A redação da Kopp Online recebe diariamente e-mails de leitores que se expressam sobre nosso conteúdo redacional. Frequentemente eles contêm elogios e anuência, mas às vezes também críticas. Frente à quantidade de mensagens, nós podemos raramente responde-las adequadamente. À vista de uma mensagem mais drástica e à resposta detalhada de um de nossos autores, nós decidimos publicá-las, pois recebemos semelhantes questionamentos nas últimas semanas. As acusações contidas são frequentemente generalizadas. Preto e branco também é uma perspectiva transmitida à população a décadas: esse é amigo, aquele é inimigo, sobre o qual recaem os “revoltados”.
Kopp Online responde a um leitor irritado
Vocês podem ver pela resposta de nosso autor F. William Engdahl, que ele não poupa argumentos. Mas isso não deve ser confundido, achando que na Rússia tudo seja mil maravilhas – não é. Mas nós vemos a função do jornalismo não em apontar em primeiro lugar o dedo para os outros – o suposto inimigo, mas sim em resolver antes de tudo as coisas dentro de sua própria casa.
Se a mídia tem uma função de controle sobre o governo, então primeiramente ela deve controlar o próprio governo. Com isso aperta-se o cerco aos poderosos em certas ocasiões e justamente isso se traduz em bom jornalismo. Quem almeja os aplausos da “elite” ou pegar carona no avião presidencial, este deveria ter escolhido a função de porta-voz do governo.
Em algumas passagens da carta do leitor, nós simplificamos e abreviamos a linguagem. O autor da crítica não se baseou em algum artigo específico. Como ela tem como pano de fundo o tema Ucrânia/Rússia, nós solicitamos a F. William Engdahl para respondê-la. Primeiro, ele é norte-americano e, portanto, não se pode acusa-lo de ser parcial. Por outro lado ele é especialista em geopolítica.
A seguir o comentário do leitor da Kopp Online
O antiamericanismo de vocês já está começando a me irritar. Os EUA devem ser então o vilão da história e Putin, o eterno guerreiro da Guerra Fria, deve ser o herói cintilante, ou como devo ver isso? Vocês não têm a menor ideia de como a coisa está na Rússia ou na Ucrânia. Minha mulher vem de lá, ela é russa e diz que neste caso os russos são os agressores.
Vocês já se perguntaram isso pelo menos uma única vez? Caso Putin se importasse realmente com a população russa no episódio da anexação da Criméia, por que ele não interferiu já em 1999, quando ele era ministro-presidente pela primeira vez? Ah, ele tinha que dar uma voltinha rápida na Chechênia. Sorry, eu tinha me esquecido disso.
Okay, mas então eventualmente de 2000 até 2004 em seu primeiro mandato como presidente? Ah, claro, primeiro ele tinha que colocar o Chordokowsky na cadeia. Mas que ridículo! Ele fez isso por um único motivo, Janukowitch foi mandado para o exílio. E onde ele se encontra, o homem da misericórdia de Moscou, heim? Exato, desde 27/02 ele recebeu asilo de Moscou, Em fevereiro ele foi deposto e em março Putin anexa a Criméia, que coincidência. Ele nunca aceitou o desaparecimento da União Soviética e ele tem receio do ocidente, por isso veio em boa hora a criação da República popular de Lugansk como Estado-tampão para a Ucrânia e a OTAN/UE.
Que os norte-americanos estejam até o pescoço na sujeira, lembremos da “Operação Condor” no passado ou a Guerra do Iraque, assim como seu apoio aos rebeldes na Síria, é inquestionável.
Ainda assim prefiro mil vezes mais os norte-americanos aos russos. Eu conheço muito bem ambos os lados e iria louvá-los, se vocês no futuro apresentassem uma cobertura mais neutra.
Seu leitor,
F. Schneider
A seguir a resposta de nosso autor F. William Engdahl ao leitor
Deixe me dizer primeiramente, sr. Schneider, que eu sou norte-americano e definitivamente não sou antiamericano. Eu amo meu país e meus concidadãos.
O que não me agrada é a quadrilha de bilionários que, principalmente nos últimos 30 anos desde os governos de Reagan e Bush pai, burla passo a passo a constituição norte-americana e os direitos civis ali ancorados, e fizeram desaparecer a excelente proposição para o sistema de saúde e segurança aos cidadãos norte-americanos, à medida que eles aliviaram as restrições de segurança dos órgãos do meio ambiente – em interesse da DuPont ou Monsanto e a custo da maioria.
O que não em agrada, é a forma como este círculo de bilionários no entorno de David Rockfeller, George Soros, Bill Gates, Ted Turner, Waren Buffet, George Bush pai, George W. Bush e agora ainda Jeb Bush, aplicam seus recursos para comprar deputados federais, que então aprovam suas leis desfavoráveis ao bem estar comum.
O que não me agrada são os banqueiros de Wall Street que financiam os deputados, para que votem então a supressão das leis que regulam o setor bancário, aprovadas após a quebra da bolsa em 1929 para evitar o abuso deste setor. Não me agrada como o governo dos EUA – tanto George W. Bush como Barak Obama – gastem algumas centenas de bilhões de dólares do dinheiro dos contribuintes para ajudar grandes bancos corruptos a sair da lama. Eles seriam grandes demais para deixa-los falir, por outro lado o norte-americano comum torna-se desempregado e desabrigado, seus postos de trabalho são transferidos para a China, Romênia ou México, onde há mão de obra barata.
Há trinta anos, como economista, historiador econômico e jornalista, eu pesquiso o que “saiu errado” em meu país, os Estados Unidos. Se você estiver realmente interessado em seguir o rastro da verdade, eu recomendo a leitura dos meus livros publicados pela Kopp Verlag.
Por isso não é fácil para eu responder sua ampla reclamação e retórica preto&branco, onde eu ou meus colegas jornalistas escreveram neste site que os EUA seriam “o vilão da história e Putin, o eterno guerreiro da Guerra Fria, deve ser o herói cintilante, ou como devo ver isso?” Eu considero extremamente importante que uma análise séria seja a mais concreta e exata possível. Portanto vou me ater ao seu exemplo sobre a Rússia.
Primeiro: caso eu fosse presidente da Rússia em 1999, eu teria agido provavelmente de forma muito semelhante a Wladimir Putin. Naquela época havia entre Rússia e Ucrânia um acordo assinado por ambos os governos, em 1997, onde a Rússia se reservava o direito de utilizar o porto de Sevastopol por 20 anos, até 2017, para sua marinha no Mar Negro. Era um acordo de extrema importância estratégica para a defesa russa. Em 1999, era impensável uma guerra entre Rússia e Ucrânia. Eu tenho muitos amigos ucranianos na Alemanha que responderiam de imediato “Rússia”, à questão sobre seu país de origem. A própria Ucrânia é um país arruinado desde 1991, quando foi devastada por oligarcas imorais, notórios gangsters do calibre de Leonid Krawtschuk, criminosos como Leonid Kutschma, Viktor Juschtschenko e Julia Timoschenko.
A segurança da frota russa do Mar Negro, na Criméia, não gerava preocupação em 1999. Em contrapartida, mais preocupante para a segurança nacional era a guerra da CIA na Chechênia, onde muhajedins importados foram utilizados. Estes foram treinados pela CIA, juntamente com Osama Bin Laden na guerra entre a União Soviética e o Afeganistão, entre 1979 e 1989. Após o final da Guerra Fria, foi parte integrante da política norte-americana sob George Bush (pai) e posteriormente sob Clinton/Gore, destruir a Rússia como Estado funcional, muito semelhante à forma como Washington destrói hoje a Ucrânia.
Em 1997, foram Washington e Bush que disseram ao G7, que toda a reforma econômica na Rússia era dirigida pelo FMI (controlado pela secretaria da fazenda dos EUA). George Soros e a “terapia de choque” dos economistas de Harvard, Jeffrey Sachs e Anders Aslund, procuraram juntamente com criminosos como Jegor Gaidar ou Anatoli Tschubais, privatizar as joias da coroa da Rússia: as indústrias de alumínio e aeroespacial. Tudo em nome da “eficiência do livre mercado”. Sob Jeltzin/Tschubais/Gaidar, os aposentados e pensionistas ficaram sem receber, enquanto um punhado de inescrupulosos quero-ser-oligarcas, do entorno da família de Jeltzin, tornaram-se bilionários.
Aqui aparece a figura de Michail Chodorkowski, que em 2004 tornou-se o homem mais rico da Rússia. Ele estava comprando a Duma russa para modificar as leis que impediam a propriedade privada de minas, e também trabalhava em sua Open Russia Foundation juntamente com o banqueiro londrino Jakob Lord Rothschild e Henrry Kissinger, a fim de comprar a presidência russa. Ele aproveitou sua riqueza obtida pela Yukos Oil, um conglomerado adquirido por negociatas ilegais durante a privatização de estatais.
Isto não é propaganda pró-Putin. No renomado jornal norte-americano Foreign Affaires, Leo Wolosky, funcionário da administração Clinton para combate ao terrorismo, descreveu em detalhes como a Yukos “conseguiu através de equívocos contábeis desviar dentro de cerca de 36 semanas por volta de 800 milhões de dólares”. Wolosky mostra a seguir como Chodorkowski abateu as filiais da Yukos após a crise financeira de 1998. Chodorkowski era e é, provavelmente hoje na Suíça, um gangster.
Eu sinto muito, mas seu comentário e cronologia sobre a Criméia e a Ucrânia não estão muito claros, o que torna impossível responde-los diretamente. Deixe-me continuar: com o Putsch encenado pelos norte-americanos a 22 de fevereiro de 2014 em Kiev, que trouxe ao leme um bando de criminosos e exemplares neonazistas antissemitas do partido Swoboda, o Setor Direita e outros, qualquer um com um olho na testa podia prever que o próximo passo seria a integração da Ucrânia na OTAN.
O governo não-eleito de Kiev iniciou a preparação de leis proibindo o uso da língua russa e outras medidas contra os russos étnicos no país, principalmente na região da Criméia e no leste da Ucrânia. Washington, principalmente o senador McCain e a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria “Fuck the EU” Nuland, tiveram uma decisiva participação no putsch de fevereiro. O golpe aconteceu um dia depois que os ministros do exterior da Alemanha, Polônia e França chegaram a um pacífico compromisso entre todos os partidos em Kiev, evitando assim uma guerra. Ninguém mais do que o especialista sobre Washington e geopolítica norte-americana, George Friedman, fundador da Stratfor, thinktank para questões geopolíticas, que tem a CIA e o State Department como clientes, declarou em dezembro de 2014 em uma entrevista ao jornal russo Kommersant, que aquilo que aconteceu na Ucrânia em fevereiro, “foi um putsch organizado pelos EUA. E de fato foi o golpe mais descarado da história.”
Mais sobre George Friedman e seu marcante pronunciamento de 5 de fevereiro de 2015 pode ser encontrado aqui, aqui e aqui.
Imediatamente ficou claro que sob os golpistas controlados pelos norte-americanos, a Criméia poderia tornar-se uma base da OTAN. Um referendo foi realizado, onde 90% dos habitantes da Criméia decidiram pela independência em relação a Kiev e exigiram a anexação pela Rússia. Mesmo Washington não pode negar que uma democrática maioria decidiu pela Rússia, portanto, isso foi ignorado e afirmado que armas russas teriam decidido as eleições. Eu conheço pessoas que estavam lá e isso nunca aconteceu. O que houve foi a tentativa de colocar em marcha um protesto violento anti-russo semelhante ao IS, através de um grupo terrorista tártaro organizado pela CIA e ligado ao serviço secreto turco. Foi um fiasco.
Sobre seu comentário, “prefiro mil vezes mais os norte-americanos aos russos” – isto é sua preferência, e você tem esse direito. Mas eu também tenho minha preferência, e também direito a ela.
Encerrando eu gostaria ainda de dizer: em mais de 30 anos de atividade como jornalista, eu vi corrupção nas grandes mídias norte-americanas e europeias que você nem pode imaginar. Udo Ulfkotte, meu colega na Kopp Online, teve sua experiência pessoal como repórter corrompido pela CIA relatado no jornal FAZ (aqui a ligação para seu livro).
Nunca me foi determinado pela Kopp Online o que eu devesse escrever, tão pouco pelas mídias russas que já me entrevistaram. Assim deve ser a verdadeira liberdade de imprensa. Se nós tivermos receio em permitir uma visão distinta de nossas grandes mídias – indiferente se concordamos ou não com ela – nós abrimos os portões para a manipulação do pensamento aos governos e oligarcas.
Esteja feliz por podemos ainda ler uma opinião diferente na Kopp Online e em outras mídias alternativas. Eu nunca exijo que concordem com minha visão das coisas. Se você encontrar um erro, eu me permito com prazer ser corrigido e já aconteceu isso no passado. Finalmente eu gostaria de recomendar meu livro “Guerra na Ucrânia”, onde você encontrará a cronologia detalhada dos acontecimentos.
Seu
William Engdahl
Kopp Online, 19/04/2015.
Interessante artigo.
Ambos estão com argumentos congruentes e válidos.
Em suma, a Guerra na Ucrânia é um jogo político e de forças, com o intuito de polarizar aquela terra ao Ocidente (EUA/ UE) e o Oriente (Rússia, no caso). Nenhum dos dois lados estão nem um pouco interessados com o que de fato é importante para os ucranianos.
Se eu fosse russo apoiaria evidentemente Putin (Dugin e Cia. Ltda.), se eu fosse ucraniano combate-lo-ia.
É uma pena, muitas mídias alternativas ocidentais batem palmas a toda ação que pode ser vista como afronta ao império oligárquico anglo-americano. Pois no daltonismo político tão presente neste mundo, e importante para o jogo midiático, que favorece a mentira e este grande teatro, não percebem que por trás dos bastidores paira a mesma sombra sinistra.
E, pobres ucranianos, onde sua pátria acaba sendo apenas um joguete nesta balança geopolítica de poder, e para os interesses da alta finança (Monsanto é uma das empresas que está lambendo os lábios e com a faca e o garfo na mão, para abocanhar as férteis terras ucranianas).
Nós aqui no Brasil estamos vendo algo semelhante, até certo ponto, a alta finança internacional, tentando varrer o que resta de patrimônio nacional brasileiro (Petrobras nesta tétrica campanha contra a empresa).
Aguardemos os próximos capítulos do teatro, e estejamos constantemente em preparo para tomá-lo.
Um belo resumo da ópera camarada, firme!
Um termo poderia definir em parte o homem nesta situação: Síndrome de Estocolmo . Entretanto a situação vai mais além. O sujeito acima mencionado, encontre-se encurralado por dois grandes sequestradores e tenta convencer a si mesmo e a outros com veemência que é melhor estar dominado por um do que por outro; perdeu a noção do que ambos são, o que querem e o que representam. O pior de tudo é que isto é um fato amplo e recorrente em todo o planeta. Presos numa nave-mãe perdida no espaço, sem saída alguma, a humanidade vive cercada por elementos dominadores que tentam a todo custo usá-la como gado, restando a essa escolher qual magarefe lhe dará uma morte melhor ou qual fazendeiro o escravizará menos cruelmente.
Não há diferença potencial entre o Brasil e a Ucrânia no que concerne à corrupção e à dominação estrangeira pós-guerra. O povo só vê as possibilidades que a famigerada mídia lhe oferece; o lixo que todos nós conhecemos. Nesse caso, temos de tirar o chapéu para os índios e aborígenes. Foram os últimos baluartes da liberdade. Podiam ser e fazer o que quisessem até a chegada dos caras-pálidas, muito bem acompanhados dos grandes narizes como assessores do mal.
Este caso aqui citado é o retrato da desgraça em que a humanidade se encontra: Decidir qual demônio irá comandar suas vidas e seus destinos diante de sua ruína. Se Deus existe mesmo, e se for um engenheiro de quinta categoria, como as aparências indicam, certamente irá aplicar um processo de reengenharia em sua empresa Terra. Destruirá tudo antes de refazer tudo errado de novo.
Que os camaradas cristãos me perdoem, meu respeito a vossas opiniões.
Mas para não perder a alusão aqui apontada:
Há uma analogia que certa vez li, Deus é uma criança mimada com uma lupa queimando formigas na entrada de um formigueiro.
Observando a hipocrisia, e tantas mazelas em nosso mundo ao longo dos tempos… Para quem é imortal, não sabe o que é viver menos que um século, e ter enxurradas de problemas para resolver, e um mundo materialista que subjuga sua vontade mais inata e interna, não poderia deixar de ser uma criança mimada.
“Há uma analogia que certa vez li, Deus é uma criança mimada com uma lupa queimando formigas na entrada de um formigueiro.”
J. Carlos, esse aí não é Deus, é o monstro depravado Iahweh do antigo testamento, o pseudo-deus do tal “povo eleito”…
Prezado Tuisto, respeito perfeitamente as diferentes visões que cada um tem no que concerne à percepção de Deus. Principalmente por conta das diferentes linguagens culturais existentes para um esclarecimento ou intuição espiritual de cada um, principalmente da vinculação disso ao sangue.
Entretanto reservo-me na condição de ter minha própria conclusão que seja qual Deus for, o que vê todas estas mazelas do mundo e deixa como estar, enquadra-se perfeitamente nesta analogia. Seja o Deus Javeh, Jah, Iahweh, do velho testamento, ou de maneira mais ampla no Novo Testamento, o que acaba sendo a descrição de quase todos deuses inorgânicos dos povos, e um fenômeno muito comum no monoteísmo.
Mas sem delongar o assunto que foge ao tema do artigo, sem dúvidas tal descrição cai como uma luva para o Deus do Povo eleito, que numa visão mais ampla, tal povo é uma manifestação deste Deus, (um dos doze Sephrot). etc.
* Digo: Dez Sephroth.
O autor menciona Khodorkovsky, etc., mas se esquece que Putin só cortou as asinhas dos oligarcas com ambições de poder que se chocaram com as suas próprias; os Abramovich, Deripaska, Vekselberg e resto da sinagoga continuam operando tranquilamente com seus bilhões surrupiados do povo russo de mãos dadas com o governo Putin…
Por debaixo da suposta queda de braço entre Putin e EUA, a situação na Ucrânia é reedição de novela conhecida na eslavolândia, talmúdico-oligarcas brigando entre si para consolidar/arrebatar riquezas naturais e industriais, usando o “gado” de bucha de canhão. Aqui a mensagem do “gado” desiludido e desmoralizado quando desperta e se dá conta de que não passa de marionete, para ser descartado e abatido assim que se torna desnecessário para os fins da sinagoga: https://www.youtube.com/watch?v=dgh7T8GoFo8 , vale para ambos os lados…
Sei que foge um pouco do assunto, mas é algo importante. Putin está sendo bastante criticado pela Turquia por reconhecer o genocídio armênio. Os turcos se recusam a admitir o genocídio de 1,5 milhões de armênios no início do século passado. Imaginem se o governo alemão decidisse fazer algo do tipo, como não reconhecer mais o “holocausto judeu”. Certamente, a reação para com os alemães seria radicalmente diferente do que acontece com os turcos.