“Porém, David Irving é somente um meio-revisionista, e ele não está totalmente inteirado dos argumentos revisionistas. Ele não conseguiu dar xeque-mate no judeu Jan van Pelt, um tipo de Pressac em formato miniatura, um rabino iluminista.”
Há exatamente dez anos, a 15 de junho de 1995, Jean-Claude Pressac capitulou. Porém, o texto de sua capitulação foi somente publicado – discretamente e em letras miúdas – ao final de um livro publicado por Valérie Igounet, em abril de 2000, sob o título Histoire du négationnisme en France, Éditions du Seuil.
Deve-se recear que muitos leitores daquela obra lançaram somente uma rápida espiada nestas últimas duas folhas (pág. 651 e 652); elas ocuparam apenas uma pequena parte do amplo espaço que V. Igounet concedeu a J.-Claude Pressac para sua exposição. Mas elas são de vital importância para a história da controvérsia em torno das “câmaras de gás nazistas”. J.-C. Pressac explicou claramente no final das contas que o dossiê oficial da história dos Campos de Concentração NS está “apodrecido”. Ele acrescenta ainda que este dossiê está irremediavelmente apodrecido e destina-se “claramente ao lixo da história”! Ele faz uma veemente acusação contra a “lembrança” que obteve preponderância histórica, contra considerações inspiradas em “ressentimentos e vingança”, contra comunistas e suas associações que se tornaram guardiães de uma falsa verdade (ele não ousou fazer tal acusação contra os judeus e associações judaicas). Ele escreveu:
“Tolices, exageros, omissões e mentiras caracterizam a maioria dos relatos sobre aquele período”.
Ele pergunta:
“Pode-se retroceder este desenvolvimento?”
e ele próprio fornece a resposta:
“É muito tarde. Uma retificação geral é humano e materialmente impossível”.
Pressac emprestou o rótulo “apodrecido” do Prof. Michel de Boüard. Este católico historiador, ao mesmo tempo simpatizante dos comunistas e que foi preso em Mauthausen como membro da resistência, tornou-se após a guerra decano em filosofia e história na Faculdade de Caen (Normandia), assim como membro do Institut de France. Dentro do comitê para História da Segunda Guerra Mundial, ele foi presidente da comissão para a história da deportação. Prof. de Boüard possuía a cruz de honra ao mérito da guerra, medalha da resistência, assim como comandante da legião de honra. Detalhadas informações sobre suas inesperadas declarações de 1986-1987, marcadas por amplo caráter revisionista, encontram-se em meus ER-Écrits révisionnistes (1974-1998) nas páginas que se referem no índice ao nome “Michel de Boüard”.

Robert Faurisson
Para esta mudança súbita de opinião por parte de Pressac existe uma explicação. A 15 de junho de 1995, quando ele assinou sua capitulação, o homem estava ainda totalmente sob o efeito da humilhação que sofrera um mês antes, exatamente a 9 de maio do mesmo ano, ante a XVII Corte Parisiense de Apelação sob direção da juíza Martine Ract-Madoux. Em setembro de 1993, a publicação de seu livro Les Crématoires d’Auschwitz. La Machinerie de meurtre de masse (Os crematórios de Auschwitz. A maquinaria do genocídio) teve retumbante repercussão na mídia. Em contraposição, eu publiquei um pequeno livro com o título Réponse à Jean-Claude Pressac sur le problème des chambres à gaz (Resposta a Jean-Claude Pressac sobre o problema da câmara de gás). Por causa deste livro eu fui obrigado a comparecer diante dos tribunais, precisamente por causa da lei Fabius-Gayssot, a qual proíbe a negação do crime contra a humanidade, assim definido e condenado pelos juízes em Nurenberg. Meu advogado Eric Delcroix e eu exigimos o comparecimento de J.-C. Pressac para testemunhar e no caso dele não aparecer, que fosse intimado e levado aos tribunais. Eu indico dois artigos em meus Écrits révisionnistes, onde relato no decorrer do julgamento o crescente embaraço da testemunha, descrevo suas desculpas e incompetência diante das perguntas de meu advogado E. Delcroix e, finalmente, retrato a consternação do tribunal diante de um homem que declarava com os braços levantados, ele só tinha uma vida e estava sozinho nesta luta.
Os processos que são conduzidos contra nós na França e no estrangeiro, por causa do delito de revisionismo, foram bastante agravados, para não dizer desmoralizantes. Nós fomos humilhados até agora e somos tentado a pensar que cada defesa, que merece este título, não valha a pena. Porém, temos que reconhecer que este processo fortaleceu consideravelmente nossa causa. Nossos adversários rejeitaram todas nossas ofertas para um debate e se esconderam de qualquer confrontação pública. Eles anunciaram em tom de fanfarra, que seus dossiês – Holocausto / Shoa – eram inquestionáveis. As únicas oportunidades que nós os obrigamos a aparecer pessoalmente, ou diante de uma platéia, foram nesses processos, onde eles tiveram a audácia de conduzi-los. Às vezes, eles podem ter deixado a impressão, eles conseguiram fazer prevalecer suas controversas históricas ou científicas. A última vez foi o caso do processo que eles ganharam em Londres contra David Irving. Porém, David Irving é somente um meio-revisionista, e ele não está totalmente inteirado dos argumentos revisionistas. Ele não conseguiu dar xeque-mate no judeu Jan van Pelt, um tipo de Pressac em formato miniatura
Quando a confrontação pública é possível, o fiasco dos defensores do suposto Holocausto judeu é notório. O vídeo abaixo mostra o debate realizado pela Rede Bandeirantes e com comentários de Siegfried Ellwanger Castan – NR.
Por um lado a derrota dos peritos e testemunhas do adversário, de outro lado, como conseqüência dos processos, as contribuições possivelmente importantes dos pesquisadores revisionistas para aprimorar a ciência histórica (principalmente com o Relatório Leuchter sobre Auschwitz e Majdanek).
A mídia ocidental festejou J.-C. Pressac como um tipo de gênio que, assim foi afirmado, teria liquidado com o Revisionismo, assim como com Robert Faurisson. Quando ele faleceu a 23 de junho de 2003, com 59 anos, sua morte permaneceu completamente ignorada. Nenhum daqueles jornais ou revistas que outrora o festejaram, nem ao menos citaram seu falecimento.
O 15 de junho de 1995, quando foi assinada a capitulação de J.-C. Pressac, representa uma das mais marcantes datas da história do Revisionismo.
Robert Faurisson
