Mas
eu concordo com você que as pessoas estão inclinadas
neste assunto a ouvir alguém que estava atrás dos
arames farpados, do que aquela que estava com a arma na mão.
Embora a gente possa com segurança afirmar que ambos os grupos
por motivos opostos podiam ter interesse em omitir certas coisas,
exagerar outras ou até inventar algumas.
Permaneçamos firmes então na constatação
de que o pai da pesquisa crítica sobre o Holocausto
era um radical da esquerda, um anti-fascista e prisioneiro de Campos
de Concentração.
P. Rassinier teve algum problema devido a suas
críticas?
R. Oh sim! Iniciou-se um processo contra ele
que no final das contas foi arquivado. Ele foi caluniado publicamente
pela imprensa francesa e fora suas obras, raramente teve a oportunidade
de se defender. Mas se compararmos com a perseguição
contra os vindouros críticos pesquisadores, Rassinier saiu
quase que ileso.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original
foram destacadas em negrito pela Equipe do Inacreditável
– NR
Quem é Germar Rudolf?
Franz W. Seidler, Verbrechen an der Wehrmacht,
Pour le Merité, Selent 1998, pág. 127
Veja a autobiografia de Paul Rassinier, Passage de la
Ligne, La Librairie française, Paris 1948
Eugen Kogon, Der SS-Staat. Das System der
deutschen Konzentrationslager, Verlag Karl Albert, Munique
1946.
d Ulysse, La Librairie française, Paris 1950
(Az.: 10-0 409/58), Julgamento de 13.12.1958
Priester, Wiesbaden 1960