Importante capítulo das Lições sobre o Holocausto, fundamental para o entendimento inicial da complexidade deste polêmico evento histórico, pilar moral da existência de israel.
R. Deixem-me agora explanar em linhas gerais sobre nosso tema, porém, com uma breve explicação do que não será tratado, a saber, a história em si de todo o complexo de Campos de Concentração do Nacional-Socialismo. Das diferentes categorias dos prisioneiros transportados, a função oficial e original dos Campos era clara: eles serviam inicialmente para desativar e reeducar os adversários políticos.
P. Reeducação através de extermínio?
R. Eu discorro sobre a fase inicial dos Campos, ou seja, desde a proibição do partido comunista no início de 1933. Ninguém afirma hoje que naquela época houve um extermínio sistemático dos detentos. Se naquela época o aprendizado político levado a cabo pelos nacional-socialistas teve algum êxito, isso pode ser duvidado. Foram mais os sucessos econômicos e na política externa que possibilitaram educar com sucesso a população, do que quaisquer medidas forçadas nos Campos, as quais produziram frequentemente o efeito contrário. Posteriormente, os Campos serviram para aprisionar criminosos irrecuperáveis e casos associais, onde os homossexuais e ciganos foram incorporados em outras categorias diferentes destas. Após a chamada Noite de Cristal, a 9 de novembro de 1938, judeus foram levados pela primeira vez em Campos de Concentração por serem eles judeus; certamente quase todos os presos desta ocasião foram libertados um pouco depois. Somente com o início da campanha da Rússia é que a realização da chamada “Solução Final” levou à deportação em massa dos judeus para os Campos.
P. Então você confirma o inegável! Houve uma Solução Final!
R. Certamente, e esse é o tema em questão. Os próprios nacional-socialistas expressaram textualmente sobre a “Solução Final da Questão Judaica”. Eles eram sabidamente a favor, desde o início, do afastamento dos judeus da Alemanha. [362] É consenso entre todos os historiadores, que a política do Terceiro Reich a respeito dos judeus, até pouco antes da invasão da União Soviética por parte da Wehrmacht, não tinha qualquer intenção de extermínio, mas sim a vontade de colocar em movimento o maior número de judeus quanto fosse possível para deportação fora da área de influência alemã. [363] Para esta finalidade, Reinhard Heyndrich foi incumbido, em janeiro de 1939, por Hermann Göring para criar a “Reichszentrale für jüdische Auswanderung” (Central do Reich para emigração judaica) com o objetivo: “Promover a emigração dos judeus da Alemanha por todos os meios”. [364] O enorme ganho territorial da Alemanha até o verão de 1940 (verão europeu – NR) modificou todavia a situação, pois de um lado os judeus da Polônia, França e outros países passavam a viver desde então em área de influência alemã e, por outro lado, devido à guerra, a emigração tornou-se muito difícil. Por isso Heyndrich notificou, a 24 de junho de 1940, o Ministro do Exterior alemão Joachim Ribbentrop, que seria muito mais importante elaborar uma “solução final territorial” para todo o problema. [365] Como conseqüência desta correspondência, o Ministério do Exterior desenvolveu uma “solução final territorial”, o chamado Plano Madagascar, que visava a deportação para Madagascar de todos os judeus que viviam na área de influência da Alemanha. [366]
P. Pelos céus, por que para Madagascar? Isso soa um pouco fantástico.
R. Madagascar era colônia francesa e portanto, após a queda da França, negociável. A Palestina, ao contrário, era britânica e além disso, os nacional-socialistas não estavam nem um pouco interessados em rejeitar os potenciais aliados árabes através da criação de Israel. Fato é que estes planos foram avaliados e no início de 1942 totalmente descartados, e foi resultado daquilo discutido durante a famigerada Conferência de Wannsee. [367]
A “Solução Final” introduzida com a ordem de Göring, a 31/07/1941, quando se esperava uma rápida queda da União Soviética em decorrência do gigantesco sucesso inicial da campanha militar do leste. [368]
“Complementando as ordens delegadas a você através da diretriz de 14.1.39, levar a cabo a Questão Judaica na forma de emigração ou evacuação na mais rápida e possível solução dentro das condições atuais, eu lhe incumbo de providenciar todos os preparativos necessários de caráter organizatório, técnico e material, para uma solução completa da Questão Judaica na área de influência alemã na Europa. À medida em que sejam atingidas as responsabilidades de outras instâncias centrais, estas devem participar.
Eu lhe incumbo, além disso, de me participar em breve sobre o plano geral das condições prévias organizatórias, técnicas e materiais para execução da almejada Solução Final da Questão Judaica.”
P. Mas nada de assassinato.
R. Muito pelo contrário. A política de 14/01/1939 até o verão de 1941 foi direcionada claramente para a emigração e deportação, e a antiga tarefa de Heyndrich não foi substituída por esta, mas sim simplesmente completada, ou seja, aumentada, e com sentido territorial: em janeiro de 1939, Heyndrich podia agir somente no Reich alemão, porém, no verão de 1941 em quase toda a Europa. E justamente isso atesta este ofício: desenvolva um amplo plano para possibilitar a emigração e evacuação de toda a judiaria da área de influência alemã na Europa.
P. Göring já tinha nesta ocasião Madagascar como alvo da deportação ou já considerava a Rússia?
R. Pelo documento não temos como saber isso. Do diário de Goebbels pode-se saber que Hitler já mencionara, em agosto de 1941, a deportação de judeus para o leste, [369] e tal referência à Rússia como destino da deportação aparece desde então com mais freqüência. [370] Um dos motivos pelo qual se decidiu em deportar os judeus para a Rússia pode se justificar na decisão dos líderes soviéticos de 28 de agosto de 1941, na qual três milhões de alemães do Volga, como membros de um país inimigo, seriam deportados para a Sibéria. Essa deportação em massa foi executada de fato nos meses posteriores, com extrema brutalidade, e pode-se considerar que grande parte destes alemães morreu nesta empreitada. [371] A reação do governo alemão a esta limpeza étnica aparece na diretriz da propaganda de rádio, onde o regime NS ameaça com retaliação os judeus, como supostos porta-bandeiras do “bolchevismo judaico”: [372]
“Na execução deste procedimento dos bolchevistas contra os alemães do Volga, os judeus na Europa Central serão transportados da mesma forma para o leste dos territórios sob administração alemã. […] Tornar-se-ia realidade o crime contra os alemães do Volga, então a judiaria terá que compensar este crime muitas vezes.”
P. Por conseguinte, o governo do Reich considerava a solução final como um tipo de represália?
R. Pelo menos segundo a propaganda no rádio. Fato é que o governo do Terceiro Reich já tinha planejado a realocação forçada dos judeus, tendo não necessariamente como alvo a Europa Oriental, da mesma forma como Stalin também já tinha planejado anteriormente a alocação forçada dos alemães do Volga, e tinha até começado. Todavia, em 1941, o aparato de terror de Stalin não podia ser mais rotulado como judaico, pois Stalin tinha acabado, até 1938, com a clara dominância judaica no governo soviético através de sua violenta limpeza. [373] Desta forma, os judeus da Europa Central foram o falso objeto desta anunciada retaliação, não obstante o inadmissível aprisionamento coletivo.
Definitivamente o Plano Madagascar foi abandonado somente em fevereiro de 1942, ou seja, após a Conferência de Wannsee. [374] Mas a decisão a favor da deportação para o leste já tinha sido tomada anteriormente, pois a 23/10/1941, Himmler ordenou, “que a emigração dos judeus deve ser impedida imediatamente”, [375] e já no dia seguinte, a 24/10/1941, o chefe de polícia Kurt Daluege emitia uma ordem para a “evacuação dos judeus”, segundo a qual devem ser os “judeus transportados para o leste nas regiões de Riga e Minsk”. [376] Dias depois, a 25/10/1941, Hitler refere-se numa conversa no quartel-general ao seu discurso do Reichstag de 30/01/1939, onde ele teria profetizado o extermínio dos judeus da Europa no caso de uma guerra, [377] e menciona a então aplicada política pouca atenciosa de deportação dos judeus da Europa para os pântanos russos. [378]
P. Mas isso parece ser muito diferente, como se uma ordem de Hitler para aplicação da solução final tivesse sido tomada naqueles dias de outubro de 1941.
R. Isso pode ser. A série de documentos que se relaciona com uma solução final territorial continua firmemente. A 6 de novembro de 1941, Heyndrich menciona sua instrução de janeiro de 1939, preparar a “Solução Final”, [379] a qual ele rotulou como “emigração ou evacuação”. O novo destino da “solução final territorial” foi então discutido na Conferência de Wannsee. O protocolo se apresenta principalmente da seguinte forma: [380]
“No lugar da emigração, apareceu como outra possibilidade de solução, após correspondente permissão anterior do Führer, a evacuação dos judeus para o leste. Estas ações são, todavia, mencionáveis somente como possibilidades evasivas, porém, aqui já são acumuladas experiências práticas, muito importantes em relação à vindoura solução final da Questão Judaica.”
P. Então o que passou na guerra não foi a solução final, mas sim somente algo provisório.
R. Assim segundo este protocolo, e isso combina com o encontrado em muitos outros documentos alemães. Aqui alguns exemplos:
– A 15/08/1940, Hitler falou que os judeus da Europa deveriam ser evacuados depois da guerra. [381]
– A 17/10/1941, Martin Luther, chefe do departamento Alemanha no Ministério do Exterior, um nota onde a referência é quanto “as medidas a serem tomadas após o final da guerra para a solução completa da Questão Judaica”. [382]
– A 25/01/1942, ou seja, cinco dias após a Conferência de Wannsee, o SS-Reichsführer Heinrich Himmler escreveu para o inspetor de CC Richard Glücks: [383]
“Providencie para receber nas próximas semanas 100.000 detentos judeus e até 50.000 detentas judias. Grandes tarefas econômicas deverão aparecer nas próximas semanas nos Campos de Concentração.”
– Na primavera de 1942, o chefe da chancelaria do Reich, Hans Heinrich Lammers, registrou que Hitler “quis postergar a Solução Final da Questão Judaica para depois da guerra”. [384]
– A 30/04/1942, Oswald Pohl, chefe da administração central de economia da SS, reportou: [385]
“A guerra provocou uma visível alteração da estrutura dos Campos de Concentração e modificou radicalmente sua função em relação à atuação dos prisioneiros. A multiplicação dos prisioneiros, seja somente por razões de segurança de ordem disciplinar ou educativa, não ocupa mais o papel principal. O peso agora recai sobre os aspectos econômicos. A mobilização das forças de trabalho dos prisioneiros primeiramente para as tarefas de guerra (aumento dos armamentos) e depois para as missões de paz, vêm sempre com mais prioridade. Do reconhecimento disto resulta medidas necessárias que exigem a transformação dos Campos de Concentração de sua função política original para uma correspondente organização de caráter econômico.”
– A 26/06/1942, em seu Quartel-General, Hitler anunciou que após a guerra ele “assumiria rigorosamente a posição na qual daria cabo de cidade em cidade, caso os judeus não saíssem e emigrassem para Madagascar ou outro qualquer estado judaico.” [386]
– A 21 de agosto de 1942, Luther elaborou um resumo da política nacional-socialista em relação aos judeus. [387] Luther mencionou aqui a Conferência de Wannsee para a preparação da “evacuação dos judeus” nos “territórios ocupados ao leste” e chega à conclusão que o os judeus deportados para o leste não são suficientes para cobrir a necessidade de mão de obra. [388]
– Em setembro de 1942: No conhecido “mapa verde” para “condução da economia nos territórios ocupados ao leste” consta que “a Questão Judaica será amplamente resolvida após a guerra para toda a Europa”, por isso tratavam-se sempre de medidas provisórias, onde “medidas chicanosas” (schikanöse Maßnahmen) contra os judeus seriam “deixadas de lado, pois eram desonrosas para um alemão”. [389]
– A 05/09/1942, Horst Ahnert escreveu da polícia de segurança de Paris, que com respeito à “solução final da Questão Judaica, o transporte dos judeus […] com a finalidade de mão-de-obra” deveria começar. [390]
– A 16/09/1942, um dia após seu encontro com o ministro de armamento Albert Speer, Oswald Pohl relatou ao Reichsführer SS Heinrich Himmler em uma nota, que a totalidade dos prisioneiros do Reich deveriam ser requisitados para a produção de armamentos: [391]
“Os judeus determinados para a emigração para o leste interromperão sua viagem e deverão trabalhar na produção de armamentos.”
– A 14/12/1942, o conselheiro ministerial Maedel resume a política NS dos judeus como “a libertação gradual do território do Reich dos judeus, através de sua emigração para o leste.” [392]
– A 28/12/1942, Richard Glücks, inspetor de CC, ordenou aos comandantes de 19 campos: [393]
“Os primeiros médicos dos campos têm de utilizar todos os meios que lhe sejam disponíveis para reduzir substancialmente a mortalidade de cada campo. […] Os médicos dos campos têm que supervisionar mais do que até o momento a alimentação dos prisioneiros e em acordo com a administração fornecer ao comandante do campo sugestões de melhoramento. Estas não devem somente constar no papel, mas devem sim ser controladas pelos médicos dos campos regularmente. […] O Reichsführer SS ordenou que a mortalidade deva ser reduzida impreterivelmente.”
– A 26/10/1943, Oswald Pohl escreveu a todos os comandantes de CC: [394]
“No contexto da produção de armamentos, os CC representam um fator de significado decisivo para a guerra. […]
Em anos anteriores, no contexto daquelas missões de reeducação, poderia ser indiferente se os detentos produzissem um trabalho útil ou não. Mas agora a força de trabalho dos detentos é significativa, e todas as medidas dos comandantes, líderes dos serviços de abastecimento e médicos devem se concentrar na manutenção da saúde e capacidade produtiva dos prisioneiros. Não por sentimentalismo, mas sim porque nós necessitamos de suas pernas e braços, pois elas devem contribuir que o povo alemão conquiste uma grande vitória, por isso nós devemos nos preocupar com o bem estar dos prisioneiros. Eu coloco como objetivo: no máximo 10% dos prisioneiros podem ficar incapacitados devido a doenças. Este objetivo deve ser atingido em um trabalho conjunto de todos os responsáveis. Necessário para isso é:
1. Uma alimentação correta e condizente com as necessidades
2. Uma vestimenta correta e condizente com as necessidades
3. A utilização de todos os meios de saúde naturais
4. O impedimento de todos esforços desnecessários, que não sejam realmente exigidos para a produção
5. Prêmio por desempenho. […]
Para o controle das medidas contidas nesta instrução, em me engajarei pessoalmente.”
P. Colocando em segundo plano a exatidão de suas colocações, como você explica então as diferentes observações dos grandes nacional-socialistas, que falavam antes ou durante a guerra sobre o extermínio dos judeus?
R. Excetuando as observações de Hitler em seu círculo de confiança, que não mencionavam extermínio, eu citei aqui somente documentos de ordem burocrática. Estes e todos os outros documentos burocráticos nunca falam de um extermínio físico. É outra coisa quando nos voltamos para diários, discursos ou memórias do pós-guerra. Trata-se aqui em princípio de depoimentos escritos de testemunhas e de testemunhos das partes, as quais eu irei tratar em detalhes no próximo capítulo, quando tratarmos dos depoimentos dos acusados.
P. Como proceder então, se os documentos burocráticos mentem, se evacuação ou deportação sejam somente palavras camufladas para assassinato? [395]
R. Então temos um problema de lógica: se não existe um consenso sobre o que significavam os termos “emigração”, “evacuação”, “realocação” e “deportação”, utilizados pela burocracia NS como você alega, como é que seria esclarecido àqueles que recebiam as ordens a partir do meio/final de 1941, que estes mesmos termos fossem agora camuflagem para algo totalmente diferente, ou seja, genocídio? Vamos manter à vista que os membros da administração do Terceiro Reich teriam executado as ordens cegamente e sem passar por um crivo crítico. Se isso está correto, não posso afirmar. Fato é que a recusa em cumprir uma ordem era punida severamente, principalmente se foi ordenado realocar pessoas ou aplicá-las em trabalhos forçados, em questões vitais na condução da guerra, e se essas pessoas ao invés disso eram assassinadas. Imagine somente o seguinte, o que aconteceria se a ordem “realocação dos tiroleses do sul” fosse seguido de um genocídio dos tiroleses do sul. Como seria feito para que aquele que recebesse as ordens, a partir de um determinado momento, pudesse interpretar radicalmente determinadas ordens, diferentemente daquilo que elas descreviam? E como se evita que ele reinterpretasse a ordem, se em determinados casos elas fossem dadas textualmente?
P. Deve-se dar outras ordens correspondentes!
R. Exato. O problema é somente que não existem documentos que definam e exijam a “re-interpretação” dos alegados termos camuflados, em relação à Solução Final. Além disso, tais ordens iriam minar a intenção de manter segredo, o que era a origem da utilização de linguagem camuflada.
P. Os assassinos seriam também bastante tolos, se tivessem registrados textualmente tal coisa. Com isso eles teriam revelado sua camuflagem. Tais ordens foram dadas de certo verbalmente.
R. Então todas aquelas milhares de pessoas, que sabidamente participaram da Solução Final, participaram sem contestação do genocídio, somente porque algum superior deu uma ordem verbal, a qual estava diametralmente em oposição à ordem escrita.?
P. Sim.
R. Se então o diretor da empresa onde você trabalha determinar que você deva remanejar os computadores de um prédio para o outro, mas o chefe do departamento lhe disser em segredo, que você deve na realidade destruir cada um dos computadores, você pegará uma marreta sem qualquer respaldo por escrito do diretor da firma, e marchará para o interior do departamento de informática da empresa, reduzindo tudo a pó?
P. Ãhhh…
R. E pense ainda: naquela época, a punição para execução sem ordem e principalmente para sabotagem dos esforços de armamentos, era ainda a pena de morte. Que tais correspondentes deslizes não foram punidos em todos os casos e não foram sumariamente julgados, é difícil admitir, principalmente à vista da invariável dura perseguição criminal durante o Terceiro Reich. O fato de que até hoje não foi encontrado qualquer documento onde tenha sido ordenado o genocídio dos judeus e determinado a “re-interpretação” de temos camuflados, [396], ainda mais que não exista qualquer rastro de tal plano que engloba seis milhões de pessoas, se estendeu por três anos sobre todo um continente e atingiu inúmeras repartições públicas e responsáveis, provoca na estabelecida historiografia oficial uma bela dor de cabeça. Eu já citei na segunda lição o Prof. Raul Hilberg com sua absurda solução da distribuição telepática das ordens (veja pág. 187).
A execução deste terrível plano de genocídio, que nunca foi posto no papel, que contradiz todas instruções escritas e subseqüentes, e não deixou qualquer rastro burocrático, necessita de fato para isso a transmissão das ordens por telepatia.
Eu quero dizer, portanto, que toda essa tese de linguagem camuflada é absurda. Mas deixe por ora este problema de lado e lance um olhar para o que acontecia de fato nos Campos dos Terceiro Reich, a partir da metade de 1941. Nós começaremos aqui com o mais famoso de todos os Campos, com Auschwitz.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original foram destacadas em negrito pela Equipe do Inacreditável – NR
Quem é Germar Rudolf?
[362] Compare os primeiros comentários de Hitler: E. Deuerlein, “Hitlers Eintritt in die Politik und die Reichswehr”, Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte, 1959, Pág. 204, R.H. Phelps, “Hitlers ‘grundlegende’ Rede über den Antisemitismus”, em: Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte, 1968, Pág. 417.
[363] Resumo sobre isso veja Ingrid Weckert, Die Auswanderung der Juden aus dem Dritten Reich, Castle Hill Publishers, Hastings 2004. Compare também Francis R. Nicosia, The Third Reich and the Palestine Question, Austin 1985.
[364] NG-2586-A.
[365] T-173.
[366] Magnus Brechtken, Madagaskar für die Juden. Antisemitische Idee und politische Praxis 1885-1945, Studien zur Zeitgeschichte, Bd. 53, 2. Edição, Oldenbourg Verlag, Munique 1998; Hans Jansen, Der Madagaskar-Plan. Die beabsichtigte Deportation der europäischen Juden nach Madagaskar, Herbig, München 1997; compare resenha de Ingrid Weckert, “‘Madagaskar für die Juden’”, VffG 3(2) (1999), Pág. 219-221.
[367] Compare Wulf von Xanten, “Die Wannsee-Konferenz”, VffG, 1(2) (1997), Pág. 60-69.
[368] NG-2586-E. PS-710; Martin Luther é da opinião que a instrução de Göring seja conseqüência da mencionada carta de Heydrich de 24.6.1940, NG-2586-J.
[369] Compare Martin Broszat, “Hitler und die Genesis der ‘Endlösung’. Aus Anlaß der Thesen von David Irving”, Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte, 25(4) (1977), Pág. 750.
[370] Uma coleção bastante completa de documentos foi colecionada por Steffen Werner: Die 2. babylonische Gefangenschaft, 2. Edição Grabert, Tübingen 1991 (www.vho.org/D/d2bg); compare sobre isso também o resumo de Carlo Mattogno, Jürgen Graf, Treblinka, aaO. (Nota 172), Pág. 223-240 (www.vho.org/D/Treblinka/VI.html).
[371] Ingeborg Fleischhauer, Das Drittte Reich und die Deutschen in der Sowjetunion, Deutsche Verlags-Anstalt, Stuttgart 1983.
[372] I. Fleischhauer, “‘Unternehmen Barbarossa’ und die Zwangsumsiedlung der Deutschen in der UdSSR”, Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte 30 (1982) Pág. 299-321.
[373] Compare sobre isso a explanação da pág. 36 deste livro.
[374] Carta de Franz Rademacher, chefe do departamento judaico, para Bielfeld do Ministério do Exterior, 10.2.1942, NG-5770: “Demgemäß hat der Führer entschieden, daß die Juden nicht nach Madagaskar, sondern nach dem Osten abgeschoben werden.”
[375] T-394: “Reichsführer-SS und Chef der Deutschen Polizei hat angeordnet, daß die Auswanderung von Juden mit sofortiger Wirkung zu verhindern ist.”
[376] PS-3921.
[377] Frequentemente rotulada como prova da vontade de exterminar de Hitler; segundo Yehuda Bauer isto foi somente uma ameaça emocional e abstrata, pois esta passagem está diametralmente em oposição com o resto do discurso: Freikauf von Juden?, Jüdischer Verlag, Frankfurt/Main 1996, Pág. 61f.; compare minha resenha: G. Rudolf, VffG 1(1) (1997), Pág. 41-46.
[378] Henry Picker, Hitlers Tischgespräche im Führerhauptquartier, Seewald, Stuttgart 1963, 25.10.1941. Naquelas conversas confidenciais de Hitler junto aos seus amigos mais íntimos encontra-se uma série de tais insinuações, que tratam todas elas da realocação e deportação dos judeus para a Europa oriental e locais afins: 1941: 8.-11. Aug.; 17. Okt.; 19. Nov; 1942: 12.-13. Jan.; 25. Jan.; 27. Jan.; 4. April; 15. Mai; 24. Juni.
[379] PS-1624.
[380] NG-2586-G. Compare capítulo 2.13. neste livro.
[381] Memorando de Luther para Rademacher de 15. Augosto 1940, em: Documents on German Foreign Policy 1918-1945, Her Majesty’s Stationery Office, Series D, Volume X, London 1957, Pág. 484.
[382] PA, Politische Abteilung III 245, AZ Po 36, Bd. I.
[383] NO-500.
[384] PS-4025.
[385] R-129.
[386] Henry Picker, aaO. (Anm. 378), Pág. 456.
[387] NG-2586-J.
[388] NG-2586.
[389] “Richtlinien für die Führung der Wirtschaft in den besetzten Ostgebieten” (Grüne Mappe), Berlin, September 1942. EC-347. IMT, Bd. XXXVI, Pág. 348.
[390] Centre de Documentation Juive Contemporaine, Bd. XXVI-61.
[391] Relatório Pohl para Himmler de 16.9.1942 sobre o tema indústria de armamento e danos de bombardeio, BAK, NS 19/14, Pág. 131-133.
[392] NG-4583.
[393] NO-1523.
[394] Archiwum Muzeum Stutthof, 1-1b-8, S. 53ff.
[395] A tese das palavras camufladas foram excepcionalmente resumidas em E. Kogon u.a., aaO. (Nota 79), que dedica todo um capítulo “Enttarnung der verschlüsselten Begriffe” para o assunto.
[396] Compare aque a coleção de citações de Richard Widmann, “Der unbefohlene Völkermord”, VffG 1(2) (1997), Pág. 85f.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso portal a 16/11/2014.
a solução final da questão judaica era evacuação dos judeus e não extermínio.
É incrível que a considerada maior prova do Holocausto judeu o protocolo de Wansee palavras como evacuação, emigração é dito pela historiografia oficial como eufemismos para extermínio de judeus.
Incrível, simplesmente inacreditável que sejamos obrigados a aceitar sob pena de prisão tal engodo histórico.
A verdade é que nunca houve uma ordem direta de extermínio, assim os comandos eram dados telepaticamente segundo a ” historiografia oficial”.
Ahh e mesmo o guarda costas de Hitler afirmando que ele nunca visitou um campo de concentração na vida, a historiografia oficial diz que ele tinha subordinados que faziam isto por ele.