As mentiras dos aliados e as armas secretas alemãs
Nossa mídia mainstream “manipula” e “idiotiza” a população alemã em relação a temas ligados ao “Terceiro Reich e suas armas nucleares”. Essa é a opinião do autor Thomas Mehner em entrevista concedida com exclusividade a Michael Grandt.
6 de agosto de 1945 – Estréia da bomba atômica alemã
Michael Grandt: O que lhe interessa mais no assunto “Alemanha e a bomba atômica”?
Thomas Mehner: Não é tão fácil responder a pergunta, pois o assunto é muito complexo. Em primeiro lugar eu me interesso por aquilo que os antigos aliados nos escondem até hoje e por que alguns documentos têm sua divulgação impedida por 100 anos. O segundo ponto que desperta meu interesse é a tecnologia de armamentos em si e seu desenvolvimento posterior, que está relacionada com a “bomba” e vai mais além. E em terceiro, eu gostaria de ter uma resposta sobre qual tipo de entulho problemático está enterrado na Turíngia e em outros estados da federação, e o que eles podem ocasionar no futuro.
Michael Grandt: Sem revelar muito: quais novos conhecimentos aparecem publicados em seu novo livro “As mentiras dos aliados e as armas secretas alemãs”?
Thomas Mehner: Trata-se de algumas representações publicadas pelos norte-americanos após a guerra e documentam que a Segunda Guerra Mundial terminou no momento exato, antes que as armas nucleares fossem utilizadas. É interessante notar que existem estes relatórios que apoiam minha tese, embora isso não devesse acontecer caso a historiografia estabelecida correspondesse à verdade.
Michael Grandt: Quando uma bomba atômica alemã estaria pronta para ser lançada?
Thomas Mehner: O conselheiro especial do embaixador norte-americano em Londres, Herbert Agar, mencionou em palestras que ele proferiu na Grã-Bretanha em junho de 1945, que o 6 de agosto de 1945 foi o dia da estreia da bomba atômica alemã. Neste dia explodiu de fato uma bomba atômica: supostamente uma norte-americana sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Eu parto do pressuposto que as armas atômicas alemãs estavam maduras para serem utilizadas bem antes. O problema que eles tinham aparentemente, era o transporte da bomba através de um projétil – ou seja, de um foguete.
Michael Grandt: Você e seu colega Edgar Mayer escrevem que a mídia de massa “manipula e idiotiza”, quando se trata do tema: física nuclear no Terceiro Reich. O que você supõe que eles queiram atingir agindo assim?
Thomas Mehner: Se eles almejam algo, fica a dúvida. Em todo caso eles são no mínimo refratários aos fatos e incapazes de aprender, divulgam sempre a mesma historiografia ditada pelos vencedores da Segunda Guerra. Um bom jornalista investiga por si só, entretanto nada se encontra em termos de jornalismo qualitativo sobre este assunto.
Michael Grandt: Por que é inconcebível que Hitler tenha tido uma bomba atômica?
Thomas Mehner: A pergunta é de fácil resposta: porque ela geraria imediatamente outra pergunta, a saber, porque ele não usou esta arma? E a resposta a esta pergunta traria à luz inúmeras perspectivas que colocaria os historiadores ortodoxos em sérios apuros. Uma seria, por exemplo, por que uma ditadura que possui a bomba não utilizou-a como punição por sua derrocada, e justamente aqueles que se autointitulam democratas – os EUA – lançam logo duas bombas contra o Japão?
Talvez porque tudo aquilo que aprendemos sobre a Segunda Guerra Mundial tenha sido imposto pelos vencedores do conflito. Com a abertura dos arquivos e da livre transferência de conhecimento através da internet, fica mais difícil manter a farsa – NR.
Michael Grandt: Já existiram acusações a respeito de publicações anteriores sobre o assunto que suas pesquisas não seriam sérias, você não teria qualquer prova sustentável e trabalha somente com antigas evidências já conhecidas. O que você responderia sobre isso?
Thomas Mehner: Pesquisas nunca podem ser rotuladas como se não fossem sérias. Isso não existe. Independente disso, multiplicam-se os indícios da existência de uma programa atômico alemão, onde as informações provêm também de pessoas com as quais eu ou meu colega nunca tivemos contato. Além disso: quando uma teoria é verdadeira, é de facto impossível desarmá-la com argumentos, sim, nem devem existir contra-indícios. O livro O temor dos norte-americanos diante da bomba atômica alemã que apareceu em 2007, contém uma série de material que comprovam sem dúvida alguma que a abertura de duas frentes de combate através da invasão da Normandia deveu-se apenas ao temor que tanto ingleses quanto americanos tinham frente às novas armas secretas alemãs da segunda geração – o que refuta completamente a antiga versão dos fatos. Quem menciona aqui provas falsas, tem um problema em encarar a realidade. Aliás, todos os livros sobre este tema que foram concebidos com uma parcial referência mútua, sempre estão a revelar novos fatos e indícios, o que não se pode esperar infelizmente da representação contemporânea da história, a qual somente tenta divulgar a velha e conhecida versão da história.
Thomas Mehner: O interessante nesta questão é o seguinte: enquanto aqui muitas pessoas nem ao menos entendem sobre o que se trata, há grande interesse entre os estrangeiros. Às vezes eu tenho a impressão que os alemães estão muito doentes. E esta enfermidade, que influi muito no entendimento da realidade, pode ser batizada de “tique nazista”. Não me espanta que este país esteja no fim – política, moral e financeiramente. E mais uma coisa: porque os alemães de hoje não entendem sobre o que se trata, tem a ver e muito com a reeducação. Isso explica também o fenômeno que em toda parte o tema central gira em torno da educação, mas ela dificilmente se paga. Antes da guerra, qualquer vilarejo revelava um prêmio Nobel, do que todo o ridículo sistema educacional alemão dos dias de hoje.
Michael Grandt: Você mencionou no novo livro um novo componente tecnológico dos projetos pós-atômicos.
Thomas Mehner: Tratam-se de sugestões, para ser mais exato. Para mim não faz muito sentido adentrar no detalhes, enquanto nem a existência de armas atômicas alemãs for aceita. Eu digo apenas isso: o problema da energia já foi resolvido em 1945, e ao invés de investir hoje bilhões em pesquisas que com toda certeza não terão sucesso, os pesquisadores deveriam se ocupar mais com o que foi feito naquela época. Mas o “tique-nazista” impede isso.
Michael Grandt: Você mencionou no início o entulho. Você vê isso realmente como uma ameaça?
Thomas Mehner: Naturalmente. As consequências já estão se aproximando: o deslizamento de terras em Nachterstedt na região do Harz, no ano passado, foi o início. Ela aconteceu a partir de uma instalação secreta da Segunda Guerra, desconhecida do governo alemão, que foi destruída pela infiltração de água e através da capilaridade provocou o deslizamento do morro.
Thomas Mehner: E agora o deslizamento em Schmalkalden, na Turíngia. Já chega a ser impressionante como os responsáveis atribuem rapidamente o fato às “causas naturais”, embora que somente agora, após fechamento do buraco, inicia-se a sondagem do solo. Isto é uma piada completa. Um geólogo responsável declarou após o incidente que nenhuma medida foi tomada para se estudar as camadas de solo nas últimas décadas. Muitas das informações conhecidas provêm da época da Segunda Guerra. Eu só posso recomendar que haja uma discussão mais ampla sobre o que foi instalado entre 1920 e 1940 na Turíngia e em outros lugares, antes que uma catástrofe deixe inabitável uma grande extensão de terra.
Michael Grandt: Você não está exagerando?
Thomas Mehner: Não, pelo contrário. Muitas bombas-relógios estão em funcionamento. Mas ninguém quer saber disso. Ao final das contas, me é indiferente, pois vale aquele velho ditado: quem não quer ouvir, tem que sentir na pele.
Michael Grandt: Eu lhe agradeço por esta conversa.
Kopp On-line, 17/11/2010.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 18/11/2010.