Desvalorização do Dólar frente ao Bitcoin
de 2013 até 2021
Com este artigo eu quero explicar da forma mais simples possível, o que vem a ser afinal o dinheiro digital ou criptografado como, por exemplo, o Bitcoin. Com isso quero esclarecer alguns mal-entendidos e falsas premissas. Primeiramente eu quero mostrar para que serve o dinheiro “normal”. Ele é um instrumento de dominação da elite, para nos controlar e escravizar. Antigamente as pessoas foram exploradas diretamente como escravas através da violência e aprisionamento, e desta forma elas foram direcionadas ao trabalho forçado. Desde a introdução do dinheiro “fiat” (moeda fiduciária), a coisa é feita mais sutilmente e às escondidas, mas o resultado final é o mesmo. Ao controlar o dinheiro, eles controlam as pessoas e toda nossa sociedade.
“Quem controla o dinheiro em nosso país, é o senhor absoluto sobre toda indústria e economia… quando se percebe isso, que todo o sistema é controlado de uma forma ou de outra por alguns poucos poderosos, não demora muito para compreendermos porque existe regularmente depressão e inflação”. James A. Garfield, 20º presidente dos Estados unidos, 200 dias antes de ser assassinado pelos banksters.
Existem os métodos mais explícitos e violentos para roubar as pessoas, assim como fazem pequenos criminosos através de assaltos ou furtos. Porém, a elite se utiliza de métodos que parecem ser sérios, legais e honrados: ela utiliza os Bancos Centrais. Com o monopólio da geração do dinheiro, com o sistema de juros e a inflação, eles roubam a humanidade em escala gigantesca. Infelizmente as pessoas são crédulas e não compreendem o que realmente acontece com elas. Seu dinheiro conquistado com muito suor é constantemente roubado através de impostos e taxas, mas principalmente através da queda de seu poder aquisitivo.
Seja qual for a moeda, ao longo de seu limitado ciclo de vida, ela perde 100 por cento de seu valor. Assim acontece com o dólar, o qual desde sua criação do banco central norte-americano há 100 anos, já perdeu cerca de 95% de seu poder aquisitivo. Ou o euro, que desde sua criação há 10 anos, já teve que “engolir” metade de seu valor. Além disso, alia-se ao fato da elite estar informada sobre toda movimentação monetária que realizamos, pois ela nos força a utilizar o sistema bancário para os pagamentos e nós, uma vez fisgados pelos cartões bancários e de crédito, realizamos estes pagamentos sem dinheiro em espécie.
No fundo, ela quer eliminar o “dinheiro vivo” e estão no melhor caminho para isso, haja vista nossa credulidade no “conforto” das transações econômicas eletrônicas. O objetivo aqui é o cidadão transparente. Aqui nós somos roubados novamente, pois cada transação tem seu preço e uma conta bancária não é de graça. Alia-se ainda a mentira de tratar-se do combate contra a sonegação e a lavagem de dinheiro, por isso cada transação deveria ser registrada e identificada. Foi socada na mente das pessoas através da propaganda, que apenas os criminosos utilizam dinheiro vivo e querem enganar o controle.
Eu nem vou me adentrar no sistema exploratório dos juros e juros compostos, pois isso já é complexo demais. Brevemente, dívida e juros são o método refinado da elite para manter as pessoas como eternos escravos, uma escravidão da qual poucos se libertam. Ele leva à redistribuição do patrimônio da população de baixo para cima e ao total empobrecimento das massas. Nós vivenciamos isso drasticamente todos os dias com a crise dos débitos e financeira dos países, salvamento bancário, desapropriação das poupanças, medidas de austeridade, elevação dos impostos e desemprego em massa na União Europeia.
Parece que não há fim para esta crise. Os problemas não são resolvidos, mas sim empurrados em direção ao futuro apenas através de gigantescas emissões de dinheiro. Eles acreditam solucionar a crise das dívidas através de mais dívidas. Mas quanto mais eles adiarem, maior será a explosão final. E com isso também o sofrimento e as necessidades pessoais. Por isso é importante entender como funciona o dinheiro digital, se ele oferece uma boa alternativa e se através dele nós podemos nos libertar. Infelizmente corre muita desinformação sobre ele e é muito provável que isso tenha sido feito de forma consciente, pois a elite quer manter logicamente o monopólio sobre o dinheiro e com isso nos controlar.
O que é Bitcoin? É uma moeda criptografada e conectada através da internet, que pode ser utilizada por qualquer pessoa em todo o mundo. Criptografada por que é baseada em operações matemáticas e computacionais e com isso, “criada”. As operações de pagamento ocorrem de um endereço Bitcoin (vale ou carteira) para outro sem custo algum e de forma muito rápida. Um endereço Bitcoin baseia-se em 32 letras e números, semelhante a uma conta bancária. Cada usuário pode ter quantos vales quiser, até mesmo um por transação. Para poder utilizar os Bitcoins é necessário baixar um programa em seu computador, tablete ou celular. É muito fácil sua utilização e funciona de forma semelhante ao banco online. Desta forma podemos receber e enviar Bitcoins.
O programa tem sua fonte aberta e foi desenvolvido por pessoas espalhadas por todo o mundo, que são conhecidas e as mudanças acontecem em consenso com os usuários. Nenhuma pessoa ou autoridade central pode fazer valer sua vontade. Através do consenso público, o Bitcoin contém todas as características que se deseja de uma moeda livre e que não esteja submetida a qualquer controle privado ou estatal. É o resultado da cooperação voluntária de pessoas afinadas por todo o globo, em um projeto que serve a todos e não se assemelha àquele sistema que nos é imposto e favorece apenas a elite.
Como surge um Bitcoin? Eles são “garimpados” pelos participantes, em inglês chamado de “mining”, de forma semelhante como o ouro ou a prata são extraídos de uma mina. A diferença é que os Bitcoins aparecem através de operações lógicas, ou seja, através da solução de uma tarefa matemática. Bitcoins são trabalhados, existe trabalho por de trás e com isso também custos. Não é trabalho humano, mas sim computacional. É necessário possuir um computador com a respectiva capacidade de cálculo e consumo de energia. Ao invés da energia empregada para a extração de ouro e prata do subsolo, a energia é gasta no cálculo.
A capacidade de operações utilizadas para gerar um Bitcoin é estimada em 6 a 8 vezes maior do que a união dos 500 supercomputadores mais velozes da atualidade. O trabalho é distribuído entre todos os membros do Bitcoin e cada um pode “extrair” sozinho ou participar de um grupo que então irá gerar um Bitcoin: os cálculos tornam-se mais difíceis com o passar do tempo. Isso é almejado pela própria concepção do projeto. Deve-se fazer, portanto, uma análise custo-benefício para determinar qual seria o trabalho frente ao rendimento.
Em princípio, todo pagamento feito com Bitcoins são grátis e são confirmados dentro de 10 minutos. Se deseja-se algo mais rápido, deve-se pagar uma tarifa mínima, a qual, convertida, gira em torno de 6 centavos. Comparando, PayPal cobra 2,9% da operação, mais 30 centavos por transação. Transferências bancárias para o estrangeiro custam até 3% do valor transferido e o dinheiro fica disponível somente em alguns dias. Além disso, existe uma tarifa anual. Em todas as transações internacionais com diferentes moedas, sempre existe uma perda devido à compra e venda, pois os bancos oferecem sempre a pior taxa de câmbio.
Todos estes custos e perdas não existem com o Bitcoin, pois não há alguém que lucra entre emissor e destinatário. Além disso pode-se estar em qualquer lugar do mundo, indiferente onde, contanto que exista uma conexão de internet qualquer um está em condições de enviar um pagamento ou recebe-lo. Especialmente em países onde o corrente sistema de pagamento via Swift está excluído, Bitcoin torna-se uma alternativa prática. Poder-se-ia até adotá-lo como moeda nacional. Como funciona em celulares tipo smartfones, ele é um sistema de pagamento transportável e poderíamos até fazer compras no mercado ou em alguma outra loja. O vendedor pode confirmar o pagamento logo depois. A mesma coisa a nível particular. Podemos estar sentados de frente um ao outro e realizamos uma transferência de celular para celular. Maior vantagem: nenhum órgão controlador vê o que está acontecendo.
Todavia, Bitcoin não é a única moeda criptografada; existem alternativas tipo “coins” que funcionam de modo análogo. Ou seja, existe concorrência e consequentemente uma pressão por constante melhoria na interface com o usuário. Sua popularização depende do número de ofertas de produtos e serviços que aceitam trabalhar com estas novas moedas e quão rápido, seguro e estável acontece a transação monetária. Muita coisa é feita nesta direção para o Bitcoin; entrementes é investido muito nas possibilidades de utilização e já se alcançou uma massa crítica de pessoas que utilizam esta alternativa.
Bitcoin é uma moeda verdadeira? Comparando, a palavra “verdadeira” é naturalmente uma piada, pois a moeda fiduciária não tem lastro algum, é gerada ao bel prazer de quem aperta um botão no computador dos bancos centrais e comerciais, baseia-se em dívidas, é presa aos juros etc. Por isso Bitcoin é muito mais real do que as moedas usuais, que se sustentam no momento apenas através de sua impressão sem limites e perdem com isso seu poder aquisitivo. Bitcoin tem todas as características que uma moeda deve ter: vida longa, portabilidade, é divisível, tem valor próprio, transportável e permite a poupança.
Um valor físico pode gerar desconfiança em muitos, principalmente ao se comparar com ouro, por exemplo, que pode ser utilizado como joia. É claro que não se pode utilizar Bitcoins per se para outra finalidade, mas ao todo, em sua aplicação na rede, ele tem uma grande utilidade, pois podemos realizar compras por todo o mundo. Com ouro isso não é possível. Também não funciona com diamantes. Além disso, pedras preciosas não podem ser divididas, pois senão perdem seu valor. Bitcoins pode ser dividido em até oito casas depois da vírgula e com isso gerar pequenas frações sem perda de valor e sem qualquer custo.
O número máximo de Bitcoins que pode existir está limitado a 21 milhões, ao contrário da moeda fiduciária que não conhece qualquer teto para sua emissão. Através da divisão, passam a existir 2,1 trilhões de unidades monetárias. A menor passa ser então 0,00000001 Bitcoin. A dificuldade em “garimpar” os Bitcoins aumenta com o passar do tempo e estima-se que em 2040 existirão 99,8% de todos os Bitcoins. Atualmente já circulam 56% do número máximo possível de Bitcoins. Esta limitação da base monetária funciona na prática de forma deflacionária, justamente o contrário das moedas fiduciárias que nos presenteiam com inflações crescentes e constante desvalorização.
Os Bitcoins são algo real? Naturalmente os Bitcoisn existem apenas como Bits e Bytes na forma eletrônica, mas eles existem, é algo real. Tão real quanto música, filmes, fotos, notícias, livros etc, que existem apenas na forma digital. Se todos nós encaramos como algo natural, não ler mais jornal de papel, mas sim os artigos como este na forma digital, então nós não deveríamos nos deixar incomodar com um novo dinheiro nesta modalidade. Além disso, o dinheiro fiduciário existe em sua grande parte apenas como números em um computador e uma pequena porcentagem existe na forma de moedas e notas.
Em sua maioria, os Bitcoisn são usados para que? Segundo pesquisa entre os usuários de Bitcoins, 55% do dinheiro é utilizado para presentes ou doações. Até setembro de 2013, o cliente (plataforma) de Bitcoin “oficial” foi baixado dos EUA (29%), China (10%) e Alemanha (7%). Nos EUA, 3.455 downloads por milhão de habitantes foram realizados; 1.751 em Chipre, depois do roubo das poupanças e na Argentina, por causa da crise econômica, 679. A Islândia apresentou a maior taxa per capita de downloads, seguida da Finlândia, Suécia e a Holanda. O maior número dos usuários de Bitcoins existe nos EUA, seguido da China. Lá acontece um crescimento vertiginoso do faturamento e dos usuários.
Justamente as organizações que são boicotadas pelo sistema financeiro estabelecido, mudaram ou precisaram mudar para Bitcoin a fim de receber doações. O caso mais conhecido é da Wikileaks, cuja conta foi bloqueada pelo PayPalm, Visa, MasterCard e também pelos bancos, com o objetivo de silenciar a cena dos whistleblower. O novo chefe da MasterCard, responsável pela concessão de licença, Stephen Ruch, odeia Bitcoin e disse que a empresa de cartões de crédito não tem a mínima intenção de conceder licenças às empresas que intencionam oferecer um cartão Bitcoin. Ele deixou revelar então que impediu o acordo entre BitInstant e um banco americano para o uso de Cartão $BTC. MasterCard, Visa e alguns bancos como JP Morgan e Goldman Sachs fazem de tudo para assegurar seu monopólio e sabotar o projeto Bitcoin.
Entrementes, Bitcoin já é reconhecido como dinheiro em diferentes países e é classificado como “serviço financeiro”, a exemplo dos EUA. Na Alemanha ele existe como “dinheiro particular” ou “unidade de cálculo” e está submetido à legislação tributária. O Canadá ainda não colocou o Bitcoin sob as regras financeiras. Os governos podem proibir o uso de Bitcoin como moeda? Sim e não. Como Bitcoin é completamente descentralizado e é utilizado na forma peer-to-peer (entre dois computadores – NR), isto não é possível. O que eles podem fazer, é dificultar a vida ou até mesmo fechar as empresas que aceitam o Bitcoin ou o trocam pelo dinheiro fiduciário. Todavia, o Bitcoin pode continuar a operar entre dois pontos. A comunidade da internet sempre achará uma forma de contornar as limitações estatais.
Como a moeda fiduciária torna-se cada vez mais inflacionária, sem valor e insegura, aumentará o interesse da população por uma alternativa como Bitcoin. Especialmente nos países em crise da Zona do Euro, mas também os países do Terceiro Mundo já aumentaram consideravelmente sua utilização. Especialmente quando o dólar perde seu valor, o que é inevitável, torna-se necessário sua substituição por uma possibilidade de pagamento. Mesmo se o Bitcoin participar em apenas uma pequena parcela das transações, isso já teria sido um sucesso incrível. Com sua popularização, devemos contar com uma campanha de difamação por parte dos políticos e da mídia. Isso não deve nos assustar e intimidar. A elite criminosa e a máfia do dinheiro não abandonarão o ringue sem luta.
Como eu disse no início, a elite exerce seu poder sobre nós através do monopólio do dinheiro. Este poder consiste em criar dinheiro do nada, acumular dívidas ilimitadas e vigiar, regulamentar e taxar nossas atividades financeiras. Com isso nós nos tornamos seus escravos. Para sermos livres, nós precisamos boicotar completamente o sistema e procurar alternativas. Qualquer um que se distanciar destas pervertidas moedas fiduciárias e do sistema financeiro, ajuda a si próprio e a seu próximo em direção à liberdade. Isso não acontece do dia para a noite, mas é um processo passo-a-passo.
Como o poder político baseia-se no controle do dinheiro, nós alcançaremos a liberdade política somente com um dinheiro livre. À medida que retiramos da elite o controle sobre o dinheiro, nós lhes retiramos o poder sobre nós. Aliado à internet e à livre troca de informações e ideias, não existe mais nada que possibilite mais liberdade do que se livrar das garras do sistema financeiro e do estado. Se nós nos comunicamos 1 a 1, trocamos produtos e serviços e utilizarmos para isso uma moeda livre, então este é o caminho para conquistar a liberdade.
A possibilidade que se abre à nossa frente nunca existiu na história da humanidade. Nunca existiu um dinheiro que não tenha sido controlado pelo poder central. Agora existe. Por isso, prestem atenção ao Bitcoin, pesquisem o assunto, aprendam o máximo possível, reconheça as inacreditáveis possibilidades que ele oferece e comece a usá-las.
Alles Schall und Rauch, 02/11/2013.
Leiam também:
Bitcoin: o nascimento do dinheiro (Parte 1)
Comentários rasos, de uma linha, onde vê-se claramente que o leitor não se apronfundou no tema, serão descartados. Este artigo é uma boa oportunidade para começarmos a nos aprofundar nos temas, expondo os prós e contras com argumentação lógica e sensata – NR.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 06/11/2013.
Coincidentemente ontem começei ler a respeito do Bitcoin.
Apesar de uma apresentação positiva em seu site eu tive também dúvidas sérias no que se refere ao poder concentrado no controle dos algorítmos, na obscuridade do seu suposto criador até a sinceridade dos seus atuais “stakeholders”, onde o seu vice-presidente é mais um judeu de NY e os reais patrocinadores são desconhecidos.
Seria o VP mais um Trotsky e o Bitcoin uma outra revolução bolchevique? Seria esse finalmente o controle mundial do dinheiro? Hoje vc existe, amanha seus dados desaparecem?
Não me convenci. Vou porem ir mais a fundo e volto a escrever a respeito.
O simples fato de um judeu estar envolvido não pode significar automaticamente que o projeto seja fraudulento. Como se trata de uma nova proposta, com código aberto, onde teoricamente todos podemos participar, vale a pena ir mais a fundo na coisa. Vale também para refletir quanto aos pilares sobre os quais estão apoiados os princípios de nossa economia… uma ova que exista segurança nas aplicações financeiras ou na garantia que vamos receber nossas aposentadorias!
Apesar de considerar a “bitcoin” um projeto interessante, é necessário dizer que o autor do artigo demonstra uma larga dose de ingenuidade, vejamos:
” Nenhuma pessoa ou autoridade central pode fazer valer sua vontade. Através do consenso público, o Bitcoin contém todas as características que se deseja de uma moeda livre e que não esteja submetida a qualquer controle privado ou estatal. É o resultado da cooperação voluntária de pessoas afinadas por todo o globo, em um projeto que serve a todos e não se assemelha àquele sistema que nos é imposto e favorece apenas a elite.”
A grande realidade é que “bitcoins” só possuem valor na medida em que podem ser trocadas por dinheiro “mainstream”, crêr no contrário é pura ilusão. Dessa maneira torna-se apenas outro instrumento de especulação das mesmas “elites” que o autor ingenuamente acredita estarem aquém do controle das “bitcoins”; “investidores” já “compraram” grande fatia das “bitcoins” existentes (ex. http://www.coindesk.com/investors-bullish-bitcoin/) com o intuito único e exclusivo de artificialmente manipularem o seu valor e lucrarem sobre a inocência alheia.e
Enfim, não creio que o espaço aqui dos comentários seja adequado para desenvolver o assunto longamente e em seus pormenores, mas em miúdos, a verdade é que, apesar de interessante como experimento, “bitcoins” não são uma alternativa real, seu valor e existência são inexorávelmente atrelados às tradicionais moedas, suscetível à todo tipo de especulação e manipulação por quem tem “dinheiro de verdade” e, em última análise, sem grande futuro como alternativa monetária (creio que eventualmente vai se tornar apenas outro instrumento monetário cibernético, espécie de paypal avançado, mas jamais existirá desatrelada das moedas correntes).
No mais, não gosto de soar cínico, mas acredito que se ouvimos falar de “bitcoins” toda hora é porque alguém investiu pesado nisso e está divulgando para lucrar… Sistema livre de parasitas somente o bom e velho sistema de troca direta, onde quem efetivamente produz algo troca o fruto de seu trabalho pelo fruto do trablaho alheio, o resto sempre dá margem para MASCATES e outras espécies abjetas de parasitas viverem às custas do “gado”…
A grande realidade é que “bitcoins” só possuem valor na medida em que podem ser trocadas por dinheiro “mainstream”
Não necessariamente: vamos imaginar um fabricante de bicicletas, que vende uma unidade no mercado livre e cobra 1 Bitcoin. Com este Bitcoin ele pode, no mesmo “mercado livre”, comprar outros produtos de pessoas que aceitem o dinheiro Bitcoin. Se alguma empresa de transporte aceitar o Bitcoin, o comprador recebe os insumos em casa utilizando apenas essa moeda criptografada. A conversão para dinheiro “mainstream” aconteceria no início apenas nas interfaces com aqueles ainda presos no sistema financeiro atual.
Enfim, não creio que o espaço aqui dos comentários seja adequado para desenvolver o assunto longamente e em seus pormenores, mas em miúdos
Exato. Depois de fecharmos os comentários iniciais, postaremos aqui o link para o Fórum do Inacreditável.
“vamos imaginar um fabricante de bicicletas, que vende uma unidade no mercado livre e cobra 1 Bitcoin. Com este Bitcoin ele pode, no mesmo “mercado livre”, comprar outros produtos de pessoas que aceitem o dinheiro Bitcoin. Se alguma empresa de transporte aceitar o Bitcoin, o comprador recebe os insumos em casa utilizando apenas essa moeda criptografada. A conversão para dinheiro “mainstream” aconteceria no início apenas nas interfaces com aqueles ainda presos no sistema financeiro atual.”
Pois é, só que o fabricante de bicicletas e os outros vendedores do mercado livre que aceitarem bitcoins não vão indexar seus preços em bitcoins, a bicicleta que em 2011 (1 bitcoin estava cotado a menos que 1 US$) custava 200 bitcoins, hoje em dia (1 bitcoin está cotado a mais de US$ 200), a mesma bicicleta custa 1 bitcoin, amanhã se as tais bitcoins desvalorizarem ao preço de 2011, ninguém comprará a bicicleta com 1 bitcoin…
Esse é o X do meu argumento, bitcoins não existem desindexadas de outras moedas, e há parasitas comprando e vendendo bitcoin e manipulando seu preço para faturar horrores. Inclusive a brutal disparada do valor cambial dessas bitcoins nos últimos tempos, acompanhada de grande cobertura midiática, é um evidente sinal da manipulação… É ingênuo acreditar que Bitcoin seja uma moeda livre de controle das “elites”, muito pelo contrário, a oscilação no câmbio da mesma só provou que esta é infinitamente mais passível de manipulação do que qualquer outra moeda já existente.
Bitcoin é um experimento interessante, mas sua atestada manipulação e instrumentalização como “investimento” de parasitas já demonstraram seu (previsível) fracasso total…
Resumindo, a bicicleta sempre vai ter um valor intrínsico e real, o mesmo jamais ocorrerá com o dinheiro, seja impresso por bancos centrais, ou gerado por algorítimos cibernéticos, acreditar no contrário é ilusão. Somente um governo com autoridade e voltado para o benefício de seu povo pode eliminar os parasitas e, consequentemente, restabelecer o papel do dinheiro, meio de facilitar a troca e circulação de bens, nada mais, nada menos.
Não seria esquema de piramide ? A SEC – A Securities and Exchange Commission ,havia alertado investidores dos perigos de potenciais esquemas fraudulentos envolvendo moedas virtuais como a Bitcoin.
A Securities and Exchange Comission não foi a instituição que nem percebeu a bola de neve do Madoff? Depois de ter virado piada no mundo financeiro, eles devem dar alerta até mesmo para qualquer emissão de vale-refeição.
O Banco Central Europeu elaborou em outubro do ano passado o relatório Virtual Currency Schemes, onde discorre sobre o Bitcoin nas página 21 até 28. Leia e você terá sua resposta, se Bitcoin é ou não uma pirâmide financeira.
O link para o relatório mencionado não funciona, todavia se, em tese, era ou não uma pirâmide parece irrelevante, não vejo qualquer dúvida de que se transformou na maior pirâmide financeira da história, inflada por táticas tradicionais desse tipo de esquema, bem como outras mais sofisticadas, como o Willy Bot da Mt. Gox anos atrás e posteriormente o Tether, suposta “cripto moeda” estável pareada ao dólar, cuja função precípua parece ser inflar o valor do Bitcoin e impedir seu colapso em vários momentos de stress…
Enfim, sugerimos a leitura de artigo compartilhado por nós na Tribuna Livre de novembro, nos Jewnited States políticos já foram comprados para protegerem e promoverem a pirâmide exatamente como na Albânia nos anos 90, já o governo chinês, antevendo as consequências sociais catastróficas da proliferação desse tipo de esquema optou por simplesmente banir. Aqui como tudo isso acaba: https://www.youtube.com/watch?v=lMUtU0tOmNE .
No fundo essas “cripto moedas” são apenas o sintoma mais saliente e gritante do estado terminal do capitalismo, empresas que só dão prejuízo e mesmo assim são negociadas em bolsas de valores em múltiplos absolutamente ridículos com base em promessas futuras vêm logo atrás, a impressão de dinheiro pelos bancos centrais do “mundo desenvolvido” na última década simplesmente potencializou tudo isso em patamares abismais, o colapso será estrondoso…
O Bitcoin ainda é um tubo de proveta, um protótipo, que está dando certo. Porém, cabe a nós, os guardiães das Almas Imortais, atentar e estudar o desenrolar desta nova moeda.
Ela, realmente, pode ser uma moeda desvinculada do sistema escravagista, mas que num futuro próximo, pode ser mais um instrumento do sistema.
Há de se lembrar, que aqueles elementos nunca suam a camisa: O método é se apoderar da coisa pronta, assim como, o agricultor puxa da enxada para produzir o alimento, e o mascate leva a maior fatia do lucro, agindo como atravessador.
Bem, a Alemanha do período NS nada mais fez do que tirar das mãos da elite economica mundial, o controle do dinheiro e da emissão da moeda. Incentivou e utilizou um sistema de créditos e escambos.
Penúltimo paragrafo: “Como o poder político baseia-se no controle do dinheiro, nós alcançaremos a liberdade política somente com um dinheiro livre.”
Eis a causa da aliança contra a era hitleriana…Nada de racismo, nada de antissemitismo. Apenas um golpe no centro nevrálgico do poder plutocrata.
E eu sei…nada de novo.
Muito bom, principalmente a questão do anonimato, imagine como fica a malha fina da receita federal, ou as autoridades que gostam de vigiar as finanças do cidadão, eles ficarão de cabelo em pé… eu posso obter bitcoins minerando bitcoins, mas o que não compreendi é o seguinte: quem só pode obter os bitcoins através da compra? Se eu compro bitcoins por um site, como fica a questão do anonimato?
Aquele abraço.
Vc compra através de depósito bancário ou boleto, pagando com dinheiro vivo, não precisa necessariamente ser com cartão de crédito… mas hj as coisas tão tão vigiadas que até o caixa eletronico tem camera filmando tua cara, se tu quer manter anonimato manda alguém ir la pagar… abraçao…
Tomando a resposta do Tuisto de 2013 (!):
“Pois é, só que o fabricante de bicicletas e os outros vendedores do mercado livre que aceitarem bitcoins não vão indexar seus preços em bitcoins, a bicicleta que em 2011 (1 bitcoin estava cotado a menos que 1 US$) custava 200 bitcoins, hoje em dia (1 bitcoin está cotado a mais de US$ 200), a mesma bicicleta custa 1 bitcoin, amanhã se as tais bitcoins desvalorizarem ao preço de 2011, ninguém comprará a bicicleta com 1 bitcoin…”
Hoje poderíamos comprar algumas bicicletas a mais. E qual é o X da questão aqui: não se trata se o Bitcoin está ou não indexada a outras moedas FIAT. À medida que o Bitcoin seja aceito, ganhe confiança das pessoas, seja escasso, ele servirá plenamente como referência monetária. Sua independência dos Bancos Centrais já lhe confere a simpatia por parte de libertários das mais diferentes matizes.
Em seu último relatório do dia 3/12/21, o Banco da Inglaterra destacou o perigo do rápido crescimento das Finanças Descentralizadas por falta de regulação… Estariam preocupados com a segurança dos pequenos investidores! E as criptomoedas já conquistaram um mercado de 3 trilhões de dólares.
Cryptoassets and their associated markets and activities, including decentralised finance, continue to grow and to develop rapidly. The market capitalisation of cryptoassets has grown tenfold since early 2020 to around US$2.6 trillion in November 2021, representing around 1% of global financial assets. The vast majority of this market (around 95%) is made up of ‘unbacked’ cryptoassets which have no underlying assets. Such cryptoassets have no intrinsic value, are vulnerable to major price corrections and so investors may lose all their investment.
Innovation can bring a number of benefits, including reduced frictions and inefficiencies in financial services. These benefits can only be realised and innovation can only be sustainable if undertaken safely and accompanied by effective public policy frameworks that mitigate risks.
As the FPC (Financial Policy Committee-NR) has noted, direct risks to the stability of the UK financial system from cryptoassets are currently limited. However, at the current rapid pace of growth, and as these assets become more interconnected with the wider financial system, cryptoassets will present a number of financial stability risks. For example, a large fall in cryptoasset valuations may cause institutional investors to sell other financial assets and potentially transmit shocks through the financial system. The use of leverage can amplify such spillovers further.
Enhanced regulatory and law enforcement frameworks, both domestically and at a global level, are needed to influence developments in these fast-growing markets in order to manage risks, encourage sustainable innovation and maintain broader trust and integrity in the financial system. The FPC welcomes international work on these issues.
[…]
The FPC will continue to pay close attention to the developments in this area, and will seek to ensure that the UK financial system is resilient to systemic risks that may arise from cryptoassets. Any future regulatory regime should aim to balance risk mitigation with supporting innovation and competition. The FPC considers that financial institutions should take an especially cautious and prudent approach to any adoption of these assets until such a regime is in place.
Ninguém bate em cachorro morto…
“À medida que o Bitcoin seja aceito, ganhe confiança das pessoas, seja escasso, ele servirá plenamente como referência monetária.”
Na realidade o Bitcoin se demonstrou profundamente ineficaz como moeda, aliás seria o sistema monetário mais ineficaz da história com um custo energético de crescimento exponencial e uma capacidade de processamento ridícula (diga-se de passagem, motivo pelo qual os promotores da pirâmide mudaram a arenga de “moeda” para “reserva de valor” e razão pela qual nenhuma das moedas digitais em vias de implementação por vários governos utilizam “blockchain”), a verdadeira utilidade encontrada nos seus 10 anos de existência foi como pirâmide financeira e sua “aceitação” decorre exclusivamente desse fato, as pessoas só compram porque acreditam poder vender por um valor mais alto amanhã, evidente que, como toda pirâmide, sua sustentabilidade diminui na medida em que ela cresce.
Sobre a suposta “escassez”, é mais uma das muitas fantasias em torno do Bitcoin, trata-se de um software rodando numa rede de computadores, impossível falar de escassez quanto a algo assim, aliás, o que se tem hoje por “Bitcoin” não é mais o Bitcoin original, eis que esse foi substituído no “hardfork” em 2017, outros “hardforks” podem fazer com que o “Bitcoin” de hoje deixe de existir, seja multiplicado por 1 bilhão, etc…
No mais, ainda que ignorássemos todas essas questões, teríamos um sistema monetário global e privado, tanto na prática como em teoria, como bem observou o comentarista acima, seria a pá de cal na soberania nacional de todos os países e possível etapa final da transferência de governo para o “Big Tech” global. Uma moeda global e privada não é a solução para bancos centrais cooptados pela plutocracia é simplesmente a consolidação final dessa cooptação.
Enfim, na nossa opinião, não só é algo que não funciona na prática, havendo tido sua função desviada para servir como outro meio de transferência de dinheiro das massas (a base da pirâmide) para as mãos de poucos (o topo da mesma), como é algo cujo funcionamento idealizado originalmente, ainda que fosse factível, não seria desejável.
Mas, não é a primeira vez que discordamos da Redação aqui nesse tipo de questão, na época dos artigos do Hartgeld sobre a utilidade do ouro nós também eramos voz divergente… Incidentalmente, em grande parte o Bitcoin adotou o marketing dos sites que vendiam ouro 10 anos atrás, se aproveitando da política monetária desastrosa e bandida dos bancos centrais, explorando o medo e insegurança alheios para lucrar vendendo, não só uma segurança questionável, como agora também uma oportunidade de ficar rico da noite pro dia. Infelizmente é um desdobramento pra bem pior porque ao menos o ouro é um elemento químico único irreplicável (não obstante os esforços dos Flamels e Fulcanellis da vida), de relativa escassez (real) e características altamente desejáveis (os computadores rodando e gerando Bitcoin possuem circuitos banhados a ouro, etc).
Nós aqui seguimos crendo que a alternativa jamais será ouro, muito menos pirâmides digitais, mas um sistema em que permita o ser humano encontrar realizações além do progresso/acúmulo material e que a economia seja mero meio e não fim e a moeda, se ainda existir, limite-se ao único papel que lhe cabe, meio de facilitação de troca.
p.s. – “como bem observou o comentarista acima”
Corrigindo, como bem observou o comentarista abaixo…
“Sobre a suposta “escassez”, é mais uma das muitas fantasias em torno do Bitcoin, trata-se de um software rodando numa rede de computadores, impossível falar de escassez quanto a algo assim, aliás, o que se tem hoje por “Bitcoin” não é mais o Bitcoin original, eis que esse foi substituído no “hardfork” em 2017, outros “hardforks” podem fazer com que o “Bitcoin” de hoje deixe de existir, seja multiplicado por 1 bilhão, etc…”
Não exatamente. Os forks podem ser comparados como ramificações da rota principal. Isso não significa o desaparecimento da rota principal. O Bitcoin já sofreu vários forks que originou o Bitcoin XT, Bitcoin Classic, Bitcoin Unlimited, o SegWit e, por fim, o mais famoso, o Bitcoin Cash. Como código aberto, o Bitcoin está sujeito a tais ramificações, mas ele nunca deixou de existir ou fora substituído.
A escassez é matemática. Ninguém pode alterá-la. Em outras criptomoedas isso pode até acontecer, teria q verificar caso a caso. E caso acontecesse, iria significar a perda da confiança e consequente desaparecimento da moeda. Aliás, algo que já aconteceu inúmeras vezes nesse mercado.
Na minha opinião, dinheiro virtual é a evolução da secular moeda fiduciária já controlada pelos bancos centrais, na qual, por sua vez, é controlada pelo cartel bancário mundial PRIVADO.
A melhor solução, e a emissão da moeda ser feita pelo Governo/Departamento do Tesouro, LIVRE DE JUROS, apenas com o objetivo de facilitar a troca de mercadorias de bens e serviços. Isso foi muito bem aplicada nas colônias britânicas da américa do norte no século XVIII com o Colonial Script, antes da eclosão da guerra da independência, que, devido a enorme liberdade e prosperidade que os colonos conquistaram com essa moeda livre de juros, obrigou o Rei George III a suprimir a moeda supracitada, acarretando na insurreição dos colonos contra o império britânico.
Infelizmente, tal empreitada só veio a conquistar liberdade política, mantendo a jovem república americana dependente economicamente da Inglaterra (Banco da Inglaterra) e de bancos privados europeus.
O reinado dos bancos centrais privados terminou com a subida ao poder do presidente Andrew Jackson no século XIX, devolvendo ao Departamento do Tesouro o direito da emissão da moeda. Durante a guerra civil, o presidente Abraham Lincoln foi obrigado a emitir os Green Backs, notas de dólar com uma tonalidade de verde diferente do lado de trás comparado as demais cédulas e sua emissão era LIVRE DE JUROS, com o objetivo de cobrir os custos com a guerra. O presidente adotou essa estratégia depois de voltar de um encontro com banqueiros nova-iorquinos para o qual o governo americano tencionava realizar um empréstimo junto a esses bancos para cobrimento das despesas de guerra, porém, ele ficou chocado com as estrondosas taxas de juros e percebeu na hora que se tratava de uma armadilha.
Resumindo… O sistema ainda mais seguro é a emissão da moeda ser feita pelo governo no mesmo ritmo que na produção de bens e serviços, LIVRE DE JUROS, emanada pela confiança e fé de seus cidadãos.
Sem dúvida, “pelo governo” que representasse seu POVO e zelasse pelo seu bem-estar. Mas o iminente desafio é retirar o poder dos Bancos Centrais que está nas mãos daquela secular quadrilha internacional sem raízes…
Esqueci de mencionar o caso do ex-presidente John Kennedy, que em 4 de junho de 1963, emitiu a ordem executiva 11110, que, concedia ao Departamento do Tesouro, o direito de emitir o dinheiro da nação LIVRE DE JUROS. Com isso o FED (Federal Reserve Bank, Banco Central dos EUA) perdia o direto de tal poder. Os Banksters não demoraram em dar uma resposta rápida e efetiva contra o presidente, encomendando o seu assassinato e revogando a ordem executiva! Sua morte foi de tamanha brutalidade, que serviu de exemplo para os futuros presidentes que ousassem seguir pelo mesmo caminho. Lyndon Johnson foi posto no lugar, e o resto da história já sabemos.
O meu primeiro comentário e este adendo, foi somente uma retrospectiva histórica para nos servir como aprendizado, que o dinheiro sendo virtual ou não, continuará no controle da plutocracia e continuará sendo de caráter especulativo.
Mesmo o Bitcoin oferecendo mecanismos de segurança poderosos, mineração e todas as possibilidades de uma moeda “livre”, pode ser comprada pelo dinheiro fiduciário, na qual, encontra-se em sua maior parte, nas mãos dos plutocratas. Podemos pegar como um bom exemplo o empresário Elon Musk, que, no começo desse ano, adquiriu US$ 1,5 bilhões em Bitcoins.
https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/tesla-elon-musk-compra-bitcoin-moeda-renova-recorde
Certamente qualquer mecanismo estará sujeito à ação especulativa do grande capital. O mercado hoje apenas do Bitcoin é de quase 1 trilhão de dólares e os 0,15% de Elon Musk podem causar uma interferência momentânea. Diferente seria se fundos de pensão comprassem centenas de bilhões e em determinado momento realizassem lucro, jogando à lona o Bitcoin. Muitos pequenos investidores poderiam aproveitar a oportunidade para comprar Bitcoin mais barato… Quanto mais o tempo passa, mais pessoas descobrem as vantagens do sistema e maior sua inércia contra ataques especulativos.
Os 1,5 bilhões desse sujeito não são nada, a maioria dos Bitcoins pertence a um pequeno grupo de pessoas que o promovem habilmente há anos, aqueles gêmeos do Gadobook são um exemplo, mas o buraco é mais fundo, o problema não são ataques especulativos, mas o simples fato de que o Bitcoin é apenas outro sistema de transferência e concentração de dinheiro (das massas para alguns plutocratas), conforme já comentamos (desde 2013!): https://www.techspot.com/news/91937-bitcoin-largely-controlled-small-group-investors-miners-study.html .
Os números do artigo ainda estão por baixo, porque, conforme o mesmo observa, uma única pessoa pode deter (e de fato detém) vários endereços, já vi estimativas que, descontando a porcentagem do Bitcoins irrecuperáveis (cerca de 20%), quase 80% está nas mãos de menos de mil pessoas.
O suposto mercado de US$ 1 trilhão também é outra fantasia, a maioria esmagadora do volume de negociações diários não são dinheiro real comprando Bitcoins, são Tethers comprando Bitcoins e inflando o preço, estão gerando quase US$ 1 bilhão de Tethers por dia para manter esses valores.
Mas, enfim, não vou comentar mais porque evidentemente a Redação é entusiasta do negócio, portanto não vamos abusar do espaço que não é nosso…
Caro Tuisto, sim, somos entusiastas ao vislumbrar um sistema monetário fora do alcance dos bancos! Por mais defeitos q possa ter neste início, as criptomoedas/finanças descentralizadas são uma forma de pulverização das funções bancárias, como pequenas cooperativas de crédito comunitárias.
Foram feitas várias observações nesse seu post acima, que não poderíamos deixar sem comentários. Vejamos:
“uma única pessoa pode deter (e de fato detém) vários endereços, já vi estimativas que, descontando a porcentagem do Bitcoins irrecuperáveis (cerca de 20%), quase 80% está nas mãos de menos de mil pessoas.”
Ninguém sabe ao certo quantos são esses Bitcoin irrecuperáveis. No site https://whale-alert.io/ vemos todas as transações correntes envolvendo algumas das principais criptomoedas. Não é raro quando aparece uma transação envolvendo uma carteira antiga vendendo seus Bitcoins. Obviamente uma pessoa pode deter várias carteiras, mas as grandes movimentações do mercado ocorrem pela atuação das “baleias”.
“O suposto mercado de US$ 1 trilhão também é outra fantasia, a maioria esmagadora do volume de negociações diários não são dinheiro real comprando Bitcoins, são Tethers comprando Bitcoins e inflando o preço, estão gerando quase US$ 1 bilhão de Tethers por dia para manter esses valores.”
Tether é apenas uma das inúmeras stablecoins. São criptomoedas pareadas com moedas FIAT, geralmente o us-dólar, usadas pelas corretoras para fazer a ponte entre moedas FIAT e Criptos. De fato, a empresa que administra a Tether dificulta a auditoria, porém, o que todos desconfiam saudavelmente é se ela tem realmente o lastro em dólar que afirma ter. Isso incentivou a criação de outras stablecoins, como p. ex. a USDC da empresa Centre, que se submete às regras do sistema financeiro norte-americano e respectivas auditorias. https://www.centre.io/usdc-transparency
Quanto à suposta impressão diária bilionária da criptomoeda Tether, falta qualquer tipo de evidência.
O mais importante em nossa opinião são as possiblidades de independência frente ao sistema bancário tradicional q está nas mãos dos agiotas seculares. O melhor termômetro é a resistência do sistema frente às criptomoedas. A China já tentou por diversas vezes impedir seu avanço, sempre sem sucesso. Já o Ocidente também não vê com bons olhos esse desenvolvimento.
De moeda de criminosos da Deep Web a um grande ativo consolidado hoje em dia, comecei meu interesse em Bitcoin no boom de 2017 quando em Dezembro daquele ano chegou a valer quase 70 mil dolares, li vários artigos desde as famigeradas Faucets até sistema de mineração, Bitcoin chegou a ser até comparado com a onda das tulipas Holandesas no século 17 na matéria da Superinteressante, eu tive que mandar uma explicação do fenomeno ao dono da matéria, expliquei que nas caixas de tulipas haviam titulos ao portador que eram contrabandeados pela familia Rothschild, como é mostrado no filme de mesmo nome,isso elevou os preços das tulipas por toda Europa pois todo mundo procurava os Brindes. Na verdade o Bitcoin é hoje uma grande bolha especulativa do mercado, pois a cada 4 anos ocorre o halving que é a correção dos valores pagos aos mineradores, isso faz que diminua a mineração elevando os preços, que conseguir comprar a frações a preços baixos nesses intervalos, pode vender quando houver o halving o proximo vai ser em 2024, os lucros podem alcançar até 800 ou 1000 por cento do valor investido. Um exemplo eu vi um cara investir 5000 reais em Março 2020 o bitcoin valia 32.000 reais em Dezembro de 2020 estava em 370 mil reais dai da pra ter uma ideia.
Não há necessariamente no Bitcoin uma relação entre “ser uma bolha” e o Halving.
Os “halvings” reduzem a taxa na qual novas moedas são criadas e, portanto, reduzem a quantidade disponível de nova oferta, mesmo com o aumento da demanda.
Sendo ao final uma “moeda” finita e escassa, e mantendo-se a confiança na criptomoeda, a tendência provável a longo prazo será de valorização e proteção do patrimônio.
Aqui segue um bom artigo sobre Halvig e como funciona o Bitcoin: https://www.investopedia.com/bitcoin-halving-4843769
Obrigado pelo, artigo, gosto do Bitcoin e de certa modestia entendo como funciona, porém não tem como negar que esta moeda tem sido usada de forma especulativa por alguns grupos e pessoas, há mais preocupação em acumular quantidades de satoshi para gerar lucro nas altas cotações do que desenvolver sistemas para o uso nas compras do dia dia, como alguns sabem o Bitcoin é finito hoje estamos a 90% de sua capacidade, os 10% restantes representam ainda cerca 109 anos de mineração, em 2018 eu li que algumas empresas estavam envolvidas nessa tecnologia entre elas estavam o Santander e a JP morgan até onde é verdade eu não sei, eu sei que quem monitora a rede de criptomoedas é a Blockchain que é uma empresa com sede em Luxemburgo, na minha visão quem controla isso controla todo mercado, mas partindo do ponto de vista politico destruir o monopolio dos bancos centrais é uma coisa boa, tanto que nos canais AnCaps o segundo tema deles é o Bitcoin, ja que o primeiro é destruir o Estado kkkk sonhadores.