O problema da câmara de gás de Sachsenhausen torna-se frágil quando acrescenta-se que existem testemunhos de soldados alemães, os quais foram mantidos presos em 1945 pelos soviéticos no CC Sachsenhausen e obrigados a construir, para fins de propaganda, uma câmara de gás e também uma instalação para fuzilamento.
Se temos o controle da mídia, que se danem as provas
R. Em Sachsenhausen foram escavadas as fundações de um edifício, cujo um dos cômodos pode ter servido como câmara de gás.
P. Quem demoliu essa câmara de gás?
R. Os soviéticos fizeram isso em Sachsenhausen em 1952.[1]
P. Em outras palavras: eles eliminaram a única prova convincente com a qual poderiam comprovar a imensa maldade dos nazistas e a veracidade de suas afirmações?
R. Exato.
P. Acredite quem quiser… Eles eliminaram sim as provas de sua própria maldade.
R. Sejam quais forem as provas que tenham sido destruídas: elas sumiram e não podem mais servir como prova. O historiador alemão Werner Maser apontou que as provas da existência da câmara de gás em Sachsenhausen é questionável devido também a outros motivos. Ele citou do protocolo do processo do tribunal militar soviético de 1947, onde se destaca que ali os acusados foram adestrados antes do processo e, finalmente, eles confirmaram em seus depoimentos perante o tribunal – orgulhosamente – o assassinato em massa dos detentos.[2] Tal comportamento dos acusados é somente imaginável se eles tivessem sido submetidos anteriormente a uma lavagem cerebral.
P. Quer dizer, eles foram torturados?
R. Não necessariamente tortura física, mas pelo menos submetidos a uma intensa tortura psicológica. Maser aponta também que os depoimentos dos antigos detentos sobre a câmara de gás em Sachsenhausen também eram pouco convincentes. No livro de Harry Naujoks Minha vida no Campo de Concentração de Sachsenhausen 1936-1942, aparece na pág. 322:
“Em março 1943, foi construída uma câmara de gás na ‘estação Z’”.
P. Se Naujoks permaneceu no CC (Campo de Concentração) só até 1942, de onde é que ele sabe o que foi construído por lá em 1943?
R. De fato, uma pergunta picante. O livro foi lançado em 1987 após a morte de Naujoks pela editora Pahl-Rugenstein e segundo impresso nele, “trabalhado por Martha Naujoks e o Comitê de Sachsenhausen para a República Federal da Alemanha”.
P. Segundo tal premissa, a inserção foi feita pelo Comitê ou pela viúva de Naujoks?
R. Pode-se muito bem partir disso. O Comitê de Sachsenhausen era e é, assim como quase todas as organizações de antigos detentos dos Campos, dominado por comunistas e outros radicais de esquerda, da mesma forma como é conhecida a editora Pahl-Rugenstein, em Colônia, pela publicação de literatura radical de esquerda.
P. Você não acha aqui que faz propaganda contra a esquerda?
R. Como expus, não, pois não faço qualquer juízo de valor. Pode e deve-se, entretanto, indicar de qual cena política provem esta literatura. É o mesmo cenário de onde proveio também a primeira literatura revisionista de Paul Rassinier. O problema da câmara de gás de Sachsenhausen torna-se frágil quando acrescenta-se que existem testemunhos de soldados alemães, os quais foram mantidos presos em 1945 pelos soviéticos no CC Sachsenhausen e obrigados a construir, para fins de propaganda, uma câmara de gás, assim como uma instalação para fuzilamento. A principal destas testemunhas é o coronel da reserva Gerhart Schirmer:[3]
“E por que os vitoriosos aliados deixaram construir, após a guerra, câmaras de gás nos antigos Campos de Concentração? Como os americanos em Dachau. Existe para isso uma explicação plausível? Em todo caso, eu tive o ‘privilégio’ de pessoalmente construir juntamente com outros detentos no campo russo de Oranienburg (Sachsenhausen), em novembro de 1945, uma – até então inexistente – câmara de gás e uma instalação para fuzilamento.”
P. Com isso seria óbvia a pergunta, por que os soviéticos demoliram a câmara de gás em 1952?
R. A questão é um pouco complexa. Maser indicou que as plantas-baixas soviéticas do CC Sachsenhausen, logo no pós-guerra, não indicam a câmara de gás, por isso pode-se duvidar do depoimento de Schirmer e de seus camaradas.[4]
P. Mas o CC Sachsenhausen não foi utilizado após a guerra pelos soviéticos como Campo de Concentração para dissidentes?
R. Exatamente, e as condições por lá devem ter sido pior do que sob os nacional-socialistas.[5]
P. Logo, as plantas dos soviéticos não serviam necessariamente para propaganda, mas sim à administração do campo. E se os soviéticos sabiam que não havia câmara de gás, não é estranho que eles não tenham inserido tal falsificação em suas plantas oficiais.
Memorial sobre o antigo prédio sanitário no CC Sachsenhausen
R. Em todo caso pode-se partir do pressuposto de que se houvesse de fato antes do fim da guerra uma câmara de gás no CC Sachsenhausen desenhada em todas as plantas, ela não teria sido demolida pelos soviéticos. A demolição do prédio do crematório, dentro do qual deveria se encontrar a câmara de gás, deve ser analisada em conjunto com a eliminação de provas dos crimes comunistas da nova administração do CC Sachsenhausen. O testemunho de Schirmer indica um outro problema que eu gostaria de abordar na quarta lição: o testemunho de Schirmer não é em si mais verídico do que outros testemunhos que o contradizem. É pouco provável refutar convincentemente testemunhos através de outros testemunhos.
P. Mas os testemunhos não são idênticos qualitativamente. Pelo menos Schirmer não deu seu testemunho sob pressão ou após uma lavagem cerebral, e ele também não parece ter sido submetido a qualquer experiência ideológica.
R. Ele não é um esquerdista, mas possivelmente um de direita, pelo menos ele foi soldado do Terceiro Reich.
P. Schirmer foi um nazista?
R. Eu não sei. Ele foi para o cativeiro soviético ao final da guerra como tenente-coronel, e serviu depois fielmente ao Bundeswehr, onde finalmente alcançou a patente de coronel. Isso significa que ele, à vista de seus superiores, ou seja, do governo federal, era visto como um cidadão fiel à constituição. Contudo, o posicionamento dos burocratas mudou radicalmente após as declarações de Schirmer terem se tornado públicas: por decisão do tribunal de Tübingen, foi iniciado um processo contra Schirmer por causa de incitação popular e seus textos foram confiscados, quer dizer, foram enviados em sigilo para incineradores de lixo.[6]
P. Com qual alegação?
R. Devido à afirmação de Schirmer de que as alegadas câmaras de gás nos campos alemães tenham sido construídas somente após a guerra pelos nossos libertadores.
P. A quintessência disso tudo é que os burocratas da federação alemã defendem hoje através do código penal aquelas “verdades” históricas que foram lançadas mundo afora pelos soviéticos stalinistas e alemães dissimulados, após a guerra, através da tortura, lavagem cerebral, pseudo-processos e falsificações.
R. Sobre o comportamento das instituições alemãs, nós retornaremos mais tarde. Professor Maser considera, em todo caso, como verídico os depoimentos de Schirmer.[7]
“Que os soviéticos tenham construído câmaras de gás no outono de 1945, está notoriamente relacionado com tudo que foi publicado e discutido no mundo todo a respeito das afirmações da promotoria soviética durante o terminado processo de Nürenberg sobre o número de prisioneiros mortos. Já logo após a ocupação de Sachsenhausen, eles obrigaram um oficial da SS a declarar em um ‘filme documentário’[8], que existia uma câmara de gás no campo. O que ele devia mostrar sob maciça ameaça nada tinha a ver com uma câmara de gás.”
P. O processo de Nürenberg terminou somente em 1946?
R. Certo. Maser virou aqui de cabeças para o ar a cronologia. De fato, os soviéticos foram pressionados pelo furor da mídia norte-americana sobre a alegada câmara de gás em Dachau, a qual foi a sensação desde a tomada do campo pelos norte-americanos no início de 1945.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original foram destacadas em negrito pela Equipe do Inacreditável – NR
Quem é Germar Rudolf?
[1] Compare Carlo Matogno, “KZ Sachsenhausen”, VffG 7(2) 2003, pág. 173-185
[2] Werner Maser, Fälschung, Dichtung und Wahrheit über Hitler und Stalin, Olzog, Munique 2004, Pág. 355 et.seq.
[3] Gerhart Schimer, Sachsenhausen – Workuta, Grabert, Tübingen 1992, Pág. 37, assim como juramento na pág. 49
[4] W. Maser, ob. cit., pág. 356, 358-361
[5] W. Maser, ob. cit, pág. 358; compare Günter Agde, Sachsenhausen bei Berlin. Speziallager Nr. 7, Aufbau-Taschenbuch-Verl., Berlin 1994; Adrian Preissinger, Todesfabriken der Kommunisten, Verl.-Gemeinschaft Berg am See 1991
[6] Tribunal de Tübingen, Az. 4 Gs 937/02, de 21.08.2008. O processo contra Schimer foi arquivado devido à prescrição da pena
[7] W. Maser, ob.cit., pág. 358
[8] Chronos-Film, Berlin-Kleinmachnow: “KZ-Sachsenhausen”