“O Holocausto nunca aconteceu”
Até os dias de hoje podemos ler notícias sobre processos judiciais indenizatórios movidos pela Indústria do Holocausto. Afinal de contas, quantos judeus sobreviveram ao Holocausto?
Qual é o número mais provável de vítimas do Holocausto?
Como vimos no tópico 1.6, “Faltam 6 milhões?”, o instituto Yad Vashem, localizado em Israel, iniciou a elaboração de uma lista com os nomes das vítimas do Holocausto. Por que os nomes desta lista não se aproximam do número total de vítimas?
Podemos responder a esta pergunta sob 2 perspectivas: uma microscópica e outra macroscópica. A perspectiva microscópica refere-se àquela das vítimas. Vamos imaginar que você seja deportado com sua família. Ao chegar, os aptos ao trabalho são separados de seus familiares e enviados para outros campos de trabalho forçado. Mulheres e crianças são transferidas para alojamentos especiais, pessoas idosas são separadas segundo o sexo e alojadas da mesma forma, em separado. Segundo a demanda e necessidade, estas pessoas são agora transportadas para outros campos e, ao final da guerra, distribuídas no reduzido número de campos de concentração que ainda não tinham sido libertados pelos aliados. Todos aqueles que sobreviveram a este tratamento, terminaram finalmente em algum campo de concentração do pós-guerra e, a partir destes, foram espalhados por todo o mundo. Muitos conservaram seus nomes, porém, a maioria estava saturada de ser reconhecida prontamente como judeu e tomaram em suas novas pátrias, novos nomes: um nome espanhol na América do Sul; um inglês nos EUA; freqüentemente um hebraico em Israel.
Agora a pergunta: como parentes destas pessoas podem encontrá-las nesta situação?
Como tal empreitada é quase impossível, podemos imaginar que com a ajuda da Internet algo possa ser feito. De fato, fica mais fácil do que nas décadas seguintes ao pós-guerra, porém, há uma dificuldade adicional: a geração do pós-guerra tem que primeiro descobrir que parentes eles tinham pelos quais eles possam procurar.
Vejamos aqui uma das esporádicas notícias que apareceram em jornais regionais, onde é reportado como uma família desintegrada pelo Holocausto se encontrou de forma milagrosa: pessoas que acreditavam mutuamente que seus parentes tinham sido exterminados, se encontravam novamente através de uma assídua busca e muita sorte. Segue o exemplo de um jornal diário dos EUA:[1]
“Certa época os Steinbergs habitavam um pequeno povoado judeu na Polônia. Isso foi antes dos campos de extermínio de Hitler. Agora um impressionante grupo de 200 sobreviventes e seus descendentes se reúnem aqui para participar de uma festa de 4 dias, que se inicia apropriadamente no dia de Ação de Graças (‘Thanksgiving day’). Parentes vieram na quinta-feira do Canadá, França, Inglaterra, Argentina, Colômbia, Israel e pelo menos de 13 Estados dos EUA. ‘É fantástico’, disse Íris Krasnow, de Chicago. ‘Aqui estão reunidas 5 gerações, de um bebê de 3 meses até um idoso de 85 anos. As pessoas choram de felicidade e vivenciam um momento maravilhoso. É quase uma reunião de refugiados da Segunda Guerra Mundial’. Sam Klaparda, de Tel Aviv, perdeu a fala quando no saguão do hotel Mariot junto ao aeroporto internacional de Los Angeles, ele viu uma imponente árvore genealógica. É impressionante como eu tenho parentes, ele disse […] Para a mãe de Íris Klasnow, Helene, a qual tinha emigrado da Polônia para a França e de lá para os EUA, a reunião era um acontecimento festivo. ‘Eu não posso acreditar que tantos sobreviveram o Holocausto. A gente encontra aqui tanta vida – uma nova geração. É maravilhoso. Se Hitler soubesse disso, ele iria se revirar na cova’”.
É claro que neste momento muitos possam questionar se esse episódio não seria um caso único. Sim e não, pois isso prova que o cenário descrito acima acontece realmente. Da mesma forma, é correto afirmar que só poucos casos são conhecidos. Porém, vamos refletir: artigos sobre maravilhosos reencontros familiares aparecem mais freqüentemente somente na mídia local. Quem se ocupa até o momento com a tarefa de vasculhar todos os arquivos da mídia local atrás destes artigos? Este relato aparece descrito aqui apenas como fruto do acaso. Uma investigação sistemática não existe. E mais: quantos destes reencontros de supostos parentes desaparecidos cruzam o caminho da mídia? Mais: qual é a probabilidade que diante das dificuldades apresentadas, um reencontro de desaparecidos aconteça? De outra forma: quantos entre os desconhecidos sobreviventes devem existir para que
a) se reencontrem casualmente
b) apareça o artigo na mídia sobre esta família
c) nós tomemos ciência do artigo?
Pelo exposto até aqui, não poderíamos partir do pressuposto de que os sobreviventes do Holocausto iriam empregar após a guerra todos os meios possíveis para obter informações sobre o destino de seus parentes? Pois ao contrário, nós teríamos então frequentemente muitas reportagens sobre os reencontros de sobreviventes judeus com seus parentes desaparecidos.
Tal suposição é discutível e cai por terra com o depoimento de uma famosa testemunha ocular, a saber, Arnold Friedmann. Quando ele se apresentou, em 1985, como testemunha em um processo judicial das alegadas atrocidades em Auschwitz, ele (A) responde as perguntas da defesa (B) como segue:[2]
“B: Você nunca ouviu sobre o serviço internacional de busca em Arolsen, Alemanha Ocidental, o qual, segundo eu sei, pertence à Cruz Vermelha? Você nunca ouviu algo a respeito?
A: Não
B: Você nunca tentou se informar junto às autoridades, para reencontrar sua família ou alguns parentes após a guerra?
A: Não […]
B: Eu entendo. Portanto, você nada sabe sobre o que aconteceu com sua família? Você nada sabe sobre seu paradeiro?
A: Eu não tenho qualquer prova documental, não […]
B: Você concorda comigo, quando digo: Porque após a Segunda Guerra Mundial, muitas pessoas espalharam por toda a Europa, algumas nas zonas soviéticas, outras nas americanas ou britânicas, muitos assumiram que estas pessoas estivessem mortas.
A: Sim
B: E você não conhece o Serviço Internacional de Busca em Arolsen?
A: Não”
Vejam que Friedmann, após a guerra, nem ao menos tentou obter sequer uma vez alguma informação sobre seus parentes. Não é o intuito deste exemplo proceder uma generalização, mas simplesmente mostrar que após a guerra muitos sobreviventes estavam convencidos da propaganda do Holocausto, e que eles nem se deram ao trabalho de procurar seus parentes. Quanto à pergunta sobre quantas famílias judias foram para sempre dilaceradas e seus integrantes acreditavam erroneamente que seus familiares foram exterminados , ela só pode finalmente ser respondida, pelo menos aproximadamente, com uma análise macroscópica, ou seja, uma visão da estatística mundial sobre os sobreviventes do Holocausto.
Segundo informações da organização israelense Amcha, a qual se dedica à assistência aos sobreviventes do Holocausto, informou o número destes mundo afora, no verão de 1997, entre 834.000 e 960.000. Amcha define um sobrevivente do Holocausto da seguinte forma:[3]
“Todo judeu que por um tempo vivia em um país, quando este estava: – sob domínio nazista; – sob ocupação nazista; – sob domínio dos colaboradores dos nazistas; assim como todos os judeus que fugiram deste domínio ou ocupação”.
Qualquer um pode perceber que esta é uma abrangente para um sobrevivente. Segundo ela, seriam sobreviventes todos aqueles judeus que imigraram da Alemanha entre 1933 e o início da internação em massa, ou seja, por volta de 1941. Assim como seriam sobreviventes também aqueles judeus que fugiram para o leste ante o avanço do exército alemão.
Desta forma pode-se maximizar o número de pessoas , o que não deixa de ser lucrativo na ocasião de se exigir indenizações reparatórias.
Podemos chegar a conclusão de que os números sejam exagerados?
Vejamos: em 1998, ou seja, um ano após a divulgação dos números da Amcha, Rolf Bloch, judeu chefe dos fundos suíços do Holocausto, cuja missão era negociar as indenizações para os sobreviventes do Holocausto junto aos bancos da Suíça, anunciou que havia mais de 1.000.000 de sobreviventes do Holocausto[4] e, em 2000, o gabinete do presidente israelense reportou o número de quase 1 milhão de sobreviventes.[5]
Pode-se especular que este número provenha de motivação política ou financeira, porém, é notório que o número de sobreviventes não deixa de ter significado psicológico nas relações teuto-judaicas.[6] Agora, a pergunta interessante é: se em 2000 havia cerca de 1 milhão de sobreviventes, quantos sobreviventes havia no início de 1945? Este número pode ser calculado estatisticamente com bastante exatidão, quando se conhece a distribuição das idades dos sobreviventes correspondente ao ano 2000. Seguradoras têm para determinados grupos de pessoas os dados exatos das respectivas expectativas de vida. Infelizmente nos faltam dados exatos sobre a distribuição das idades dos sobreviventes do Holocausto, se bem que alguns dados nos são conhecidos. Em um outro trabalho foi levado a cabo um cálculo detalhado, baseado em diferentes distribuições de idade. O resultado deste cálculo mostra que em 1945, havia algo entre 3,5 e 5 milhões de sobreviventes do Holocausto.[7]
Se contarem todos os judeus que viviam nas regiões que mais tarde se colocaram no domínio NS, teríamos algo entre 8 milhões de judeus. Vemos então que estariam faltando no máximo cerca de 3 a 4,5 milhões de judeus.[8]
Podemos afirmar com segurança que uma parte não desprezível deste número assustador não vai na conta do regime NS, como por exemplo, aqueles judeus que desapareceram nos Gulags de Stalin ou morreram como sabotadores partisanos. Mas eu não quero fixar aqui qualquer número definitivo de sobreviventes, pois os dados estatísticos disponíveis para as hipóteses citadas são imprecisos e, consequentemente, o resultado é bastante variável para poder apresentar uma conclusão correta. É importante salientar aqui que após a guerra existia potencialmente milhões de pessoas que se espalharam mundo afora e a maioria presumia que seus parentes tinham sido exterminados, embora nós tenhamos mostrado que pelo menos a metade dos judeus, que estavam sob a área de domínio de Hitler, sobreviveram. Os exemplos singulares descritos anteriormente sobre felizes reencontros familiares baseiam-se não em milagres como a mídia nos quer fazer acreditar, mas sim do ponto de vista estatístico, a uma alta probabilidade de sobrevivência. Os nomes colecionados pelo Yad Vashem, devido à não possibilidade de verificação das informações dos desaparecidos, estão, portanto, maculados.
Finalmente, diante da repetida pergunta: quantos judeus morreram no Holocausto, não existe uma resposta definitiva. Se alguém quiser descobrir por si mesmo e formar sua própria opinião, então é recomendável estudar as literaturas apresentadas. Entretanto, ficou claro a todos que o repetido número de 6 milhões de judeus mortos é muito improvável. Para aqueles que se dedicaram mais tempo sobre o tema, estes já perceberam que o contexto é mais complexo do que o apresentado.
Mas em qual número podemos acreditar? Primeiramente não se trata de “acreditar”, mas sim de “qual número seria mais provável”. E aqui podemos mencionar uma cifra de meio milhão como a mais provável.
Uma consulta junto aos órgãos alemães sobre o número de solicitações de indenizações poderiam levar a uma conclusão sobre o número de sobreviventes? Segundo dados públicos disponíveis, já foram apresentadas cerca de 5 milhões de tais solicitações; onde, todavia, não há possibilidade de se identificar se o solicitante é judeu ou não. Além disso, é possível que grupos de pessoas (famílias) apresentem solicitações conjuntas, assim como uma única pessoa possa apresentar várias solicitações, conforme o tipo do prejuízo alegado (corporal ou moral, danos materiais, lucros cessantes etc).[9] Caso o atual governo alemão quisesse, ele poderia fornecer onde fosse possível melhores dados, porém, se assim o fizesse, ele dificilmente iria publicar devido ao perigo de sua utilização para “objetivos escusos”.
E os dados provenientes de enciclopédias? Os números apresentados anterior e posteriormente à guerra não poderiam representar o número de judeus mortos? Aqui o problema é que as enciclopédias e outras fontes similares de consulta não são cientificamente consideradas como fontes literárias confiáveis. Quem argumentar desta forma seria atacado pela historiografia oficial com uma larga base de argumentos, que tornará ridícula essa especulação. O mesmo ocorre com notícias de jornais ou revistas. Jornalistas nunca forma reconhecidos por possuir um profundo conhecimento dos assuntos por eles reportados.
[1] “Miracle meeting as dead sister is discovered”, State-Times (Baton Rouge), 24.11.1978, pág. 8; ver também Jewish Chronicle, 6.05.1994
[2] Queen versus Zündel, Toronto, Ontario, Canadá, 07.01.1985, interrogatório de Arnold Friedmann, pág. 304-371
[3] Adina Mishkoff, Administrative Assitant Amcha, Jerusalem, e-mail de adina@amcha.org de 13.08.1997; E.Spanic, H.Factor, V.Struminsky, “Number of Living Holocaust Survivors”, Amcha Press Release, PO Box 2930, I-91029 Jerusalem, 27.07.1997
[4] Handelszeitung, Suíça, 04.02.1998
[5] Norman Finkelstein, “How the Arab Israeli War of 1967 gave birth to a memorial industry”, London Review of Books, 06.01.2000
[6] The American Jewish Committee, “Holocaust survivors in eastern Europe deserve pension from the German Government”, Carta aberta ao governo alemão, assinado por 83 senadores norte-americanos, Nova Iorque, 17.08.1997 (VffG 1(4), 1997, pág.290)
[7] G. Rudolf, Wie viele Juden überlebten den Holocaust?, VffG, 1(2), 1997, pág.69
[8] W. N. Sanning, Die Auflösung der osteuropäischen Judentums, Grabert, Tübingen 1983, www.vho.org/D/da
[9] Grundlagen zur Zeitgeschichte, pág. 141-168 (www.vho.org/D/gzz/7.html)