“Quando eu era criança, nós chamávamos certas bombinhas verdes do Réveillon de peidinhos de judeus. Ninguém ligava. Quando a escola era barulhenta, o professor alertava: Aqui está parecendo uma escola judaica! Nós nada sabíamos sobre Auschwitz, mas ao contrário, muito sobre Dresden.”
Spät kommt Ihr – Doch Ihr kommt! [Schiller]
Quando eu era criança, nós chamávamos nos anos (19)50 certas bombinhas verdes do Réveillon de “peidinhos de judeus”. Ninguém ligava. Quando a escola era barulhenta, o professor alertava: “Aqui está parecendo uma escola judaica!”. Nós nada sabíamos sobre Auschwitz, mas ao contrário, muito sobre Dresden: “pelo menos 200.000 alemães” teriam sido queimados em conseqüência do “bárbaro ataque terrorista anglo-americano”, na noite de 13 para 14 de fevereiro de 1945, segundo relatava minha mãe. Entrementes, os historiadores esclarecem que na horrível noite dos bombardeios e nos ataques diuturnos subseqüentes, pelo menos 18.000 e no máximo 25.000 pessoas morreram.
É claro que Götz Aly, como historiador palaciano, endossa a versão da propaganda de guerra aliada, minimizando o verdadeiro Holocausto cometido pelos aliados. A cifra de 25 mil vítimas refere-se apenas àquelas que puderam ser identificadas! Para saber mais sobre o genocídio de Dresden, leia o artigo Dresden – Um Holocausto real – NR.
Vítimas alemãs da insanidade dos “mocinhos ocidentais”
Na manhã de 13 de fevereiro foi dada a ordem de deportação para os últimos 70 judeus de Dresden. Desde que eles tenham sobrevivido à noite seguinte, a tempestade de fogo trouxe-lhes “a salvação, pois pude escapar da Gestapo dentro daquele caos generalizado”. Assim descreveu um dos que se salvaram, Victor Klemperer. Adolf Eichmann lamentou isso. Ele viu o Natal de 44, em Berlim, e escreveu em suas memórias, em 1961: “Vôos rasantes trucidam alemães”, por causa dos “bombardeios anglo-americanos, em Berlim cheira-se carne queimada e cadáveres em decomposição”. A conseqüência foi “não pensar mais em um trabalho público ordenado”. O muito obrigado por tudo isso vai ao brigadeiro britânico Sir Arthur Harris. Ele ordenou a guerra aérea contra a Alemanha. Uma rosa sobre seu túmulo.
Sempre procuramos sensatez e equilíbrio em nossos comentários, mas nesse caso não podemos nos conter: que ordinário e safado filho da p… – NR.
Em Dresden atuavam ainda os homens de Eichmann e Himmler. Nos dias após o 13 de fevereiro, tropas de resgate recolheram 6.850 cadáveres no mercado velho, Altmarkt, no centro da cidade. Foram construídas grelhas com trilhos de trem, pedaços de madeira foram colocados em baixo, embebidos com gasolina, acesos e tudo reduzido a cinzas. Tal incineração pública de mortos não aconteceu nem em Hamburgo, Kassel, Magdeburgo ou outra cidade acometida seriamente pela guerra aérea.
Sobreviventes fizeram as fogueiras de Dresden – entre eles os meninos da Juventude Hitlerista – orientados tecnicamente pelos membros do batalhão Streibel da SS. Nos anos anteriores, os homens desta unidade ajudaram a organizar o assassinato dos judeus europeus e queimaram as vítimas sempre a céu aberto, quando os crematórios estavam com defeito ou sobrecarregados. Finalmente, eles abriram centenas de covas coletivas e queimaram os cadáveres dos prisioneiros dos comandos, para apagar os rastros dos crimes alemães diante da derrota. Com o avanço do Exército Vermelho, os homens do batalhão Streiber foram caçados até a Alemanha. Nos escombros de Dresden, eles redescobriram o cheiro de Auschwitz.
Vejamos, eles assassinaram milhares e milhares de pessoas, enterraram-nas em covas coletivas e depois, durante o caos da retirada do exército, diante do total colapso das frentes orientais, um pequeno batalhão conseguiu a proeza de voltar ao local de todas as covas coletivas, desterrar os cadáveres e ainda queimá-los. Quem acredita nesses relatos tem que fechar os olhos diante das descobertas revisionistas, além de necessitar de uma boa dose de boa-fé – NR.
Os assassinos vieram de todas as camadas da sociedade alemã. Como eles se depararam com tão pouca resistência internamente, foi necessário bloqueá-los por fora, os alemães tinham que ser libertados deles mesmo. Muitas vítimas daquela noite de bombas morreram inocentemente, muitas em perdição nacional-socialista. Após 65 anos, vale a homenagem a todos os mortos: rosas sobre as covas coletivas de Dresden e das fogueiras da cidade velha.
Perdição nacional-socialista que contava com a adesão de praticamente toda população. Uma “perdição” que precisou ser libertada por forças degeneradas e assassinas, como o próprio autor deste texto já informara outrora numa coletiva à imprensa – NR.
“Toda cidade no sudeste da Alemanha poderia contar histórias de estupros cometidos pelos soldados negros” que “não eram diferentes dos russos.” [Götz Aly]
Mas não só de desinformação vive este historiador nascido na Alemanha e de descendência turca. Ele ainda é capaz de proferir frases que coadunam com a realidade dos fatos, por exemplo, quando fala sobre a relação de Mahatma Gandhi e o Nacional-Socialismo – NR.
“Gandhi foi um dos maiores amigos da Alemanha nazista.” [Götz Aly]
Götz Aly, historiador.
Como o mito das câmaras de gás se tornou insustentável e encontra ressonância somente no viveiro dos papagaios, os defensores da religião do Holocausto procuram sustentação para a cifra de 6 milhões nos supostos assassinatos em massa do leste europeu. Mais sobre isso no artigo Os incendiários de Stálin – NR.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 11/02/2010.