Em fevereiro de 1988, o jornal O Globo entrevistou o escritor britânico David Irving sobre seu novo livro A Guerra de Churchill. Baseado em ampla documentação pessoal do ex-primeiro-ministro, Irving acusa Churchill de ser o responsável direto pela transformação de um conflito regional entre Alemanha e Polônia, em um conflito de escala mundial, onde mais de 50 milhões de pessoas viriam a perder suas vidas.
A entrevista
O Globo: O senhor diria que houve censura ao seu livro?
David Irving: Claro, não há diferença entre a censura a historiadores na Rússia ou aqui, apenas o método. Lá eles proíbem o livro, aqui os editores não publicam. Sempre tive problemas com os editores ingleses, mas meus livros sempre foram publicados. E todos foram comentados pela imprensa. Anualmente são publicados 40 mil livros na Inglaterra, mas apenas cem merecem críticas literárias. Os outros recebem completo silêncio. Mas, repito, todos os meus livros anteriores foram comentados pela imprensa, menos “Churchill’s War”. O editor literário do “Sunday Telegraph” me informou numa carta: “Tomamos em novembro a decisão de não comentar o seu livro”.
A guerra de Churchill
O Globo: Mas a que o senhor atribui isso?
David Irving: No ano passado, surgiu um livro do Conde Nicholas Tolstoy, que agora é cidadão inglês, sobre as ligações de Harold MacMillan com crimes cometidos perto do fim da guerra. MacMillan foi Primeiro-Ministro deste país mas, na época, era um funcionário político britânico na Iugoslávia e na Áustria. E ordenou o retorno de 50 mil iugoslavos sabendo que eles corriam o risco de ser executados, como realmente o foram em sua maioria. Pois bem, o livro saiu, mas durante três meses os jornais o ignoraram. Ai aconteceram coisas estranhas. A Federação dos Estudantes conservadores publicou na primeira página de seu jornal um foto de MacMillan com o título “Este homem é um criminoso de guerra?”. O Partido Conservador foi à justiça para tentar impedir a distribuição do jornal. Os jornais tiveram de informar sobre isso e, depois de uma semana, saiu um artigo no “Times”, dizendo que devíamos estar todos envergonhados por fingir que o livro não existia. Com meu livro está acontecendo uma situação semelhante. Ele chegou aqui em novembro, mas só em janeiro os jornais admitiram sua existência.
O Globo: Isso nunca lhe acontecera antes?
David Irving: Tive um problema há 15 anos com o livro “A destruição do comboio PQ 17”. O comandante da escolta do comboio, Capitão Jack Broome, alegou que eu o culpava pelo desastre. Embora negássemos a acusação, eu e o editor perdemos na justiça por 4 a 3. Tive de pagar 50 mil libras e quase fiquei arruinado. Foi a única vez que enfrentei um processo em 25 anos de carreira. Meu livro “A guerra de Hitler” também teve problemas. Em todas as minhas pesquisas para esse livro nunca encontrei a menor prova de que Hitler tenha dado uma instrução pessoal para o extermínio dos judeus. E eu já ofereci um prêmio a quem apresentar qualquer documento sobre isso. Mas o meio acadêmico é dividido sobre a questão do holocausto. Foi obra de um louco ou foi um movimento histórico?
O Globo: Mas quais seriam as razões para o que acontece com “A guerra de Churchill”?
David Irving: Na Grã-Bretanha tivemos neste século apenas um herói, Winston Churchill. Em outros séculos tivemos muitos, mas neste só temos um. E estamos sentados num ninho de ilusões. Churchill começou as ilusões com seu discurso que dizia: “Lutaremos com eles nas praias”. Ainda podemos ouvir a voz dele, está nas nossas memórias e o pior é que a voz não é de Churchill, e sim de Norman Shelley, um ator que trabalhava num programa de rádio infantil. Shelley falou no lugar de Churchill, porque nosso líder estava totalmente embriagado. O próprio Shelley me contou e disse que ficou calado todos esses anos porque perderia os amigos se falasse a verdade. Meu livro sugere que a Grã-Bretanha tinha uma escolha – continuar a guerra ou aceitar a paz oferecida pela Alemanha, através de várias embaixadas, em maio e junho de 1940, logo após a queda da França e de Dunquerque. Os termos oferecidos eram generosos. Os alemães se propunham a sair da Polônia, da França e da Tchecoslováquia, retendo apenas os territórios que eles reivindicavam. Em troca a Alemanha se comprometia a atacar a Rússia e até chegaram a oferecer ajuda à Grã-Bretanha se ela fosse atacada por terceiros. Churchill chegou a dizer ao gabinete: “Acho que estaríamos errados, se não aceitássemos essa proposta”. Eu tenho o diário de Lorde Hallifax, o ministro do exterior, que confirma isso. Mas Churchill tomou o caminho oposto. Foi a guerra de Churchill em que perdemos o Império e o mundo perdeu mais de 20 milhões de vidas. Tenho também o diário de Sir John Martin, que foi o principal secretário particular de Churchill durante cinco anos. Ninguém sabia que Churchill estava lendo as mensagens alemãs decifradas que lhe eram entregues diretamente pelo MI-5 (a espionagem britânica). Churchill sabia quando Londres ia ser bombardeada e transmitia a imagem de ser corajoso. Mas na verdade a sua agenda me convenceu de que um dia, sabendo que Londres ia ser bombardeada, ele mandou desmarcar todos os compromissos e foi par ao interior. No caminho, um mensageiro o alcançou com novas mensagens interceptadas em que ele soube que o bombardeio seria dirigido contra outras áreas e não Londres. Ele aí voltou e deixou que todos soubessem que ele ia ficar na capital.
O historiador britânico David Irving
O Globo: Mas como se explica que até hoje nenhum outro historiador tenha contado essa história?
David Irving: Os historiadores vivem atrás dos rabos uns dos outros e fazem citações entre si. Se você copia um livro, é plágio, mas se copia dois passa a ser pesquisa. Copiando quatro passa a ser uma ampla pesquisa. Eles não fazem pesquisa própria. Todos ficam famosos repetindo o que os outros escrevem. É um balão que vai crescendo e eu sou o alfinete que fura o balão.
O Globo: Mas Martin Gilbert, o biógrafo oficial de Churchill, é considerado um acadêmico sério…
David Irving: O professor Gilbert tem dois problemas. O primeiro é que sendo o biógrafo oficial ele tem de escrever dentro das normas que se espera de um biógrafo oficial. O segundo problema é que, sendo judeu, ele se sente incapaz de escrever com isenção sobre certos assuntos. Os judeus financiaram Churchill nos anos 30. Ele estava sem dinheiro e recebeu 50 mil libras. Até esse momento os assuntos favoritos dele eram a Índia, defesa e desarmamento. Daí em diante ele passou a ter a Alemanha como seu tema principal. Alguns editores me propuseram claramente tirar isso do livro. O professor Gilbert já deixou de comparecer a dois programas de televisão comigo, com desculpas muitos fracas. Eu quero muito debater com ele o meu livro e, também, é claro, o dele.
O Globo: E qual a razão de sua incompatibilidade com outros historiadores?
David Irving: Meus pais foram escritores, mas eu trabalhava numa siderúrgica quando alguém me contou que numa só noite de bombardeio aliado durante a Segunda Guerra, 100 mil civis haviam morrido em Dresden. Resolvi tornar-me historiador e escrever um livro sobre esse bombardeio. Eu não aprendi a mentir. Quando você entra numa universidade, recebe uma lista de livros para ler. É a história oficial. Eu não li nada. Viajo, visito os arquivos e vivo apenas do meus livros, trabalhando sete dias por semana.
O Globo: E como se explica que a Oposição trabalhista não tenha se interessado peal censura de que o senhor se acha vítima?
David Irving: Sou um homem de direita e muita gente já me chamou de antissemita e fascista. Há sete ou oito anos a porta da frente da minha casa foi derrubada por um golpe de marreta. Uma gráfica que imprimia meus livros foi queimada. O Partido Trabalhista é grão a Winston Churchill porque em 1940 os trabalhistas estavam muito mal e Churchill os chamou para o Governo de coalizão.
O Globo: E a família de Churchill? O neto dele lhe mandou uma carta de protesto.
David Irving: E eu já respondi e mandei cópia da minha carta para todos os jornais. Eu lhe disse nessa resposta que ele, como todos os outros Churchill, é bêbado, mentiroso e adúltero.
Entrevista conduzida pelo correspondente Milton Coelho da Graça.
O Globo, 28/02/1988.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 10/11/2014.
Assista:
The Crimes of Winston Churchill
Bom dia pessoal. Estou com dificuldade de encontrar esses livros para download. Alguém poderia me indicar algum link. Agradeço.
http://www.fpp.co.uk/books/Churchill/1/index.html
Por acaso, foi após o vexame em Dunquerque (re-classificada pela podre grande mídia como “A Gloriosa Retirada”) que a besta Churchill babou aquela famosa imbecilidade? “Nada tenho a oferecer além de sangue, suor e lágrimas!”
Para variar, entupido de uísque!…
Churchill transformou a Inglaterra em apenas mais um estado americano. Ao invés de negociar a paz com a Alemanha quando Rudolf Hess voou para a Inglaterra preferiu a guerra.
Sem falar na posterior queima de arquivo. Veja:
Nazista Rudolf Hess foi ‘assassinado por agentes britânicos na prisão para detê-lo de revelar segredos da guerra, mas foi dito a Scotland Yard para não investigar’.
-Médico que uma vez tratou de Rudolf Hess fez declarações após sua morte em 1987
-Relatório sugere que este médico entregou os nomes de dois suspeitos
-Recém-lançado o relatório da polícia sobre os detalhes da investigação por reivindicações do médico
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2414991/Nazi-Rudolf-Hess-murdered-British-agents-prison-stop-revealing-war-secrets-Scotland-Yard-told-NOT-investigate.html#ixzz3Indd2hNS
Quem não deve, não teme.
David Irving publicou recentemente o primeiro volume da biografia de Heinrich Himmler que estava há anos sendo escrita, não li mas sinceramente não sei se vale a pena considerando que ele se transformou há tempos em holocrente light (http://juergen-graf.vho.org/articles/david-irving-and-the-aktion-reinhardt-camps.html). Aparentemente o primeiro volume não trata do assunto “holocau$to” (cobre o período pré-guerra, até 1939), mas o segundo, a ser publicado num futuro próximo, deverá abordar o tema, provavelmente de maneira semi-ko$her.
Eu creio que Graf resume bem Irving no artigo mencionado acima, ele é um bom pesquisador mas sempre foi um tipo de caráter bastante duvidoso, pegou carona no Revisionismo nos anos 80 achando que o negócio ia emplacar e depois foi virando a casaca…
“Os historiadores vivem atrás dos rabos uns dos outros e fazem citações entre si. Se você copia um livro, é plágio, mas se copia dois passa a ser pesquisa. Copiando quatro passa a ser uma ampla pesquisa. Eles não fazem pesquisa própria. Todos ficam famosos repetindo o que os outros escrevem. É um balão que vai crescendo…”
É uma grande verdade, todavia a credibilidade de sua biografia de Goebbels já foi colocada em xeque (ex. – http://www.vho.org/VffG/2001/2/Weckert196-203.html). O fato de Irving utilizar fontes primárias não o isenta de erros quando essas estão viciadas e ele lamentavelmente se recusa a admitir.
Enfim, é um sujeito que tem seus méritos mas no qual não dá para se confiar muito, por outro lado, seu site continua sendo um excelente repositório de notícias.
A respeito de Churchill, não há muito o que acrescentar, é notório que se tratava de um tipo abjeto, repleto de vícios, atolado em dívidas de jogo e no bolso da talmúdico-plutocracia internacional, foi alçado ao poder justamente para fins de desencadear a guerra contra a Alemanha. Um psicopata que, não contente com sua campanha de terror aéreo, tinha planos de utilizar armas químicas contra a população civil alemã.
Aliás, em que pese não ser justo generalizar uma nação inteira, mas não surpreende que esse lixo tenha liderado a Inglaterra, não há como não se recordar da história criminosa dessa nação, que tem como ícones piratas e bandidos, possui longo currículo de opressão brutal e criminosa de outros povos (ex. os irlandeses católicos e os Boers sul africanos), desencadeou guerras para assegurar o mercado de drogas para traficantes talmudistas, etc.. Desde os tempos de Cromwell é uma nação 100% servindo interesses judaicos, lamentável que Hitler e outros na Alemanha nutriam todo tipo de ilusão fantasiosa com relação aos ingleses, Rudolf Hess foi profundamente ingênuo e acabou pagando um alto preço, o apelido de Perfidious Albion existe não por acaso…
Eleito “O maior britânico da História”, esse “erói” patético já foi pra lá de desnudado.
https://fab29-palavralivre.blogspot.com/2015/09/heroi-da-humanidade.html