Capítulo 3.4.6 do livro de Germar Rudolf, Lições sobre o Holocausto. Aqui são analisados os resultados das amostras recolhidas pelo químico alemão nas instalações de Auschwitz-Birkenau, e que motivaram sua prisão.
R. Nós vamos agora deixar a técnica e voltar a atenção para as ciências naturais. Abordaremos a questão sobre a natureza do gás venenoso com o qual teriam sido mortas centenas de milhares em Auschwitz, senão milhões de pessoas, e qual efeito ele tem sobre os seres vivos e outras substâncias. Primeiro eu quero apresentar o produto cujo nome conquistou questionável fama mundo afora. A mais nova edição do dicionário de química Römpp registra o seguinte sob o correspondente verbete: [448]
“Zyklon-B. Nome comercial original para ultra-eficiente fumigante contendo ácido cianídrico para combate a pragas, foi utilizado na 2ª Guerra Mundial como codinome do ácido cianídrico para assassinato em massa nos Campos de Extermínio nacional-socialistas”.
R. Do ponto de vista histórico, a afirmação que o Zyklon-B tenha sido usado como “codinome” para o ácido cianídrico não se sustenta, pois o nome Zyklon-B era desde os anos vinte marca comercial da Sociedade Alemã para Combate a Pragas (Deutsche Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung – DEGESCH) [449] e Auschwitz-Birkenau, juntamente com Majdanek, para o qual atribui-se um número de vítimas bem menor, é o único dos alegados Campos de Extermínio onde o Zyklon-B deveria ter sido usado para assassinato em massa. [450]
O produto comercial Zyklon-B, da forma como foi usado durante a Segunda Guerra Mundial no território sob poder alemão, é composto principalmente de granulados de gesso embebidos em ácido cianídrico líquido. [451] Até a introdução do DDT após o final da guerra, ele foi o mais eficaz dentre os conhecidos produtos de combate a pragas. Desde o início dos anos 1920, ele foi aplicado cada vez mais em todo o mundo pelos agentes de combate a todos os possíveis tipos de pragas: em depósito de alimentos, silos de cereais, trens e navios cargueiros, mas também em edifícios privados e públicos, em casernas, campos de prisioneiros, campos de concentração.
P. Segundo esses dados, Zyklon-B era nada mais que o pesticida do momento?
R. Certo. Hoje possuímos inúmeros venenos altamente desenvolvidos para combate a pragas, e que não existiam naquela época. Uma das pragas mais perigosas que foi combatida com o Zyklon-B, foi o piolho, principal transmissor do tifo, uma peste que era bastante comum na Europa Oriental e também fez inúmeras vítimas entre os civis na Primeira Guerra assim como na Segunda Guerra Mundial, como também entre os soldados e, naturalmente, entre os detentos dos campos, principalmente os Campos de Prisioneiros e Campos de Concentração. [452] A luta hesitante da administração do Campo de Auschwitz contra a epidemia de tifo que assolou o local no verão de 1942, e somente ao final de 1943 foi controlada, está representada de diferentes formas na literatura. [453] Da mesma forma foram catastróficas as epidemias que apareceram ao final da guerra nos campos totalmente lotados do Terceiro Reich, os quais trataremos depois. O Zyklon-B foi até o início de 1944 o meio mais eficaz para combater esta peste. Outro método pouco eficaz para matar parasitas foi o ar quente e vapor d’água quente.
P. Sendo assim, o Zyklon-B, que não foi usado para fins sombrios, seria classificado como salvador de vidas.
R. Exato. Também não há entre os historiadores reconhecidos qualquer desavença que o Zyklon-B tenha sido utilizado em larga escala para melhor a higiene dos campos, ou seja, que servia para salvar vidas. Pouco conhecido, porém, é que o transmissor do tifo tenha sido utilizado na Segunda Guerra Mundial por partisanos poloneses como arma biológica contra os ocupantes alemães. [454]
Fig. 46 – Relatório de partisanos poloneses sobre sua luta contra os ocupantes alemães:
“3. Ações de retaliação […] Micróbios de tifo e piolhos do tifo: em algumas centenas de casos”
P. Enquanto os alemães travavam uma difícil luta contra a epidemia de tifo para proteger a vida dos detentos e dos trabalhadores forçados, os inimigos da Alemanha se ocupavam em destruir todos os esforços alemães para salvar vidas.
R. Exato. Isso se chama guerra.
P. E depois da guerra, os inimigos da Alemanha executaram então as vítimas das epidemias de tifo, à medida que eles acusavam os alemães de genocídio premeditado e reinterpretavam um pesticida – Zyklon-B – para combate a esta peste em um suposto meio para assassinato em massa…
R. Isso chama-se condução da guerra psicológica, pois a verdade é sempre a primeira vítima em todas as guerras.
Até onde foram os esforços alemães para melhorar as condições de higiene em Auschwitz, percebe-se da surpreendente decisão do ano 1943/44:
Durante a guerra, os alemães tinham desenvolvido fornos de microondas, não só para esterilizar alimentos, mas também para desinfetar e fumigar vestimentas. A primeira instalação para fumigação através de microondas, em operação, foi prevista inicialmente para funcionar na frente oriental, para fumigar e desinfetar as roupas dos soldados alemães. Além da guerra em si, a maior ameaça aos soldados era uma série de doenças infecciosas. Mas ao invés de se utilizar estas instalações na frente oriental, foi decidido utilizá-las em Auschwitz, para proteger a vida dos detentos, os quais eram judeus em sua maioria. [455] Quando se tratava então de proteger a vida ameaçada por doenças infecciosas, era mais importante nestes casos para os alemães salvar a vida dos detentos que trabalhavam nas fábricas de armamento na Alta Silésia, do que aqueles soldados nos campos de batalha.
Fig. 47 – Foto de uma instalação de fumigação através de micro-ondas na área de admissão do
Mas agora de volta ao Zyklon-B.
Eu tenho que lhes importunar agora com um pouco de química, mas eu vou me restringir ao necessário. Como vocês sabem, centenas de milhares de pessoas devem ter sido mortas nas alegadas câmaras de gás de Auschwitz, através de gás cianídrico venenoso na forma do produto Zyklon B®. A questão que se faz agora é a seguinte: este gás venenoso poderia deixar rastros químicos que ainda hoje possam ser encontrados nos alegados abatedouros químicos?
P. O ácido cianídrico não é uma solução bastante volátil?
R. Correto.
P. Sendo assim, após alguns dias é de se supor que não se encontre mais rastros, e muito menos hoje em dia.
R. Se procurarmos pelo ácido cianídrico, então não iria se encontrar hoje qualquer rastro. Mas talvez o ácido cianídrico tenha se interagido quimicamente durante a fumigação com algum determinado material da alvenaria, ou seja, tenha se formado uma outra ligação mais estável? Alguém faz uma idéia, quais ligações poderiam ser? Bem, os produtos resultantes que nos interessam aqui são os sais de ferro do ácido cianídrico, chamados ferro-cianeto. Ferro aparece por toda a parte na natureza. Ferro é o que deixa vermelho o tijolo, a areia amarela e tinge a argila do amarelo ao vermelho-marrom. Sem ferro, todos eles seriam acinzentados. Mais exatamente trata-se de óxido de ferro, ou para se expressar de forma mais incisiva e popular, de “ferrugem”. Não existe praticamente uma parede que não tenha pelo menos 1% de “ferrugem” trazida pela areia, argila, calcário e cimento, com os quais ela foi levantada.
O ferro-cianeto é conhecido há longa data pela extraordinária estabilidade e a principal fama que ele conquistou ao longo dos séculos é a freqüente coloração azul: o Azul da Prússia. Trata-se de um corante bastante estável. Resumidamente pode-se dizer que este Azul da Prússia, quando se forma dentro de uma parede, é bastante estável, tão estável quanto a própria parede. [456] Quando forma-se Azul da Prússia numa parede, ele permanece lá enquanto a própria parede existir.
P. E este Azul da Prússia forma-se a partir do ácido cianídrico?
R. Sob um determinado aspecto, sim. A propósito, o nome “Blausäure” (“ácido azul” – NR) deve-se exatamente a esta reação com formação de Azul da Prússia. Eu gostaria de apresentar aqui um exemplo para esta reação: em 1976, a igreja evangélica de Wiesenfeld, na baixa Bavária, foi reformada, mas no verão de 1977 aconteceu um desastre – enormes manchas azuis se formaram por toda parte no novo reboco interno da igreja. Análises químicas mostraram que todo o reboco interno da igreja estava impregnado com Azul da Prússia. Apurou-se que a igreja, apenas algumas semanas após execução do novo reboco, foi fumigada com Zyklon-B para eliminar os cupins das cadeiras do coral. O ácido cianídrico reagiu com a ferrugem presente na areia do reboco e formou Azul da Prússia. [457]
Fig. 48 – Em agosto de 1976, esta igreja evangélica em Meeder-Wiesenfeld foi fumigada com Zyklon-B.
Logo depois, por toda parte, o reboco apresenta manchas com coloração azul.
Fig. 49 – Manchas de coloração azul na argamassa de revestimento das paredes
de uma igreja fumigada com ácido cianídrico.
P. Mas se essa reação fosse normal, então as paredes daqueles prédios fumigados já estariam azuis, e poder-se-ia parar rapidamente o procedimento.
R. Correto. Normalmente não acontecem tais panes na fumigação com Zyklon-B. A princípio, para a formação de Azul da Prússia após uma fumigação, são necessários reboco e alvenaria úmidos e relativamente frescos. Fumigação acontece, entretanto, em prédios há muito tempo em uso, pois normalmente prédios novos não são infestados com insetos e, além disso, os prédios em sua maioria são aquecidos e secos. A descrita coloração azul–celeste da igreja foi uma exceção.
Eu tenho que fazer aqui uma grande exceção desta exceção, pois existem casos onde a coloração azul é a regra.
P. Nas câmaras de gás com Zyklon B?
R. Chutou errado. Eu falo aqui das câmaras de despiolhamento com Zyklon-B do Terceiro Reich. Como já mencionado, os transmissores de diferentes doenças foram combatidos com o Zyklon-B. Às vezes, isso acontecia em câmaras construídas profissionalmente para esse propósito, às vezes reformavam-se cômodos mais simples e os aproveitavam provisoriamente para o despiolhamento. Muitos campos do Terceiro Reich foram pulverizados durante e depois da guerra, em outros campos os prédios foram demolidos e seus materiais de demolição utilizados na reconstrução das cidades destruídas. Porém, alguns permanecem em pé até os dias de hoje e seu interior parece com aqueles reproduzidos na figuras 50-57 (compare também com as fotos coloridas na contra-capa deste livro).
Fig. 50 – parede interna a noroeste da câmara de despiolhamento com Zyklon-B da instalação BW 5a no CC Auschwitz-Birkenau.
Fig. 51 – parede externa a sudoeste da câmara de despiolhamento com Zyklon-B da instalação BW 5b no CC Auschwitz-Birkenau.
Fig. 52 – Câmara de despiolhamento, câmara III (parede a leste) do alojamento 41 no CC Majdanek (© C. Mattogno [458]).
Fig. 53 – Câmara de despiolhamento, câmara II (parede a oeste) do alojamento 41 no CC Majdanek (© C. Mattogno [458]).
Fig. 54 – Grande câmara de despiolhamento, teto do alojamento 41 no CC Majdanek (© C. Mattogno [458]).
Fig. 55 – Câmara de despiolhamento, câmara II e III (parede externa) do alojamento 41 no CC Majdanek (© C. Mattogno [459]).
Fig. 56 – Câmara de despiolhamento com Zyklon-B no CC Stutthof, interior visto da porta sul (© C. Mattogno [460]).
Fig. 57 – Câmara de despiolhamento com Zyklon-B no CC Stutthof, exterior a leste (© C. Mattogno [460]).
P. Eu me lembro que as câmaras de despiolhamento do Campo de Dachau não apresentavam esta coloração azul. Não quer dizer então que estas câmaras não foram utilizadas?
R. Sua observação está correta, mas isso é porque as paredes destas câmaras foram pintadas com uma tinta impermeável à água, de forma que o ácido cianídrico não atingisse a alvenaria. Não era este o caso para as câmaras apresentadas acima.
Parece que as manchas azuis nas paredes não sejam uma exceção, mas sim a regra, principalmente quando a alvenaria desprotegida de um prédio construído para esse fim tenha sido exposta desde o início, e por um cíclico e longo período, ao ácido cianídrico. O uso maciço e constante do ácido cianídrico para combate às pestes em câmaras de despiolhamento iniciou-se praticamente na Segunda Guerra Mundial. Graças ao desmantelamento dos Campos de Concentração do regime NS, ao fechamento da empresa que fabricava e comercializava o Zyklon-B (a Degesch era uma filial da I.G. Farbenindustrie AG), assim como a invenção do DDT ao final da guerra, acabou abruptamente com a utilização do ácido cianídrico ao final do conflito. Por isso ninguém apitou sobre os “casos de patologia” que apareceram nas antigas câmaras de despiolhamento do NS. O tema reapareceu na literatura somente com o caso da igreja da Bavária.
A pergunta agora é se tal coloração azul, e a conseqüente comprovação analítica do azul prussiano, também pode ser esperada nas câmaras de gás para pessoas. Seja como for, elas teriam sido construídas para esse fim, sido operadas imediatamente logo após sua construção e utilizadas ininterruptamente por um longo período, caso consideremos verdadeiros os relatos das testemunhas.
P. Mas não podemos comparar gaseamento de pessoas com combate a pestes!
R. Sim, nós podemos comparar, o que não podemos é equipar. Na tabela 8, eu resumi algumas características do Zyklon-B e do ácido cianídrico. Podemos ver que o ser humano é bem mais sensível à ação do ácido cianídrico do que, por exemplo, o pilho. Os dados da tabela 8 podem gerar confusão, pois lá são comparadas maçãs com peras: os dados sobre insetos se referem à uma morte certa de todos os insetos, seus ovos e as larvas, enquanto os dados sobre pessoas apresentam flutuações, a partir das quais os ácido cianídrico é mortal, ou seja, um tipo de fator de segurança inferior. Mas uma coisa é certa, a morte de seres humanos necessita bem menos ácido cianídrico por peso corporal do que para piolhos.
P. Então poder-se-ia ter usado bem menos ácido cianídrico por um breve intervalo de tempo?
R. Isso depende do que se aceita como condição de contorno.
P. Tomemos simplesmente as únicas informações que dispomos sobre o problema, a saber, os relatos das testemunhas.
R. Então assumiremos que a morte das vítimas aconteceu em minutos. [461] Mas se levarmos em consideração que a morte de uma pessoa com ácido cianídrico em uma câmara de execução norte-americana dura de dez a vinte minutos, quando empregamos a mesma concentração de gás letal que para as ações de despiolhamento, [462] o que isso significa?
P. Que nós precisamos ainda mais para garantir uma morte certa.
R. E deve-se jogar pelo menos dez vezes mais Zyklo-B na câmara de gás, do que seria necessário para matar, pois nos primeiros minutos evapora somente 10% de todo ácido cianídrico.
P. E o ácido cianídrico evapora então na seqüência por pelos menos duas horas.
R. Exato.
P. A não ser que as câmaras de gás estivessem equipadas com potentes ventiladores, que poderiam retirar o gás rapidamente.
R. Mas que não foi o caso, pois segundo os dados, as câmaras de gás nos barracos (bunkers), assim como nas câmaras dos crematórios IV e V em Birkenau, não possuíam qualquer instalação para exaustão.
P. Quão provável seria alguém entrar em um cômodo com gás venenoso e não construir pelo menos uma instalação de exaustão?
R. Eu reporto, você decide.
P. Mas as câmaras para despiolhamento em Auschwitz tinham exaustores, ou não?
R. Correto. [464]
P. Mas é uma loucura não construir nas câmaras de gás para pessoas exaustores potentes semelhantes àqueles das câmaras de despiolhamento.
R. Sim, mas gasear milhões de pessoas também é uma loucura, o que você esperava?
R. Um absurdo técnico não se torna realizável através de um comportamento alucinado. Em alguns loucos que pensam poder voar, nós não vemos crescer asas.
P. Mas isso não tem nada a ver com loucura. Não é necessário ventilação para um gaseamento com Zyklon-B. A maioria dos cômodos que são gaseados pelas empresas de controle de pestes não têm ventiladores.
R. Certo, mas eles são gaseados apenas uma única vez e depois ventiladas por vários dias através das portas e janelas. [465] Mas em nosso caso, houve gaseamento diário por meses ou até anos, às vezes diversas vezes no mesmo dia, e os cadáveres foram retirados logo após o gaseamento, não restando tempo para ventilar.
P. Mas as câmaras de gás do crematório no Stammlager e dos crematórios II e III em Birkenau tinham um exaustor!
R. Certo e, de fato, que correspondia à potência prescrita para um mortuário, pois era a função original destes espaços, foram planejados, construídos e equipados para isso. Para as instalações de despiolhamento, era prevista uma potência do exaustor sete vezes maior. Deve ter em mente que os outros cômodos dos crematórios II e III em Birkenau também tinham exaustores, que curiosamente eram mais potentes que aqueles do mortuário, que hoje são vistos como câmaras de gás. [466]
P. E além disso as SS instalaram naqueles cômodos dos crematórios II e III, onde o gás foi lançado, exaustores menos potentes?
R. Certo.
P. Mas isso está cada vez mais estúpido!
R. Não necessariamente se considerarmos que estes cômodos foram planejados, construídos e equipados como mortuários.
P. Pois bem, nós temos um exaustor nestas câmaras de gás dos crematórios I, II e III. Com isso pode-se retirar o ácido cianídrico.
R. Sim, mas durava mesmo assim algumas horas até que o gás venenoso fosse retirado, pois ele sublimava continuamente a partir dos granulados de Zyklon-B. [467]
P. Bem, como eu vejo, sua argumentação conduz à conclusão que as condições de contorno do gaseamento de seres humanos, como descrito pelas testemunhas, são muito semelhantes àquelas das câmaras de despiolhamento.
R. Corretíssimo. O período em que o gás teria tido contato com a alvenaria pode ser considerado menor para as câmaras de gás para pessoas quando comparado às instalações de despiolhamento, mas outros aspectos vão na direção contrária, como o fato que os mortuários sem aquecimento dos crematórios II e III, transformados como câmaras de gás, eram muito úmidos, enquanto as câmaras para despiolhamento no térreo eram aquecidas, ou seja, tinham as paredes secas. O ácido cianídrico se lastra mais facilmente em alvenaria úmida do que na seca. Curto e grosso: as condições de contorno dos mortuários dos crematórios II & III, que alegadamente foram utilizados para o genocídio com Zyklon-B, foram de tal forma que se pode considerar a mesma tendência de formação de azul prussiano como nas câmaras de despiolhamento apresentadas aqui. [468] E agora para a análise dos resultados. [469]
P. Agora é que eu quero ver.
R. O primeiro bloco branco, na tabela 9 (pág. 245) contém as amostras dos prédios e suas ruínas, que teriam servido como câmara de gás. O segundo bloco, cinza, contém amostras das paredes das câmaras de despiolhamento, e o terceiro, branco, contém amostras de outras paredes e prédios, que nada tinham em relação às supostas câmaras de gás para pessoas nem com as câmaras de fumigação.
P. Os valores para a câmara de fumigação são por assim dizer milhares de vezes maior que aqueles considerados para as câmaras de gás homicidas!
P. Mas os resultados das câmaras de gás homicidas não são iguais a zero! Segundo elas, encontram-se restos de cianureto nas amostras das câmaras de gás. Isso prova então que houve gaseamento de pessoas!
R. Devagar! O resto de cianureto que se encontra nestas amostras é semelhante àquele que se encontrou nos cômodos que somente foram desinfestados ocasionalmente (alojamentos dos prisioneiros) ou nunca foram desisfestados (casa de campo bávara, lavanderia no crematório I). Se estas pequenas quantidades provam o gaseamento de pessoas, então na tivemos na casa de campo da bávara um segundo, até então desconhecido “Auschwitz”?
P. Claro que não.
R. Além disso, olhe o que resultou da tentativa em reproduzir este pequeno valor, amostras 3 e 8, respectivamente o segundo valor.
P. Os valores não são reproduzíveis.
R. Exato.
P. Os alojamentos dos prisioneiros, que se encontram hoje em Birkenau, são mesmo os originais?
R. São reconstruções posteriores, da mesma forma como as fundações dos crematórios IV & V foram construídas posteriormente com material desconhecido.
P. Portanto, estes valores provam somente que tal baixo valor não pode ser interpretado.
R. O resultado desta investigação forense é exatamente esse:
Nas alegadas câmaras de gás homicidas de Auschwitz não se encontram restos de cianureto que possam ser interpretados. Mas se as afirmações das testemunhas estão corretas, então deveria haver ainda hoje restos de cianureto numa ordem de grandeza semelhantes àqueles das câmaras de despiolhamento.
Fig. 58 – Concentrações de cianeto
P. Não houve ainda um outro laudo, de um instituto em Cracóvia?
R. Certo. [470] Cujos resultados eu ignorei aqui de propósito, pelo simples motivo, os pesquisadores poloneses deram um golpe.
P. Esse é uma grave acusação.
R. Mas é válida, e eu gostaria de esclarecer isso. Os pesquisadores que participaram deste laudo investigaram as amostras de alvenaria propositalmente com um método de análise, o qual não está em condições de comprovar as formações estáveis de ácido cianídrico e óxido de ferro. Segundo eles próprios, eles assim procederam pois não podiam imaginar como tais formações estáveis poderiam se formar. [471]
P. Mas não uma vergonha quando não se compreende algo.
R. Não, muito pelo contrário, pois o não-compreender é de certa forma o começo da ciência. Um cientista tenta então compreender o que ele até então não entendia. Mas não foi assim com os pesquisadores de Cracóvia. Eles usaram seu desconhecimento até como justificativa para sua não abordagem. Alguém já ouviu que não compreender um fenômeno seja motivo para um pesquisador não investigá-lo? Para os pesquisadores de Cracóvia, parece claramente que esse foi o caso. Excluir das análises o azul da Prússia só seria permitido, se pudesse com clara consciência excluir que o efeito do ácido cianídrico possa acarretar a formação do azul da Prússia na alvenaria. O Professor Markiewicz e seus colegas nem tentaram explicar isso. E pior ainda: eles nem tentaram em contrariar as provas que eu apresentei, que o azul da Prússia pode se formar a partir do gaseamento de paredes com o ácido cianídrico. Eu publiquei estas provas no início de 1993, [472] e os pesquisadores de Cracóvia conheciam a publicação, pois eles a citaram – mas não para discutir minha tese, mas sim somente para estampá-la como exemplo de atos diabólicos dos negacionistas e “abre-alas” de Hitler, que os pesquisadores de Cracóvia tentavam refutar.
P. Então os pesquisadores de Cracóvia não queriam encontrar a verdade, mas sim tirar os negacionistas do circuito.
R. Esta é sua intenção política declarada. Isso deveria bastar para mostrar que a atuação do Prof. Markiewicz e seus colegas teve alto grau de motivação ideológica. Caso fossem cientistas isentos, então eles teriam utilizado um método de análise correto e convincente, e discutir cientificamente minha publicação citada, ao invés de utilizar expressões jocosas como “abre-alas” de Hitler. Além disso, eles nem tentaram em encontrar qualquer explicação para a alta concentração de cianureto nas paredes das câmaras de despiolhamento e suas manchas azuis na superfície.
P. Então os pesquisadores de Cracóvia escolheram um método de análise que estaria em condições de reproduzir os resultados desejados?
R. Perfeito, pois caso se exclua aquilo que se está procurando do método de comprovação, então é claro que nada será encontrado. E isso foi logicamente o resultado: nas câmaras de despiolhamento assim como nas alegadas câmaras de gás homicidas foram encontradas concentrações mínimas de cianureto instável (!). Não é surpresa alguma, pois formações instável não são estáveis e por isso não devemos esperar encontrá-las após 50 anos. Mas a partir da semelhança destas duas quantidades, eles concluíram: vejam, os resultados para as câmaras de despiolhamento e câmara de gás homicida são compatíveis, ou seja, foi utilizado nas câmaras homicidas tanto gás como nas câmaras de despiolhamento.
P. Isso é de tirar o fôlego!
R. Sim, mas ainda não terminamos. Os pesquisadores de Cracóvia já tinham analisado um tempo antes uma primeira série de amostras, [473] cujos resultados foram tão incômodos – foi verificado muito cianureto nas amostras das câmaras de despiolhamento e praticamente nada naquelas referentes aos mortuários, e então decidiram pelo seu abafo e engavetamento. Somente devido a uma indiscrição, estes resultados vieram à tona em 1991. Os pesquisadores de Cracóvia jogaram a primeira série destas amostras e colheram mais amostras até que finalmente produziram o resultado que se ajustasse em sua concepção.
P. E como reagiram os pesquisadores ao seu ataque?
R. O chefe deste grupo “científico”, Dr. Jan Markiewicz, que aliás é somente um “especialista para verificações técnicas”, faleceu em 1997. Os outros autores silenciam-se simplesmente.
P. Quão confusos os pesquisadores de Cracóvia deveriam estar se fossem obrigados a utilizar aquele método?
R. Infelizmente, os pesquisadores de Cracóvia se encontram em boa companhia. Quando se trata de uma investigação forense das câmaras de gás, então muitos se fazem de bobo: um graduado em química ignora os fundamentos mais elementares da química para reproduzir seus desejados resultados; [474] agências de notícias alemãs (dpa) falsificam a opinião de especialistas que nem existem, na tentativa em me ridicularizar; [475] os funcionários do departamento de proteção da constituição imprimem a mentira da dpa, embora tenham sido informados na falsificação da notícia; [476] um Professor de química e o chefe do laboratório mentem diante da câmera, porque seus próprios resultados das análises não os agradam mais, pois comprovam a tese dos revisionistas; [477] um doutor em química defende o engodo de Cracóvia, quando declara que os poloneses não precisam entrar numa discussão com os argumentos de uma “negador” do Holocausto como Germar Rudolf. [478]
P. O negócio é enterrado e, além disso, com ameaças de processo criminal.
R. Exato. A justiça recolheu todos os exemplares da investigação forense que levavam aos resultados indesejados. É assim que se resolvem controversas científicas na Alemanha. Fácil assim.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original foram destacadas em negrito pela Equipe do Inacreditável – NR
Quem é Germar Rudolf?
[448] J. Falbe, M. Regitz (Hg.), Römpp-Lexikon Chemie, Georg Thieme Verlag, Stuttgart 1992.
[449] Zur Geschichte von Zyklon B vgl. Jürgen Kalthoff, Martin Werber, aaO. (Anm. 100).
[450] In Treblinka, Belzec, Sobibor und Chelmno sollen Motorabgase für den Mord verwendet worden sein. Im Lager Majdanek soll es zum Einsatz von Zyklon B zum Mord gekommen sein, allerdings gilt Majdanek nicht als eines der “klassischen” Vernichtungslager.
[451] Ich beschränke meine Beschreibung auf das Produkt des Namens Ercco, das in den Lagern zur Anwendung kam. Nebenbestandteile waren Stärke sowie ein Tränengas als Warnstoff und andere Zusätze als chemische Stabilisatoren. Für Details vgl. Wolfgang Lambrecht, aaO. (Anm. 100).
[452] Vgl. dazu zusammenfassend und mit Quellenverweisen versehen: Germar Rudolf, aaO. (Anm. 358), Abschnitte 4.2.1. “Seuchengefahr” und 4.2.2. “Seuchenbekämpfung mit Zyklon B”, S. 37-41 (www.vho.org/D/rga2/4_1.html#42) sowie F.P. Berg, “Typhus and the Jews”, JHR, 8(4) (1988), S. 433-481 (www.vho.org/GB/Journals/JHR/8/4/Berg433-481.html); ders., “The German Delousing Chambers”, JHR, 7(1) (1986), S. 73-94 (www.vho.org/GB/Journals/JHR/7/1/Berg73-94.html).
[453] Vgl. neben den obigen Werken vor allem: Carlo Mattogno, “Die Leichenkeller der Krematorien von Birkenau im Lichte der Dokumente”, VffG 7(3&4) (2003), S. 357-380.
[454] Vgl. Germar Rudolf, “Aspekte biologischer Kriegführung während des Zweiten Weltkriegs”, VffG, 8(1) (2004), S. 111-113; dort auch die komplette Wiedergabe dieses Dokuments.
[455] Hans-Jürgen Nowak, “Kurzwellen-Entlausungsanlagen in Auschwitz,” VffG, 2(2) (1998), S. 87-105; Hans Lamker, “Die Kurzwellen-Entlausungsanlagen in Auschwitz, Teil 2,” ebd., 2(4) (1998), S. 261-273.
[456] Vgl. für einen detaillierten Nachweis dessen den Abschnitt “5.6. Stabilität von Eisenblau” in meinem Gutachten, aaO. (Anm. 358), S. 111-114 (www.vho.org/D/rga2/5.html#56).
[457] G. Zimmermann (Hg.), Bauschäden Sammlung, Band 4, Forum-Verlag, Stuttgart 1981, S. 120f. (www.vho.org/D/gzz/17.html).
[458] Entnommen dem Buch Jürgen Graf, Carlo Mattogno, KL Majdanek, 2. Aufl., Castle Hill Publishers, Hastings 2004, Fotos XIII, XIV, XIX (www.vho.org/D/Majdanek); siehe auch das Bild in Michael Berenbaum, The World Must Know, Little, Brown & Co., Boston 1993, S. 138.
[459] Entnommen dem Buch G. Rudolf (Hg.), aaO. (Anm. 38), Farbseite, erhalten freundlicherweise von Carlo Mattogno.
[460] Entnommen dem Buch von Jürgen Graf, Carlo Mattogno, Das KL Stutthof, Castle Hill Publishers, Hastings 1999, Foto 13 & 14 (www.vho.org/D/Stutthof).
[461] Vgl. die Liste der Zeugenangaben in meinem Gutachten, aaO. (Anm. 358), S. 235f (www.vho.org/D/rga2/6.html#ftn393).
[462] Conrad Grieb (Pseudonym Friedrich Paul Bergs), “Der selbstassistierte Holocaust-Schwindel”, VffG, 1(1) (1997), S. 6ff.
[463] Vgl. dazu neben den Quellen in Anm. 100 auch die diversen in meinem Gutachten, aaO. (Anm. 358), zitierten Quellen.
[464] Vgl. z.B. die Lüftungsöffnungen der Blausäureentlausungskammern der Bauwerke BW 5a und BW 5b wie von Pressac beschrieben, aaO. (Anm. 523).
[465] Produktbroschüre der Degesch, Zyklon for Pest Control, undatiert, 28 S., hier S. 21, wiedergegeben in: F.A. Leuchter, aaO. (Anm. 138), S. 135-162, hier S. 156; vgl. ebenso die Informationsbroschüre der Gesundheitsanstalt des Protektorats Böhmen und Mähren, “Richtlinien für die Anwendung von Blausäure (Zyklon) zur Ungeziefervertilgung (Entwesung)”, eingeführt während des IMT, Dokument NI-9912; wiedergegeben am Ende von R. Faurisson, “Antwort an Jean-Claude Pressac”, in: H. Verbeke, aaO. (Anm. 270), S. 94-99; (www.vho.org/D/anf/Faurisson.html).
[466] Carlo Mattogno, “Auschwitz: Das Ende einer Legende”, in: H. Verbeke (Hg.), aaO. (Anm. 270), S. 133-143 (www.vho.org/D/anf/Mattogno.html).
[467] Vgl. den Abschnitt “6.3.2.2. Lüftungsgeschwindigkeit der ‘Gaskammern’” in meinem Gutachten, aaO. (Anm. 358), S. 134-137 (www.vho.org/D/rga2/6.html#6322).
[468] Für eine detaillierte Diskussion der einzelnen Faktoren vgl. den Abschnitt “5.5. Bildung von Eisenblau” und “5.7. Einfluß verschiedener Baustoffe” in meinem Gutachten, aaO. (Anm. 358), S. 106-111, 115-119 (www.vho.org/D/rga2/5.html#55, ~57); vgl. auch meine Beiträge “Heißluft-Wellen”, “Lüge und Auschwitz-Wahrheit” sowie “Grün sieht Rot” in G. Rudolf, aaO. (Anm. 7).
[469] Leuchter: vgl. aaO. (Anm. 138); Rudolf: vgl. aaO. (Anm. 358), S. 156f.; Ball: John Clive Ball, The Ball Report, Ball Resource Services Ltd., Delta, BC, Canada, 1993. Die Werte von Ball sind Durchschnittswerte mehrerer unterschiedlicher Proben aus den genannten Gebäuden.
[470] J. Markiewicz, W. Gubala, J. Labedz, Z Zagadnien Nauk Sadowych, Z XXX (1994) S. 17-27 (online: www2.ca.nizkor.org/ftp.cgi/orgs/polish/institute-for-forensic-research/post-leuchter.report).
[471] Vgl. “Polnische Wissenschaft”, G. Rudolf, aaO. (Anm. 7).
[472] E. Gauss (=Germar Rudolf), Vorlesungen über Zeitgeschichte, Grabert, Tübingen 1993, S. 163-170; 290-294.
[473] J. Markiewicz, W. Gubala, J. Labedz, B. Trzcinska, Gutachten, Prof. Dr. Jan Sehn Institut für Gerichtsgutachten, Abteilung für Gerichtstoxikologie, Krakau, 24. September 1990; teilweise veröffentlicht z.B. in: DGG, 39(2) (1991), S. 18f. (www.vho.org/D/DGG/IDN39_2.html).
[474] “Lüge und Auschwitz-Wahrheit”, Germar Rudolf, aaO. (Anm. 7).
[475] “Fälscherwerkstatt dpa”, ebenda.
[476] Vgl. Bayerisches Staatsministerium des Innern, Verfassungsschutzbericht 1997, München 1998, S. 64. Auf einen entsprechenden Hinweis auf die sachliche Unrichtigkeit der dortigen Ausführungen durch den Arbeitskreis für Zeitgeschichte und Politik (Schreiben Hans-Jürgen Witzsch vom 8.10.1998, Fürth) entgegnete das Ministerium wie folgt: “Ihre Bestrebungen, die NS-Verbrechen zu leugnen bzw. zu relativieren, sind den Sicherheitsbehörden seit Jahren bekannt. […] Zu einer Diskussion über Gaskammern sehen wir keinen Anlaß.” Schreiben des Dr. Weber vom Bayerischen Staatsministerium des Innern vom 13.10.1998, Az. IF1-1335.31-1. Dümmer geht’s nimmer.
[477] “Professor Meineid”, Germar Rudolf, aaO. (Anm. 7).
[478] “Grün sieht Rot”, ebenda.