Um Hitler só circula abertamente quando é reescrito. Luxuosas edições de Mein Kampf foram feitas não há muito tempo, mas repletas de notas de rodapé que tentam desviar o autor do seu rumo, como se dissessem: “Não, leitor! Não se deixe entusiasmar…”
Introdução
Um amigo profundamente ligado com misticismo me procurava, fazendo-me uma pergunta:
“Você sabe me dizer algo sobre um livro chamado Los rituales satanicos del III Reich ?”.
“Não, me desculpe”.
De fato, eu nunca havia ouvido falar sobre tal obra. Ele prosseguiu:
“Perguntei isso porque consegui comprá-lo e estou à sua espera. É um livro importado”.
Àquele instante, tive duas reações: uma era a de contentamento, vendo-o disposto a pesquisar e aprofundar-se nas questões que envolvem o misticismo presente antes e durante o Nacional Socialismo; outra era conseqüência da má impressão, pelo título – mas, quem sabe, eu estivesse errado; quem sabe fosse um livro bom, sério. De súbito, disse-lhe:
“Parece me que tal obra é um pouco difamatória, não?”
“Acredito que não, pois é de 1971”.
Sem que me pronunciasse a respeito, mudamos de assunto. No entanto, o que ele havia dito por último corria à minha mente. Eu me questionava e, de algum modo, acreditava que a temporalidade, por ela própria, não faz de uma obra dona de purezas ou impurezas [1].
Eu o conheço há tempos. Dado ao meu modo discreto, passaram-se meses para que chegássemos à conversa sobre algo que envolvesse Nacional-Socialismo. Em certa ocasião, nós nos comunicávamos por telefone e em certo momento tentava trazer esclarecimento ao assunto, deixando claro que não havia nada de monstruoso em retomar alguns valores buscados durante o III Reich e adaptá-los à nossa realidade [2]. Ele foi compreensivo, embora, por um instante deixou-se levar pela inconformidade: “Eu entendo. Faz sentido o que você diz. Mas, ah… Não! Não tem cabimento ser um nacional-socialista nos dias de hoje”, “Eu não estou falando em ser. Quero apenas que você olhe as coisas de outra maneira, pois desde o fim da guerra são os vencedores os que contam sua história. De tudo o que eles propagam, praticamente nada corresponde ao que foi verdadeiramente nacional-socialista”.
A Voz dos Vencedores
São os mesmos vencedores da Segunda Guerra Mundial que hoje controlam o mundo, impondo seu silêncio democrático àqueles que a eles se opõem ou simplesmente os questionam.
Não estou sequer entrando em questão de Nacional-Socialismo propriamente dito, pois este, nos dias de hoje, inexiste como partido político ou órgão que possa gerar qualquer influência significativa em um estado ou país, que dirá em um continente ou no mundo.
Sendo assim, aqueles que são vistos como grandes ameaças são simplesmente pesquisadores, escritores, integrantes de uma corrente revisionista, que muito raramente se dizem simpatizantes [3] do Nacional-Socialismo. No entanto, são duramente combatidos. Aqui e acolá vêm sendo presos. Na Europa, lotam cadeias. Nos Estados Unidos, por três vezes o Institut for Historical Review recebeu ataques a bomba. Na Espanha, a Libreria Europa, talvez a maior livraria do mundo em termos de revisionismo, é obrigada a manter um forte esquema de segurança para evitar ataques por parte de marginais que geralmente sem perceber, são induzidos pela propaganda, pela imprensa a comando do “sistema” que tanto dizem repudiar, a ver na pesquisa histórica e no questionamento uma incitação a discriminações gratuitas.
Em 1990 a extinta Editora Revisão, que presava pela universalidade do conhecimento, assumia o seu grandioso papel e publicava exclusivamente em português o trabalho do pesquisador Robert Faurisson, chamado “Quem escreveu o diário de Anne Frank?”. Ao seu final, encontra-se a seguinte nota do editor:
“No dia 16 de Setembro de 1989, na cidade de Vichy, na França, este grande pesquisador [Faurisson] foi agredido, pisoteado e massacrado por três sionistas, que se intitularam ‘Filhos da memória judaica’. Ele escapou com vida pela interferência de três pescadores que passavam no local. Sofreu três fraturas no rosto e também nas costelas. As fotos apresentam este pobre Dr. Professor da Universidade de Lyon [Mostram-se duas fotos chocantes, onde podemos vê-lo deitado, em uma cama de hospital]. O próprio hospital de Vichy foi ameaçado pelos terroristas, obrigando uma transferência secreta para um hospital de Clermont-Ferrand. A imprensa, por telefone, os covardes agressores informaram que farão a mesma coisa com quem discordar das suas histórias. Agir contra pesquisadores, de forma violenta e covarde, não nos parece ser a melhor forma de esclarecer o que aconteceu antes, durante e após o conflito. A força é o direito das bestas, não das pessoas inteligentes! [4]”.
O caso do Sr. Castan é o exemplo mais próximo que temos, em termos de Brasil: pessoa de bem, batalhadora e de origem humilde, autodidata e já estando aposentado, fora levado a tribunal pelo crime de racismo, a comando da Comunidade Judaica de Porto Alegre e de seus numerosos robôs instruídos.
Robert Faurisson é vítima da intolerância do fundamentalismo judaico
Na antiga página de sua editora, Castan emitiu a seguinte nota, a respeito dos atos cometidos por vândalos, sob instrução sionista, durante a 46ª Feira do Livro, em Porto Alegre:
“Com grande pesar comunicamos que em 27 de outubro passado, dia da inauguração da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre organizada pela Câmara do Livro, e considerada a maior Feira de Livros ao ar livre da América Latina, nosso estande sofreu VIOLENTO ATENTADO por parte de devidamente orientados/contratados punks, homossexuais e drogados, entre os quais no mínimo três dos baderneiros se acobertaram indevidamente com bandeiras do PT e do PSTU, dando uma falsa idéia de que estavam agindo por esses partidos, fato que causou mal estar entre os próprios adeptos desses dois partidos, que lutam pela liberdade de expressão.
A feira do livro foi aberta às 13:00 h. A partir das 19:00 e até o encerramento da feira às 22:00 h, dezenas de vândalos/terroristas berravam exigindo o fechamento do estande, ofendendo e agredindo a cuspe nossos funcionários e clientes que se aproximavam do mesmo, após frustrada tentativa de atirar para dentro uma bandeira com a suástica incendiada para queimar os livros; tudo dentro da totalmente caluniosa acusação de que ao invés de pesquisas históricas estaríamos promovendo o nazismo.
Infelizmente a Brigada Militar não conseguiu conter totalmente os terroristas, parte da qual se vangloriava de ter participado da destruição do relógio que controlava os 500 anos do descobrimento Brasil.
Num dos momentos de descuido do policiamento, os encomendados terroristas destruíram a pedrada um grande retrato de Getúlio Vargas, que nos acompanhava a 8 anos nas Feiras.
Entre os nossos três atendentes ofendidos moralmente e agredidos a cuspidas encontrava-se uma amiga nossa, socióloga negra, que havia se prontificado a colaborar conosco e que, após esses lamentáveis acontecimentos entrou em estado de pavor durante três dias, pois não conseguia apagar de seus olhos as horríveis expressões dos totalmente insanos manifestantes.
Os acontecimentos foram filmados e fotografados de todos os ângulos, durante as 3 horas de vandalismo, porém por ter sido um “gol contra”, pois o povo desde o início está repudiando totalmente o ato, a imprensa preferiu silenciar ou então um ou outro dar uma pequena nota, que certamente nada tem a ver com o que realmente houve, como ainda é seu costume” [5].
Desde que suas publicações ganharam popularidade, a Polícia Federal fez apreensões em diversas livrarias. A Academia, servindo aos interesses do topo da Estrela de David dos sionistas, deu início a uma série de publicações de artigos que pretendiam apontar a culpabilidade de tal autor, sendo visto como “neonazista”. Também é originado da Academia o termo “negacionismo” [6] para designar as pesquisas revisionistas. O início dessa onda anti-revisionista se dá com o francês Vidal-Naquet, de origem judaica, que se refere à eclosão dos pesquisadores e questionadores das fontes oficiais como “assassinos da memória” [7]. Em sala de aula, eu mesmo presenciei um professor que indignado, apontava para a existência da Editora Revisão, já inativa faz alguns anos pelas leis que “garantem liberdade de expressão”, como um sinônimo do fim dos tempos. Dizia ele: “Vejam! Até pouco tempo atrás, existia uma editora de nome… nome… Não recordo qual, mas que era neonazista. Uma editora neonazista, que circulava abertamente!”. Estrategicamente, os poucos corajosos que se dispõem a promover discussões em torno do supremacismo judaico ou que simplesmente expõem opiniões politicamente incorretas, são logo vistos como neonazistas. Quem não se lembra de Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, ou Silveira, de Santa Catarina, sendo chamados de “neonazistas”? Um, por criticar o homossexualismo; outro, por escrever um ensaio a favor da eugenia.
Até mesmo a biografia do Sr. Castan foi vítima, sendo retirada da bastante conhecida página do Wikipedia [8], tempos depois que seu nome ganhava popularidade. Hoje, em substituição, expõe-se apenas que fora ele alguém que liderou uma “editora neonazista” e que pela mobilização de diversos grupos, pôde, finalmente, ser fechada. Exponho aqui alguns dos seus trechos que dão maior clareza do seu bom caráter:
“Após a venda de sua empresa, a qual durante mais de vinte anos de existência, com centenas de operários, empregados e funcionários, não teve uma única questão trabalhista, Ellwanger, como pesquisador, colecionador e leitor de livros e artigos sobre a Segunda Guerra Mundial há muitos anos, e desconfiar das versões ‘oficiais’ sobre essa época, resolveu examinar de perto o que realmente aconteceu. Após ir visitar pessoalmente diversos campos de concentração na Alemanha e na Polônia, manter entrevistas com testemunhas de ambos os lados, estudar documentos e textos com depoimentos em vários idiomas, resolveu escrever alguns livros que imediatamente tornaram-se campeões de vendas. Logo em seguida foram editados em inglês, espanhol e também em alemão(…). Em função do sucesso de seu primeiro livro, Ellwanger fundou a Revisão Editora Ltda., posteriormente registrada como Revisão Editora e Livraria Ltda., pois as livrarias foram pressionadas pelas gangues sionistas a não adquirirem essas obras, fato que o obrigou a vender os livros quase que só diretamente ao público leitor” [9].
Quando a Democracia censura, manipula e pune
Mas, voltando a falar sobre meu amigo, lembro que dias antes, conversávamos sobre o livro “Minha luta” de Adolf Hitler. Ele parecia cada vez mais determinado a consegui-lo. Dizia que por uma questão de personalidade, lentamente passava a se interessar pelos gostos de pessoas com quem convivia. “Veja… Pelo fato de conviver consigo, tenho me interessado em conhecer mais a respeito do Nacional-Socialismo. Quero, inclusive, ter a oportunidade de comprar o Minha luta e entender mais sobre as questões políticas que o envolvem. Sobre o lado místico, já tenho ao menos uma noção, pois possuo a obra ‘Sol Negro’”, livro lançado não há muito tempo.
Ele falava sobre leituras que fizera de Bakunin, pela convivência que tinha com alguns de seus amigos da faculdade. Na ocasião, tive de abandonar nossa conversa. Animado, ele dizia que logo iria procurar tal obra. Antes que saísse, eu disse: “Tome cuidado! As edições mais recentes não são nada confiáveis. As traduções são quase que sempre deturpadas, pois as palavras do ‘monstro’ apenas são permitidas circular abertamente quando possuem um caráter agressivo e irracional que correspondam à figura que nos ilustram dele. Do contrário, seus leitores diriam: Faz sentido o que ele diz… Logo eu, que nunca havia pensado que Hitler era uma pessoa assim, tão… Humana! ’. E isso, meu amigo, representa perigo para aqueles que governam o mundo”.
De boa memória, hoje ele relembrou o que eu o havia dito da última vez e junto daquilo que conversávamos, me perguntou:
“Você não sabe me indicar o nome de alguma editora que tenha lançado uma edição confiável de Minha Luta ?”.
Lembrei da Editora Centauro que, segundo o que me foi dito, teve seu estoque apreendido pela Polícia Federal em certa época. Disse-lhe: “Procure por uma editora chamada Centauro. Pelo que sei, metade do seu estoque foi salvo e ainda hoje é possível encontrar algumas cópias”. Enquanto esperava por sua resposta, também procurava em Sebos virtuais e, para meu espanto, os preços eram acessíveis… Custando em média entre 100 e 200 reais por exemplar.
Acima: uma das tantas pinturas de Hitler. Assim como suas palavras, também elas são censuradas pela democracia que serve aos interesses dos vencedores.
Meu amigo reaparecia: “Achei! Está custando 75 Reais na própria página da Editora Centauro”, “Que barato! Se você estiver decidido a comprá-lo, faça-o com tal editora. Todos os outros exemplares que encontrei estão custando mais caro e são usados. Eu mesmo até hoje tenho apenas em xérox, por falta de oportunidades”. Como que conferindo mais detalhadamente a página que visitava, ele me disse então: “Ah, está escrito aqui que o livro não poderá ser comercializado antes de 2015. O governo alemão determinou que o livro precisa ser reeditado para voltar à circulação”. Ironicamente, disse-lhe: “Esta nossa inquisição é uma beleza ! Para fazer com que uma obra politicamente incorreta circule, é preciso transformá-la ao extremo, mudar suas palavras, torná-la de ponta-cabeça se possível, de modo que cause apenas repulsa em seus leitores, confirmando o que é massivamente propagado pela imprensa”. Logo, precisei me despedir. Desejei-lhe boa sorte na procura desta obra preciosa.
E meu amigo, se não contar com a sorte, terá uma dificuldade imensa para encontrar tal obra. O mesmo não aconteceria se procurasse a Marx, Sartre ou Freud, que são disponibilizados nos mais diversos formatos, da edição em bolso ao papel jornal, do audio book ao lançamento comemorativo. Nada contra. Mas penso que nos dias de hoje ocorre o seguinte: ao passo que para uns aplica-se a criatividade humana para disponibilizar e universalizar o conhecimento, a outros se limita às mais variadas formas possíveis. Leve-se em conta também que quanto mais circulam as obras de tais nomes citados, mais acessível elas se tornam, no que diz respeito aos custos. A menos que uma pessoa esteja verdadeiramente disposta a comprar, ou que detenha uma boa renda, não irá se por a um verdadeiro sacrifício para adquirir a mais conhecida obra deste personagem enigmático. Isto se ela de fato estiver interessada em saber o que ele diz! Alguns, já saturados pelo constante aparecimento de reportagens, filmes e publicações sobre Hitler, diriam: “Procurar a obra de Hitler? Para quê? Além de pagar caro, já está mais do que provado e estampado em todos os meios possíveis que ele foi um monstro, um desumano sem igual”.
As constates reportagens sobre jovens vândalos presos por causa de atos violentos contra gangues rivais também ocupa um papel estratégico. Não vou entrar em discussão propriamente dita sobre punks ou skinheads. No entanto, percebo que raramente os livros de posse dos chamados punks, emos, rockeiros ou integrantes de grupos rivais são expostos ou apreendidos. Isto não ocorre com o outro lado . Materiais acumulados pelos chamados skinheads são expostos tal qual drogas e, vez ou outra, encontramos lá, em um canto, escondido, a obra de Hitler, como se esta justificasse suas ações. Na mentalidade das pessoas leigas, estas reportagens exercem um efeito quase que de terror psicológico. Com medo, por certo uma mãe, pelo seu instinto de proteção, diria a um filho que porventura estivesse interessado em conhecer mais a respeito do Führer: “Você não vê televisão, meu filho? É para esse tipo de caminho que você está se interessando? Pois não! Eu não irei permiti-lo trazer esses livros para casa… Não quero que futuramente você seja preso!”. É, sem dúvidas, um caso único na atualidade: tornar-se criminoso pela posse de livros. Um “Minha Luta” ou qualquer outro livro nacional-socialista ou fascista da época passa a ser visto quase que um guia para um comportamento péssimo e medíocre. Também não recordo de nunca ter visto bíblias, imagens de santos ou crucifixos, revistas pornográficas ou bandeiras de time de futebol ser mostrados diante da prisão de um criminoso ou uma quadrilha sua. A impressão que se tem é que apenas a literatura nacional-socialista, fascista ou revisionista justifica certos crimes, enquanto que em outros casos os interesses particulares são separados das ações criminosas. Curioso, no mínimo.
Tamanha é a censura que não se limita somente à proibição da venda e circulação das edições de “Minha Luta” com uma tradução mais fiel ao original. Não há muito tempo, o Centro Israelita do Paraná mandou apreender os volumes de tal obra que estavam na Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. Diziam estar preocupados com o aumento de jovens interessados. Infeliz foi o povo curitibano, que não apenas teve seu espaço público invadido, como nada soube, tempos depois deste ocorrido, do escândalo milionário que envolveu a sinagoga principal da sua cidade e que sob pressão dos seus integrantes, nenhuma emissora sequer ousou a publicar qualquer nota a respeito. Que balança é essa, onde exemplares de um livro trazem mais preocupações que uma sinagoga mercantilizada [10], capaz de impor seu silêncio aos maiores órgãos da imprensa do Paraná?
Em contrapartida, obras apologéticas a práticas sexuais cada vez mais precoces, ao uso de drogas, à irreligião, às tendências suicidas, à negação de raça, sexualidade e aparência, à rebeldia e desapego da família são sempre reeditadas, tornando suas propostas cada vez mais populares. A proibição da circulação de “Minha luta” na capital paranaense se explica porque, afinal, é um perigo ler que Hitler propunha um investimento no jovem, em sua saúde, seu bem-estar e educação, pois a ele reservavam-se todas as esperanças do futuro da Alemanha. Que “crime”, aos olhos do Centro Israelita, Hitler cometia contra a juventude, quando propôs que “não se deve passar um dia sem que cada jovem tenha, pelo menos, uma hora de exercício físico, pela manhã e à tarde, em esportes e ginástica” [11].
Um Hitler só circula abertamente quando é reescrito. Luxuosas edições de Mein Kampf foram feitas não há muito tempo, mas repletas de notas de rodapé que tentam desviar o autor do seu rumo, como se dissessem: “Não, leitor! Não se deixe entusiasmar… Se tais palavras fazem sentido, pare e pense que você estará também sendo uma pessoa que suporta um ditador que sozinho, foi responsável pelo extermínio de almas inocentes!”. Eu próprio sou testemunha disso. Há tempos havia comprado a obra “Testamento político de Hitler”, editado por Martin Bormann. Praticamente 2/3 do livro compõem-se de escritos “introdutórios” que tentam apenas desviar o leitor da absorção, pois se sabe que a verdade convence por si só. Tal obra fora disponibilizada, como se expõe na contracapa, para que o leitor faça, através da leitura, uma viagem para dentro de um “órgão sombrio, horroroso, alucinante e, contudo, tão carregado de forças reais, terrivelmente explosivas: o cérebro dele” [12].
Quando o diário de Hitler foi a público, a mídia logo providenciou de esclarecer que segundo peritos (a interesse de quem?), tal obra fora considerada falsa. É óbvio, pois nela em nenhum momento transparece o caráter doentio, psicopata e desumano que querem fazer acreditar. Nele, inclusive, Hitler faz duras críticas à chamada Noite dos Cristais, que é posta nos dias de hoje como uma ação que foi fruto quase que exclusivamente da sua vontade. No entanto, circulam abertamente livros daqueles que estiveram com Hitler, como é o caso de Rauschnning, Speer e Dietrich, e que ganharam vários dígitos em suas contas bancárias, tendo suas obras amplamente divulgadas em inúmeros meios, pois o retratavam como tudo o que se espera ver: um insensível, anormal, histérico e sanguinário. Aqueles que o conheceram e se recusaram a colaborar com estas invenções, foram democraticamente postos no esquecimento ou enforcados no Tribunal de Nuremberg. E nos dias de hoje, se alguém, por algum motivo, tenta ver um lado de relevante nas passagens de Mein Kampf, livro escrito durante a prisão em dois anos, será logo taxado de “nazista”, “racista”, “neonazista” ou qualquer outro termo pejorativo.
Considerações finais
A Inquisição, de que tanto nos dizem, realmente ficou para trás? Evoluímos? Não creio. Pesquisadores independentes, desvinculados das garras da máfia midiática e acadêmica, continuam a ser condenados. A associação do Revisionismo com racismo, discriminação ou apologia ao Nacional-Socialismo é apenas mais um meio estratégico de ou criar desinteresse, ou repulsa na população. E é justamente esse tipo de gente mal-informada que acaba ingenuamente acreditando na existência e eficiência de uma “Justiça”, quando esta proíbe a circulação de idéias, restringe e queima obras e pune seus autores.
Do mesmo modo que historiadores olham para o passado quando falam sobre Inquisição, também nossos acadêmicos cometem o mesmo erro. Falar de censura é automaticamente falar de passado. Mal sabem eles, ou talvez não queiram dar atenção para o controle de informação na atualidade. Tem-se hoje à palma da mão não apenas nas livrarias ou meios de comunicação, mas também na Internet. Não há muito tempo, tive conhecimento do fechamento de uma comunidade, em uma página de relacionamentos, pelo simples fato de tornar mais ampla as discussões sobre Revisionismo histórico. Tal gênero de publicação que sobrevive às escondidas, tal qual um crime, é duramente reprimido.
O raciocínio lógico de Sérgio Oliveira, que presenciava o editor de seus livros sendo levado a tribunal e seus próprios livros sendo proibidos de circular, infelizmente não foi respeitado. Sequer foi ouvido.
“Não é necessária uma reflexão profunda e tampouco grande saber jurídico para concluir que o exercício da livre expressão de pensamento não constitui um crime. Crime, isto sim, comete aquele ou aqueles que cerceiam ou procuram cercear a livre expressão de pensamento” [13].
Tomando emprestada a expressão de Heinrich (Chaim) Heine, o qual dizia que “quando livros são queimados, pessoas também o são”, eu diria que hoje sequer livros como “Minha Luta” são queimados, pois não chegam a existir: quando se proíbe a impressão e circulação de determinados livros [14], também pessoas são mortas em vida, como que abortadas.
Hermann Tholf
FONTE: Revista Cultural THOLF nº5
Outras questões suscitadas sobre a confiabilidade das traduções da obra Mein Kampf podem ser lidas no artigo O Princípio da Autoridade. – NR
NOTAS:
[1] Um exemplo disso é o caso de Thomas Mann, a quem muitos consideram “um bom alemão”. Quando o mundo sequer havia ouvido falar em “câmaras de gás” e “extermínio de judeus”, quando os próprios judeus nada haviam dito a respeito, ele pronunciou uma série de mentiras através de rádios piratas que chegavam até a Alemanha, com o intuito de incitar o povo à revolta contra o Nacional Socialismo.
[2] O Nacional Socialismo, do ponto de vista de alguns teóricos seus, é completamente aplicável às leis da natureza.
[3] Tomo o exemplo do Grupo de Estudos CEDADE para esclarecer que o Revisionismo Histórico não é uma particularidade nacional-socialista. Entre seus membros, havia comunistas, anarquistas e nacional-socialistas de diferentes origens e religiões – inclusive judeus. Dentre eles, constavam Robert Faurisson (Comunista) e Pedro Varela (Nacional-Socialista). O próprio Revisionismo, aplicado a questões da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se com o francês Paul Rassinier, que foi membro da Resistência francesa e que após a guerra, propôs-se a desmentir muitas das coisas que a imprensa havia dito sobre os alemães e seus campos de concentração.
[4]FAURISSON, Robert. Quem escreveu o diário de Anne Frank? Editora Revisão. Porto Alegre, 1990.
[5] Retirado da antiga página da Editora Revisão, sob o endereço: http://members.libreopinion.com/us/revision5/index.htm
[6] Consiste na idéia de que os pesquisadores revisionistas negam certas informações oficiais “pelo simples prazer de negar”. E por incrível que pareça, os inimigos do revisionismo, responsáveis por associar pesquisas históricas com negativismo, são os mesmos que negam o direito de circulação das obras por eles combatidas. Ou seja, negam o “direito de negar”.
[7] Citado em: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O Anti-semitismo na Era Vargas: fantasmas de uma geração: 1930-1945. Editora Brasiliense. São Paulo, 1995.
[8] O revisionista Alfredo Braga afirma que a página Wikipedia serve à “patrulha judaico-sionista”. Para mais, ver: http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/wikipedia.html
[9] Citado em: BRAGA, Alfredo. Siegfried Ellwanger: pesquisador, autor e editor.
[10] Só se teve conhecimento deste escândalo porque o ex-rabino Sami Goldstein, sentindo-se prejudicado, moveu uma ação na Justiça do Trabalho contra a Federação Israelita do Paraná e procurou a mídia. Tal reportagem foi disponibilizada apenas em um jornal de bairro. Por pressão da comunidade judaica, as mais de três horas de reportagem gravadas pela Rede RPC até hoje não foram ao ar. Fonte: Jornal IMPACTO. 05 a 11 de Junho de 2009. Curitiba. Site: http://www.impactopr.com.br
[11] Capítulo II da Segunda Parte. HITLER, Adolf. Minha Luta. Editora Moraes. São Paulo, 1983.
[12] BORMANN, Martin. Testamento político de Hitler. Livraria Exposição do Livro.
[13] OLIVEIRA, Sérgio. Sionismo x Revisionismo: Fantasia x Realidade. Editora Revisão. Porto Alegre, 1993.
[14] O destino da obra “Hitler: culpado ou inocente?”, de Sérgio Oliveira, é digno de menção. Com menos de duzentas páginas, seu exemplar original chega a custar, quando encontrado, mais de duzentos reais. Motivo: logo após o seu lançamento, a Polícia Federal, sob a alegação de que tal obra era discriminatória, prendeu-os e muito provavelmente seus exemplares foram queimados nas lareiras dos casarões sionistas. Ou, quem sabe, à moda dos pastores evangélicos, foram atiradas na fogueira santa de Israel. Este é, pois, o destino de muitas das obras lançadas pela heróica Editora Revisão. Em São Paulo o caso é pior: soube, através de um amigo, que judeus ortodoxos visitam semanalmente a sebos que comercializam tais obras, fazendo questão de adquirir todos os exemplares possíveis, com o intuito de tirá-los de circulação.