Tribunal do Povo em ação na Alemanha
“Sim, eu sei que os defensores de um tribunal americano de segurança nacional diriam como resposta: só porque Hitler foi o primeiro a criar tal tribunal, não significa necessariamente que seja uma coisa ruim.”
Uma coisa é uma coisa, outra coisa…
Vamos falar sem constrangimentos sobre isso. Adolf Hitler, chanceler da Alemanha entre 1933 e 1945, poderia servir facilmente como inspiração para aqueles que, aqui nos Estados Unidos, clamam agora para a criação de um tribunal especial de segurança nacional para julgar terroristas. Afinal, foi Hitler quem primeiro estabeleceu um tribunal de segurança nacional, e ele fez isso pela mesma razão daqueles defensores norte-americanos que clamam por tal tribunal: a preocupação que os tribunais comuns fracassem em convencer as pessoas nos casos onde funcionários públicos sabiam que os acusados eram terroristas.
O Tribunal de Segurança Nacional de Hitler, estabelecido em 1934, foi chamado de Tribunal do Povo. Ele consistia num tribunal de juízes, tanto civis como militares. Não houve julgamento por um júri composto de cidadãos comuns. O mais famoso dos juízes líderes do Tribunal do Povo foi um homem chamado Roland Freisler, que presidiu o agora famoso julgamento de Hans e Sophie Scholl e outros membros da Rosa Branca.
Se colocar em cima do muro, não ter opinião, é próprio daqueles que não tem direção, não têm um norte. São os desnorteados… Em seu livro “Richter und Gesetz”, publicado em 1935, o juiz Roland Freisler escreveu na página 21 a seguinte passagem:
“E quando o Estado neutro percebeu em sua agonia derradeira que este princípio não pode ser vitorioso, quando ele por si próprio desistiu diante disso, quando ele exigiu que seu ordenamento jurídico tornasse combativo, tudo se revelou como uma grande desonestidade interior. Pois a neutralidade como princípio não é combativa e não pode se tornar combativa. E desta forma sucumbiu o ordenamento jurídico daquela época, ou seja, ele não cumpriu seu objetivo na vida do povo. Muito menos isto residia nas pessoas, às quais foi incumbido aplicar o ordenamento jurídico, do que na neutralidade do próprio Direito, à sua própria ausência de direção, à rejeição de qualquer manifestação por um ideal, principalmente na neutralização e privatização do ideal, como se mostra em toda época de individualismo.”
O contexto gira em torno da falta de orientação do sistema judiciário, que leva à degradação dos valores sociais e morais do povo. Todo sistema jurídico é de certa forma parcial quando exposto à luz do internacionalismo, pois leva em conta, em suas decisões, aspectos culturais do próprio povo. Isso é natural e deve ser respeitado pelos outros povos. O problema torna-se grave quando esta parcialidade é violada no seio do próprio povo, o que pode ser visto na atual República Federal da Alemanha, a qual deturpa todo ordenamento jurídico para condenar o Revisionismo do Holocausto judeu – NR.
Hitler estabeleceu o Tribunal do Povo após o atentado terrorista ao prédio do parlamento alemão, o Reichstag. Depois do julgamento em um tribunal alemão regularmente constituído, muitas das pessoas acusadas de atos terroristas foram absolvidas e que, desnecessário dizer, causou indignação a Hitler, da mesma forma como teria ofendido os proponentes dos EUA para um tribunal de segurança nacional. Afinal, argumentou Hitler, estas pessoas que foram acusadas de terroristas – caso contrário elas não teriam sido acusadas e processadas – e, portanto, elas mereciam ser condenadas e punidas, não absolvidas e libertadas.
Para garantir que os terroristas e outros criminosos não fossem absolvidos novamente, Hitler estabeleceu o Tribunal do Povo. Analogamente ao tribunal de segurança nacional que alguns norte-americanos defendem atualmente para os EUA, o objetivo do Tribunal do Povo foi criar uma justiça aparente, assegurando simultaneamente que terroristas e outros criminosos fossem condenados e punidos.
A idéia do Tribunal do Povo serviria facilmente como modelo para os defensores americanos da segurança nacional. O julgamento de Hans e Sophie Scholl durou menos de uma hora. Esperava-se que os advogados de defesa permanecessem em silêncio durante o processo, o que ocorreu. Os réus foram julgados culpados e tratados como tal. Boatos eram relevados, assim como provas obtidas por meio de tortura. Não aconteceu o devido processo legal. Confissões podiam ser extraídas dos réus. Os juízes do tribunal iriam inquirir, humilhar e condenar para, em seguida, emitir as sentenças rapidamente, incluindo aqui a pena de morte.
No caso dos membros da organização subversiva Rosa Branca, seus próprios integrantes admitiram a culpa e não mostraram qualquer arrependimento de suas ações de sabotagem da moral da população – NR.
Como bom exemplo de funcionamento de um tribunal de segurança nacional aqui nos EUA, consulte a Parte 13 e Parte 14 do grande filme Sophie Scholl: the Final Days.
A prática de aprender história através de produções cinematográficas de Hollywood ou, neste caso, da “República Sionista de Bonn” (Castan) parece ter se tornado uma constante de nossa época. Aqui é preciso ter em mente que o Tribunal do Povo era um instrumento criado para garantir a execução do projeto nacional-socialista. Temos que ter em mente também – claramente – em quais circunstâncias se encontrava a Alemanha: numa luta de vida ou morte. Após uma Guerra Mundial que não foi provocada por ela, ao contrário, o Kaiser quis evitá-la de todas as formas (Patrick J. Buchanan, “A guerra desnecessária”); após a traição de agitadores comunistas e liberais que sabotaram a máquina de guerra alemã e a moral da população; após um tratado infame que levou o povo alemão à miséria, desonra e humilhação; após 14 anos de “democracia” sem que as injustiças de Versailles tivessem sido reparadas, quando em tal período o território alemão foi alvo de invasões e espoliações por vizinhos aproveitadores; após governantes anglo-americanos incentivarem os poloneses em suas ambições imperialistas, provocando assim a guerra teuto-polonesa e, finalmente, após a declaração de guerra de ingleses e franceses, não é surpresa que durante a Segunda Guerra Mundial, o Tribunal do Povo tenha endurecido. Sua principal missão era de julgar os casos de traição à pátria e ao povo alemão – NR.
Hitler nunca quis a guerra entre os povos arianos
Sim, eu sei que os defensores de um tribunal americano de segurança nacional diriam como resposta: só porque Hitler foi o primeiro a criar tal tribunal, não significa necessariamente que seja uma coisa ruim. Eles mencionariam que o Tribunal do Povo de Hitler tinha uma taxa de condenação extremamente elevada, e eles alegariam que isso manteve em segurança o povo alemão. Por que eles não possam até mesmo recomendar que um busto de Hitler seja colocado no tribunal de segurança nacional, assim como a Administração do Seguro Social colocou o busto de Bismarck, conhecido como o chanceler de ferro da Alemanha, veja no site da Social Security.
Os defensores do tribunal de segurança nacional para os EUA também iriam salientar, sem dúvida alguma, que o regime nacional-socialista de Hitler também adotou o tão apregoado programa socialista americano como escola pública (do governo), o seguro social, sistema nacional de saúde, parceria entre o Estado e a iniciativa privada, e um complexo industrial militar. E vamos nos lembrar que o sistema socialista de auto-estradas de Hitler serviu de inspiração para o gigantesco programa americano de trabalhos públicos, conhecido como Interstate Highway System.
Mas o fato de Adolf Hitler ter sido o primeiro a levantar a idéia de um tribunal de segurança nacional para garantir que terroristas e outros criminosos fossem condenados e punidos, isso já não seria suficiente, pelo menos, para levantar as sobrancelhas entre o povo americano?
Jacob G. Hornberger, 16/03/2010.
http://www.fff.org/blog/jghblog2010-03-16.asp
O autor do artigo esquece algo fundamental: o tribunal de segurança nacional foi criado na Alemanha após um ataque terrorista real, o incêndio do Reichstag. Já os defensores norte-americanos de tal tribunal o fazem em contrapartida ao trabalho caseiro chamado 11/9. Além do mais, tal tribunal nos EUA iria ajudar a defender qual ideal, qual norte? A manutenção dos plutocratas e da escravização da população mundial através da cobrança sangrenta de juros bancários? Ou seriam os “valores morais” exibidos pela indústria cinematográfica norte-americana? De 1934 até 1945, o Tribunal do Povo alemão proferiu cerca de 18.000 condenações, dentre elas 5.000 penas de morte. Na democracia modelo do mundo, os EUA, entre 1973 e 2002 foram proferidas 7.254 sentenças de morte (Wikipédia), embora não tenhamos neste período qualquer ameaça séria à existência deste país – NR.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 18/03/2010.
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa…”