Discurso sobre a cultura alemã durante o Dia do Partido em Nuremberg
“A prova do talento de um verdadeiro artista é sempre encontrável no fato de que a sua obra expressa a vontade geral de um período. Talvez isto seja demonstrado com maior clareza na arquitetura… O místico mundo religioso da Idade Média, voltando-se para dentro de si próprio, encontrou formas de expressão apenas possíveis para aquele mundo – pois que só a ele podiam prestar serviço. Um estado gótico é tão inconcebível quanto uma estação ferroviária românica ou um mercado bizantino.
O meio pelo qual o artista da Idade Média, ou dos primórdios do mundo moderno, encontrou a solução artística par aas construções que estava encarregado de criar, é no mais alto grau impressionante e admirável. Esse meio, contudo, não prova que a concepção da vida formada pela gente daquela época fosse absolutamente certa ou absolutamente errada; ele prova apenas que as obras de arte espelhavam fielmente a mentalidade íntima de uma era passada. É, portanto, perfeitamente compreensível que, dentro das tentativas que estão sendo feitas para voltar à vida daquela passada era, os que buscam a solução de problemas artísticos podem ainda procurar e achar ali sugestões frutíferas. Assim pode-se imaginar facilmente que, por exemplo, na esfera da religião, os homens sempre recuarão à linguagem plástica de um período em que o cristianismo, no seu modo de ver o mundo, parecia satisfazer todas as necessidades espirituais. Por outro lado, no presente momento a expressão de uma nova visão do mundo, determinada pela concepção racial, retornará às eras que, no passado, já possuíam uma similar liberdade do espírito e da vontade. Assim, naturalmente, a manifestação artística de uma concepção europeia do Estado não será possível através de civilizações, como, por exemplo, a civilização do Extremo Oriente, que – por ser-nos estranha – não traz mensagens para os nossos dias, mas, isto sim, será de mil modos influenciada pelas evidências e recordações daquela poderosa potência imperial da antiguidade que, conquanto destruída de-fato há mil e quinhentos anos, continua a dominar, com a força de um ideal, a imaginação dos homens. Quanto mais o Estado moderno se aproximar da ideia imperial da antigo potência mundial, mais e mais o caráter geral daquela civilização manifestará sua influência sobre a formação do estilo dos nossos dias…”
“O Nacional-Socialismo não é um movimento de culto – um movimento de adoração; é exclusivamente uma doutrina étnico-política baseada em princípios raciais. Em seus propósitos não há culto místico algum, mas apenas os cuidados e direção a um povo, definidos por relações de sangue comum. Portanto, não temos templos, mas apenas recintos para o povo – nada de espaços abertos para adoração, mas sim espaços para assembleias e paradas. Não temos retiros religiosos, mas sim arenas para esportes e campos de jogos, e a atmosfera característica dos nossos lugares e assembleia não é a obscuridade mística de uma catedral, mas a ampla claridade de uma sala em que se casa a beleza com a adaptação ao fim para que foi destinada. Nestas salas ato nenhum de adoração é celebrado, elas são devotadas exclusivamente às reuniões de gente da espécie que aprendemos a conhecer no decorrer de nossa longa luta; a tais nos acostumamos e desejamos mantê-las. Não permitiremos que se insinue em nosso Movimento uma gente oculta de mentalidade mística, dominada pela paixão de explorar os segredos do além. Gente assim não é nacional-socialista, mas outra coisa – de qualquer maneira, algo que nada tem a ver conosco. À testa do nosso programa nada existe de secretas desconfianças, mas existe, isto sim, uma percepção nítida e uma reta profissão de fé. Mas já que erigimos como ponto central dessa percepção e dessa profissão de fé a manutenção e, mais, a segurança do futuro de um ser formado por Deus, servimos assim à manutenção de uma obra divina e ao cumprimento de uma vontade divina – não na penumbra secreta de uma nova casa de adoração, mas abertamente, ante a face do Senhor.
Houve tempos em que uma meia-luz era condição necessária para a efetivação de certos ensinamentos; nós vivemos numa era em que a luz é para nós a condição fundamental do sucesso. Será um dia triste aquele em que, por meio da introdução de obscuros elementos místicos, o Movimento ou o próprio Estado prescrever deveres poucos claros… Torna-se mesmo perigoso mandar construir templos, pois que com a construção surgirá a necessidade de imaginar recriações religiosas ou ritos religiosos, que nada tem a ver com o Nacional-Socialismo. Nossa adoração consiste exclusivamente do cultivo do natural, e isto pela razão de que o que é natural é a vontade de Deus. Nossa humildade é a submissão incondicionais às leis divinas da existência, dentro dos limites em que nos são conhecidas. É a elas que rendemos nosso respeito. Nosso mandamento é a execução corajosa dos deveres decorrentes dessas leis. Para os ritos religiosos nós não somos autoridades, e sim as igrejas! Se alguém acredita que as nossas tarefas não lhe são bastante, que não correspondam às suas convicções, compete a ele provar que Deus o escolheu para melhorar as coisas. Em caso algum pode o Nacional-Socialismo, ou o Estado nacional-socialista dar à arte alemã outra missão além da que corresponde ao nosso modo de ver o mundo.
A única esfera em que os jornais judeus internacionais ainda hoje pensam que podem atacar o novo Reich é a esfera cultural. Nela procuram por um constante apelo ao sentimentalismo ignaro dos cidadãos universais da democracia, lastimar a decadência da cultura alemã: em outras palavras, lamentam a falência dos elementos que, como arautos e exponentes da República de Novembro, impuseram suas características culturais, tão pouco naturais como deploráveis, ao período que balançou entre os dois impérios; e que agora desapareceu para sempre de cena…
Afortunadamente, entretanto, a despeito do curto tempo de que a direção nacional-socialista pode dedicar às obras de cultura, os fatos positivos, também neste caso, falam mais alto que qualquer crítica negativa. Nós alemães podemos hoje em dia falar com justiça de um novo despertar da nossa vida cultural, que encontra confirmação não em mútuos elogios e frases literárias, mas antes em provas positivas da força cultural criadora. A arquitetura, a escultura, a pintura, o drama alemães trazem hoje em dia provas documentadas de um período criador nas artes, que, em riqueza e impetuosidade, raramente tem sido igualado na história da humanidade. E embora os magnatas judeo-democratas da imprensa em sua imprudência ainda hoje procurem descaradamente desvirtuar estes fatos, nós sabemos que o desenvolvimento cultural da Alemanha obterá do mundo respeito e apreciação mesmo maiores que os tributados à nossa obra no terreno material. Os edifícios que se erguem no Reich hoje em dia falarão uma linguagem duradoura, uma linguagem sobretudo mais convincente que o pairar Vidisch dos juízes democratas internacionais da nossa cultura. O que os dedos desses pobres infelizes têm escrito ou estão escrevendo para o mundo será – talvez infelizmente – olvidado, como tanta coisa mais foi olvidada. Mas as obras gigantescas do Terceiro Reich são uma marca de sua renascença cultural e pertencerão um dia ao legado cultural inalienável do mundo ocidental, da mesma forma como nos pertencem hoje as grandes conquistas culturais passadas desse mundo.
Aliás, naturalmente não é decisiva a atitude que qualquer povo estranho tomar com respeito à nossa obra cultural, pois que nós não temos dúvida de que o trabalho cultural criador, já que ele é a mais sensitiva expressão de talento condicionado pelo sangue, não pode ser compreendido, e muito menos apreciado, por indivíduos ou raças que não sejam de sangue igual ou aparentado. Portanto, não nos preocupamos de modo algum em fazer com que a arte e cultura alemã tenham o sabor do judeu internacional…
A arte da Grécia, não é apenas uma formal reprodução do modo de viver do grego, das paisagens e habitantes da Grécia; não, ela é uma proclamação do corpo grego e do essencial espírito grego. Não faz a propaganda de uma obra individual, do assunto ou do artista; faz a propaganda do mundo grego como tal, como se ele nos defronta no helenismo…
E assim, a arte hoje em dia da mesma forma anunciará e trombeteará que uma atitude mental comum, que um comum ponto de vista sobre a vida governam esta era. Fará isto não porque esta era confie encargos a artistas, mas porque só se dará valor a execução desses encargos se ela revelar em si própria a verdadeira essência do espírito desta era. O misticismo da cristandade, no período de sua maior intensidade, exigia dos edifícios que encomendava uma forma arquitetônica que, além de não contradizer o espírito da era, o ajudasse a obter essa penumbra misteriosa que faz com que os homens mais facilmente se submetam à renúncia de si próprios. O crescente protesto contra essa supressão da liberdade da alma e do desejo, que tem perdurado por séculos, abriu imediatamente o caminho a novas formas de expressão nas criações artísticas. A estreiteza e a penumbra místicas das catedrais começaram a desaparecer e, para conformar-se à vida livre do espírito, os edifícios tornaram-se mais espaçosos e inundados de luz. A penumbra mística deu lugar à claridade crescente. A transição vacilante e apalpadora do século XIX conduziu finalmente, em nossos dias, à crise que, de um modo ou de outro, teve que encontrar solução. Os judeus com sua investida bolchevista, poderiam esmagar os Estados arianos e destruir essa camada nativa do povo cujo sangue o destinou à liderança, e neste caso a cultura que brotou dessas raízes seria levada à mesma destruição…
O inteiro teor do discurso (em alemão) pode ser visto aqui:
REDE AUF DER KULTURTAGUNG DES PARTEITAG DER NSDAP IN NURNBERG
1938.09.06
Scharfe Absage an kultische Verirrungen