Na manhã do dia 20 de dezembro de 2024, a Polícia Nacional Civil (PNC) e o Ministério Público (MP) guatemalteco invadiram o complexo da comunidade judaica Lev Tahor, localizado no povoado de El Amatillo, município de Oratório. A ação das autoridades resultou na retirada de 160 menores que agora estão sob custódia protetora do Estado, após alegações de abuso.
A operação, realizada a 85 milhas a sudeste da Cidade da Guatemala, descobriu restos mortais de crianças suspeitas e seguiu-se a queixas de gravidez forçada, violação e maus-tratos a menores, de acordo com a Procuradoria-Geral.
Lev Tahor tem enfrentado questões jurídicas em todo o mundo, com líderes anteriormente condenados por rapto e exploração sexual infantil nos EUA, e detenções efetuadas no México. A seita tem membros em países como Canadá, EUA, México, Guatemala e Israel.
O Ministro do Interior da Guatemala enfatizou a prioridade da proteção das crianças durante a operação. As investigações estão em andamento.
Eles resgataram menores
Mais de 150 menores foram resgatados da comunidade de Lev Tahor no dia 20 de dezembro, durante uma operação do Ministério Público contra o Tráfico de Seres Humanos, sem registo de detenções até ao momento, apenas a de um agente da polícia que supostamente alertou a comunidade religiosa sobre a operação.
As batidas foram realizadas depois de, segundo o Ministério Público, no dia 11 de novembro, quatro menores terem fugido do local e terem descrito as condições em que foram encontrados.
“Depois de ouvir os seus depoimentos e realizar exames médicos forenses, foi estabelecido que existem de facto formas de tráfico de seres humanos, como o casamento forçado e crimes relacionados”, afirmou o Ministério Público.
As autoridades também confirmaram que “os ossos foram localizados em caixas, mas não podemos fornecer mais informações até que tenhamos os resultados finais” sobre os restos mortais encontrados na comunidade, estabelecida na aldeia de El Amatillo, Oratório, Santa Rosa.