A historiografia oficial, com o mesmo espírito farisaico de outrora, continua sagazmente a induzir ao erro os ignorantes e incautos, roubando assim, tanto a verdade como a honra alheia. Portanto, mesmo que a contragosto de muitos, mas por justiça e dignidade, por que não reconhecer: “a Hitler o que é de Hitler”.
Primeira regra da espionagem: não acredite no que é oficialmente mostrado; procure o que está oculto [Viktor Suvorov. alias Vladimir Rézun, O grande culpado]
Certo dia, estava eu caminhando em direção ao trabalho quando, por acaso, encontrei um colega. Havia alguns anos este rapaz se graduara em história em uma prestigiada universidade. Como ainda era cedo, decidimos parar, beber um bom café e a conversa se alongou. O jovem me contou sobre sua dissertação na faculdade, que abordava o tema do Brasil na 2º Guerra Mundial. Até este instante, nada fora do normal. Falávamos sobre a FEB e da importância disso para Getúlio Vargas. Foi então, em determinado momento, que ele me interrogou: “Você sabe, por qual motivo, Hitler invadiu a África do norte?” – Ao que respondi – “Bem, ao que me consta, a força expedicionária alemã marcou sua presença na África para apoiar o exército italiano”. Então, replicando, o jovem historiador exclamou “Não! Hitler invadiu a África do Norte, pois queria ter uma base para a invasão da América do sul. Hitler queria dominar o mundo!” Apesar do oportuno momento para uma longa argumentação, os minutos que precediam a jornada de trabalho acabaram por falar mais alto e ambos tivemos que tomar nossos distintos rumos.
Chegando ao meu escritório, embora houvesse uma imensa quantidade de trabalho por fazer, algo insistia em roubar-me totalmente o pensamento – Por que a dificuldade das pessoas em raciocinar logicamente com fatos envolvendo a Alemanha na 2° Guerra e, principalmente, por qual motivo é tão difícil reconhecer verdades inerentes à Hitler? Antes de tentar decifrar este criptográfico enigma, vejamos brevemente as respostas aos argumentos com os quais meu velho conhecido atacou.
Por qual motivo houve o envolvimento germânico na África do Norte?
Resumidamente, as forças italianas estavam experimentando fortes revezes nas batalhas travadas contras as tropas britânicas. Havia o perigo iminente de uma conquista inglesa nesta região, o que facilitaria, em muito, uma possível invasão na Europa continental. Sendo assim, Hitler foi obrigado a desviar tropas, que eram essenciais na Rússia, e abrir uma nova frente de batalha, desta vez em outro continente.
Cavalheiros na guerra, Vigilantes na paz
Obviamente que com os excelentes resultados obtidos por Rommel, operando magistralmente seus escassos recursos, novas possibilidades pareciam surgir. Dentre estas cogitações, podemos destacar a hipótese de criação de um estado hebraico na ilha de Madagascar. A tão falada e incompreendida solução final da questão judaica na Europa.
Hitler pretendia invadir a América do Sul?
Esta questão revela um imenso analfabetismo histórico das condições reais das forças germânicas durante a segunda grande guerra e está intrinsecamente ligada ao próximo tópico.
Vejamos bem, se nem mesmo houve uma invasão da Grã-Bretanha, quanto mais ridículo poderia ser uma pressuposta invasão da América. Analisemos a distância entre a África e o Brasil. A média é de aproximadamente 2580 quilômetros. Tendo em mente o poder marítimo do 3° Reich à época, chega a ser risível tal hipótese. Ressaltemos: A Alemanha não tinha força naval suficiente para um desembarque na Inglaterra! A forte resistência que os submarinos alemães fizeram aos seus inimigos era unicamente fruto da tecnologia, do empenho, da desenvoltura e da competência do pessoal envolvido. Cogitar uma invasão a um continente, separado por milhares de quilômetros de distância, é mais uma lenda ridícula, alimentada por mentes entorpecidas por esdrúxulos documentários de TV e livrecos, e que não conseguem imaginar o esforço logístico, de material e de pessoal necessário para uma empreitada de dimensões tão gigantescas.
Ameaça de dominação mundial?
Falar de planos de dominação mundial por parte da Alemanha é, atualmente, algo risível para qualquer historiador sério. Aliás, o único estado, cujo brasão continha seu símbolo ideológico sobre todo o globo era justamente a União Soviética. [1] Isto representava a tão almejada revolução e dominação mundial. A este fato a grande mídia internacional e os meios de idiotização em massa parecem nunca terem dado grande atenção. Agora, imaginemos se fosse o contrário. Pense na histeria, se o símbolo da Alemanha Nacional Socialista fosse um globo terrestre com a suástica pairando sobre ele. Com certeza, até hoje, milhares de documentários teriam sido produzidos sobre o hipotético evento.
Muitos pseudo-intelectuais gostam de citar a invasão preventiva sobre a União Soviética como sendo uma prova cabal dos desejos megalomaníacos de dominação mundial de Hitler. Analisando-se a principal obra do líder germânico, Mein Kampf, fica clara a sua determinação na expansão para o leste europeu. Expansão que, levada a cabo desde a época das ordens teutônicas da idade média, não necessariamente seria feita ao custo da guerra. A Drang nach Osten, cercaria a frágil União Soviética, que apesar de gigante territorialmente, sobrevivia à custa do dinheiro capitalista vindo do ocidente. Isolado de sua zona de influência e sem possibilidade de anexação de novos territórios, o suposto paraíso do proletariado colapsaria. Derrotado o monstro bolchevista, diversos países retomariam sua independência. Rússia, livre, retornaria às suas velhas fronteiras e uma parte do antigo território comunista ficaria para a expansão alemã como recompensa pela libertação da praga vermelha. A guerra, provavelmente, seria a última das opções. [2]
Portanto, não cabe espaço para dúvidas, se havia ou não, um suposto plano de subjugação mundial por parte alemã. Nem mesmo brechas para especulações. Além de não haver documento algum que indique esse propósito, basta ver todas as propostas de paz feitas às nações ocidentais e a misericórdia hitlerista para com as tropas britânicas encurraladas em Dunquerque. Fato este que, o nefasto Churchill classificou, cinicamente, como um “milagre” e a hipócrita propaganda se encarregou de fazê-lo assim conhecido mundialmente.
Quae sunt Caesaris, Caesari
Que problema há de reconhecer em Hitler seus méritos? Vejamos bem, ninguém precisa admirá-lo, simpatizar com sua figura ou idolatrá-lo para dar-lhe o que é devido e admitir seus valores. [3] Não há necessidade de amá-lo para aceitar que nele havia qualidades, inúmeras delas, ausentes na ampla maioria dos outros estadistas, seja daquele período ou do atual.
A verdade não é relativa, mas sim objetiva. Ela não se transforma de acordo com o desejo de nossos olhos. A verdade histórica é constituída de fatos. Fatos estes que vão sendo descobertos diariamente. Revisados minuto após minuto. E por fim, constituem a imagem mais próxima do que foi o passado e como devemos compreendê-lo. Se não fosse assim, qualquer lunático poderia dizer que algo aconteceu, apenas porque, em sua alucinada mente, o imaginou. É por isso que se pode concluir, objetivamente, que nunca houve um plano de invasão das Américas e, tão pouco do mundo, por parte da Alemanha! Isto é um fato. E contra fatos não prevalecem sofismas ou especulações baratas.
A relutância em aceitar a objetividade da realidade, neste caso, os méritos de Hitler, é própria dos invejosos e hipócritas. Esta classe de indivíduos se faz presente desde os tempos antigos. Foram os Fariseus que, tentando induzir Cristo ao erro, indagaram “É lícito ou não pagar o imposto a César?” Ao que Jesus sabiamente respondeu “Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. [4]
A César o que é de César
Hoje, são muitos os que, com o mesmo espírito farisaico, continuam a sagazmente perguntar “Sabe por que Hitler invadiu a França, a Polônia, a URSS ou a África do Norte?” Buscam induzir ao erro os ignorantes e incautos, roubando assim, tanto a verdade como a honra alheia. Portanto, mesmo que a contragosto de muitos, mas por justiça e dignidade, por que não reconhecer que se “de a Hitler o que é de Hitler?”
Viktor Weiß
[1] O emblema de estado da União Soviética pode ser encontrado na Wikipédia http://en.wikipedia.org/wiki/State_Emblem_of_the_Soviet_Union. Este fato também pode ser visto na aula do Sr. Viktor Suvorov no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=I7zVLfjWzmE
[2] Bochaca, Joaquin. Los Crímenes de los Buenos. Ver os capítulos REMILITARIZACION DE RENANIA e EL GIRO COPERNICANO DE LA CITY Y LA DRANG NACH OSTEN.
[3] Artigo: Afinal, quem foi Adolf Hitler? no site Inacreditável: http://inacreditavel.com.br/wp/afinal-quem-foi-adolf-hitler/
[4] São Marcos, cap. 12, 13-17.
DERROTA MUNDIAL
· ORÍGENES OCULTOS DELA II GUERRA MUNDIAL
· DESARROLLO DE LA GUERRA
· CONSECUENCIAS ACTUALES DE LA GUERRA
DÉCIMA EDICIÓN
MÉXICO 1961
https://dn720006.ca.archive.org/0/items/DerrotaMundialSalvadorBorregoE/Derrota%20Mundial%20-%20Salvador%20Borrego%20E.pdf
Prólogo a la Segunda Edición
La obra de Salvador Borrego E., que hoy alcanza su segunda edición, es una de las más importantes que se hayan publicado en América. Causa satisfacción que un mexicano de la nueva generación, haya sido capaz de juzgar con tanto acierto los sucesos que conocemos bajo el nombre de la Segunda Guerra Mundial.
Colocados nosotros del lado de los enemigos del poderío alemán, es natural que todas nuestras ideas se encuentren teñidas con el color de la propaganda aliada. Las guerras modernas se desarrollan tanto en el frente de combate como en las páginas de la imprenta. La propaganda es una arma poderosa, a veces decisiva para engañar la opinión mundial.
Ya desde la primera guerra europea, se vio la audacia para mentir, que pusieron en práctica agencias y diarios que disfrutaban de reputación aparentemente intachable. La mentira, sin embargo, logró su objeto. Poblaciones enteras de naciones que debieron ser neutrales, se vieron arrastradas a participar en el conflicto, movidas por sentimientos fundados en informaciones que después se supo, habían sido deliberadamente fabricadas por el bando que controlaba las comunicaciones mundiales.
Y menos mal que necesidades geográficas o políticas nos hayan llevado a participar en conflictos que son ajenos a nuestro destino histórico; lo peor es que nos dejemos convencer por el engaño. Enhorabuena que hayamos tenido que afiliarnos con el bando que estaba más cerca de nosotros; lo malo es que haya sido tan numerosa, entre nosotros, la casta de los entusiastas de la mentira.
Desventurado es el espectáculo que todavía siguen dando algunos «intelectuales» nuestros, cuando hablan de la defensa de la democracia, al mismo tiempo que no pueden borrar de
sus frentes la marca infamante de haber servido dictaduras vernáculas que hacen gala de burlar sistemáticamente el sufragio. Olvidemos a estos seudo-revolucionarios, que no son otra cosa que logreros de una Revolución que han contribuido a deshonrar, y procuremos despejar el ánimo de aquellos que de buena fe se mantienen engañados.
«Durante seis años, dice Borrego, el mundo creyó luchar por la bandera de libertad y democracia que los países aliados enarbolaron a nombre de Polonia. Pero al consumarse la victoria, países enteros, incluyendo Polonia misma, perdieron su soberanía bajo el conjuro inexplicable de una victoria cuyo desastre muy pocos alcanzaron a prever».
La primera edición del libro de Borrego se publicó hace dos años escasos y en tan corto tiempo, el curso de los sucesos ha confirmado sus predicciones, ha multiplicado los males que tan valientemente descubriera.
Ya no es sólo Polonia; media docena de naciones europeas que fueron otros tantos florones de la cultura cristiana occidental, se encuentran aplastadas por la bota soviética, se hallan en estado de «desintegración definitiva». Y el monstruo anticristiano sigue avanzando. Detrás de la sonrisa de Mendes-France, siempre victorioso, dicen sus secuaces; detrás de esa enigmática sonrisa, seis millones de católicos del Vietnam, fruto precioso de un siglo de labor misionera francesa, han caído dentro de la órbita de esclavitud y de tortura que los marxistas dedican a las poblaciones cristianas.
El caso contemporáneo tiene antecedentes en las invasiones asiáticas de un Gengis-Kan, que esclavizaba naciones; tiene antecedentes en las conquistas de Solimán, que degollaba cristianos dentro de los templos mismos que habían levantado para su fe. El conflicto de la hora es otro de los momentos angustiosos y cruciales de la lucha perenne que tiene que librar el cristianismo para subsistir.
En el libro de Borrego, penetrante y analítico, al mismo tiempo que iluminado y profético, se revelan los pormenores de la conjura tremenda.
La difusión del libro de Borrego es del más alto interés patriótico en todos los pueblos de habla española. Herederos, nosotros, de la epopeya de la Reconquista que salvó el cristianismo de la invasión de los moros, y de la ContraReforma encabezada por Felipe II, que salvó el catolicismo de la peligrosa conjuración de luteranos y calvinistas, nadie está más obligado que nosotros a desenmascarar a los hipócritas y a contener el avance de los perversos. La lucha ha de costamos penalidades sin cuento. Ningún pueblo puede escapar en el día, a las exigencias de la historia, que son de acción y de sacrificio.
La comodidad es anhelo de siempre, jamás realizado. La lucha entre los hombres ha de seguir indefinida y periódicamente implacable, hasta en tanto se acerque el fin de los tiempos, según advierte la profecía.
JOSÉ VASCONCELOS
(Febrero de 1955)
Por outro lado, que pena que a maioria das histórias sobre o Terceiro Reich e o hemisfério sul sejam fantasia, o gelo antártico parece estar derretendo em ritmo acelerado e o continente, ainda inabitado, parece ser um lugar promissor para uma nova civilização, a Patagônia também parece ser um ponto de partida bem interessante…