Protetorado Böhmen e Mähren 1939-1945
Frequentemente podemos ler ou assistir diversos relatos falsos ou distorcidos sobre os acontecimentos referentes à visita do presidente Hacha da Tchecoslováquia, a 14 e 15 de março de 1939 em Berlim. Conta-se que Hacha foi convocado por Hitler e obrigado a ceder na questão do Protetorado através da “corrida pela mesa de negociação”, foi “amolecido” através de injeções e também mal tratado.
Justamente o oposto é mais provável. Circunstâncias externas à situação nacional quase não permitiram outra alternativa para a solução do Protetorado, graças à qual os tchecos dentre todos os povos da Europa – com exceção dos suíços – conseguiram passar quase que ilesos pela Segunda Guerra Mundial.
Os seguintes fatos são abafados na avaliação dos acontecimentos da época, os quais, todavia, foram decisivos naquela situação. Após o acordo de Munique a 29 de setembro de 1938, a Tcheco-Eslováquia, um país multiétnico criado no ditado de Saint Germain de 1919, estava em plena dissolução. A Eslováquia conseguira finalmente, a 22 de novembro de 1938, sua autonomia ancorada na constituição tchecoslovaca e constituiu seu próprio parlamento em Preßburg. Em uma votação, 98% de seus habitantes se declararam favoráveis à autonomia, ou seja, queriam se ver livres de Praga. A 10 de março de 1939, Hacha depõe o chefe do governo eslovaco escolhido a 23 de fevereiro pelo parlamento eslovaco, Pater Tiso, e todo seu gabinete, manda ocupar Preßburg militarmente e dissolve o parlamento eslovaco. Na manhã de 14 de março, o novo parlamento convocado por Tiso, em Preßburg, vota de forma unânime pela independência da Eslováquia: com isso a Tchecoslováquia estava praticamente desintegrada internamente e restou a Praga apenas a parte tcheca.
Já a 6 de março de 1939, o general tcheco Prchala foi empossado por Hacha com poderes praticamente ditatoriais, como ministro dos transportes, interior e das finanças na região da Rutênia (Cárpatos-Ucrânia), contra os ucranianos ansiosos pela independência de Praga, para evitar uma ameaçadora divisão desta parte do país.
Nas primeiras horas da manhã de 14 de março, a Eslováquia e a região ucraniana dos Cárpatos, como países independentes após declarações de independência e deliberações de seus novos governos, se colocam sob a proteção do Reich alemão. Hitler tomou a proteção da Eslováquia, mas não da Rutênia, região a qual a Hungria também reivindicava. Ainda em 14 de março, a Hungria marchava sobre a Rutênia após um ultimato a Praga de 12 horas. Frente a esta grave situação de dissolução da Tchecoslováquia, o embaixador britânico em Berlim, Nevile Henderson, sugeriu a 14 de março de 1939 ao enviado tcheco em Berlim, Mastany, a providenciar urgentemente a ida do ministro do exterior tcheco Chvalkowsky a Berlim, para discutir a crise com Hitler. O embaixador britânico em Praga, Newton, apoiou a iniciativa. A visita posterior de Hacha a Berlim, juntamente com seu ministro do exterior, aconteceu por sugestão britânica e não foi arquitetada por Hitler.
Além disso, o secretário de Estado alemão, Weizäcker – pai do futuro presidente alemão – consultou Henderson antes da chegada de Hacha em Berlim, como o governo iria se comportar, se Hacha, como era de se esperar, desejasse transformar o restante da parte tcheca em um Protetorado alemão. Henderson conhecia portanto as intenções alemãs sobre o futuro da Boêmia e Morávia, comunicou Londres imediatamente e foi autorizado pelo ministro do exterior britânico, Lord Halifax, a declarar que a Grã-Bretanha não tem o desejo de interferir em assuntos que concernem diretamente outros países. Henderson assegurou aos alemães que Londres não iria se intrometer na situação política tcheca.
A 14 de março, poucas horas depois das 11 quando declararam suas intenções, Hacha e Chvalkowsky receberam o consentimento alemão para uma reunião com Hitler em Berlim e partiram de Praga às 16 horas, em um trem especial, chegando a Berlim às 22:40 horas. O cardíaco Hacha não aguentaria um voo. Hacha foi recebido com todas as honras militares de um chefe de estado: uma companhia de honra da “Leibstandarte Adolf Hitler” o esperou na estação de trem de Berlim.
Hacha e Chvalkowsky são recebidos pelo secretário de Estado Meissner
Presidente Hacha se despede da Alemanha com honra militar
A conferência com Hitler, Göring, Ribbentrop e Keitel, assim como com secretários de Estado alemães durou até as primeiras horas do amanhecer de 15 de março de 1939. Hacha contou a sua filha que o acompanhou até Berlim, na viagem de retorno, todos os pormenores da reunião. Em todos os interrogatórios após a guerra, ela negou que seu pai tenha sido pressionado pelos alemães ou tenha sido mal tratado. Durante a conferência, após ter explanado detalhadamente a situação e expos seus desejos, o cardíaco Hacha teve um surto de fraqueza e consentiu ser tratado por médicos alemães. Após uma injeção para estimular o sistema circulatório, aplicada pelo Dr. Morell, médico pessoal de Hitler, ele se recuperou rapidamente e pode aguentar as horas seguintes.
Hacha quis inicialmente continuar com a independência da parte tcheca e ofereceu para tanto uma redução do efetivo militar. Hitler argumentou que isso não seria suficiente e sugeriu uma condição de protetorado, onde as tropas alemãs marchariam na região já no dia 15 de março. Praga deveria proibir qualquer resistência dos militares. Hacha e Chvalkowski puderam telefonar entrementes intensivamente com Praga, principalmente com o ministro da defesa, General Sirovy. Eles chegaram à conclusão de que não iriam oferecer qualquer resistência. Certamente isso foi amargo para os tchecos. Colocando de lado a questão moral – França e Inglaterra erigiram várias vezes protetorados nas décadas anteriores – a surpreendente intromissão de Hitler no direito de autodeterminação dos tchecos naquele momento foi politicamente questionável e jogou água no moinho dos partidários da guerra em Londres e Washington. Através da imprensa internacional, estes consolidaram sua posição. Mas qualquer condenação torna-se mais fácil a posteriori.
Somente ao final desta conversa em Berlim e com o consentimento de Hacha é que as tropas alemãs marcharam na manhã de 15 de março sobre o novo protetorado – com uma exceção: já na noite do dia 14 de março, algumas unidades alemãs marcharam para Ostrau, na região da Morávia, antecipando-se a um ataque polonês que tanto alemães quanto tchecos receavam. Quanto a isso até mesmo a população tcheca entendeu a situação. Hacha havia sido informado sobre este fato em sua chegada a Berlim.
Hitler recebe o presidente Hacha a 15 de março de 1939 em Berlim
A 15 de março, ou seja, após este fato, o primeiro-ministro Chamberlain, diante da Câmara Baixa em Londres, foi compreensivo diante dos acontecimentos em torno da questão de Praga:
“Segundo nossa visão, a situação se alterou profundamente desde que o parlamento eslovaco declarou a independência da Eslováquia. Esta declaração teve efeito, que o país, cujas fronteiras nós intencionávamos garantir, desmoronou de dentro para fora e encontrou assim seu fim, diante da situação, a qual nós sempre havíamos visto como provisória, não existe mais, e o governo de Sua Majestade, diante disso, não pode mais se sentir ligado a esta obrigação… Eu sinto pelo que aconteceu, profundamente, mas isso não é motivo para nos distanciarmos do caminho que seguimos até então. Nós esperamos que seja o desejo de todos os povos do mundo se orientarem para a esperança da paz.”
Já dois dias depois, a 17 de março, ele se volta ao curso da guerra de Halifax e Churchill com seu discurso em Birmingham. Aqui ele caracteriza a velha Tcheco-Eslováquia como um problema, “que surgiu desde o Tratado de Versailles e já podia ter sido resolvido há muito tempo, caso os políticos dos últimos 20 anos tivessem uma visão abrangente e clara de seus deveres. Foi como uma longa e descuidada doença. Agora somente uma intervenção cirúrgica pode salvar o paciente.” [2]
Hacha foi preso pelos tchecos após a guerra e assassinado em uma masmorra de Praga em junho de 1945, sem processo algum e após um tratamento cruel, por ordem de Benesch que retornara do exílio. Ou seja, ele não podia mais falar.
Salientamos mais uma vez: após o Tratado de Munique a 29 de setembro de 1938, nem a Inglaterra nem a França – ao contrário de suas intenções originais – deram uma garantia à Tchecoslováquia, portanto, elas não eram aquelas potências garantidoras que deveriam ser consultadas na ocasião dos incidentes em Praga. Todavia, o governo alemão consultou Londres por intermédio de Henderson, antes de sua reunião com Hacha, e pode se assegurar do consentimento britânico, pelos menos sua tolerância, diante da posição alemã. Partes da Tchecoslováquia – a Eslováquia e a Rutênia – já tinham se colocado anteriormente e de forma espontânea sob a proteção do Reich alemão. A criação de um Protetorado também sobre a parte restante não foi nada extraordinário para os padrões similares adotados pela Inglaterra e França.
Quanto à legitimidade política desta solução – desmoronamento interno do estado tchecoslovaco, crescente influência comunista e do exército vermelho em Praga (Tchecos = porta-aviões soviético na Europa Central), reivindicação da Polônia e Hungria sobre determinados territórios, outros 175.000 alemães como minoria no restante do território tcheco – o leitor deve consultar a literatura especializada.
1. David L. Hoggan, Der erzungene Krieg, Grabert, Tübingen 1993, pág. 336 et seq.
2. Jacques Benoist-Méchin, Wollte Adolf Hitler den Krieg? 1939, Verlag K.W. Schütz, Preußisch Oldendorf 1971, pág. 57-95
3. Hermann Raschhofer u. Otto Kimminich, Die Sudetenfrage, Olzog, Munique 1988, princ. Pág. 209-217
“Nossos povos viveram lado a lado durante séculos, e nunca os tchecos se deram tão bem quando viveram em harmonia com os alemães. Por isso eu solicitei este diálogo com você, pois eu quero limpar qualquer desentendimento que tenha surgido entre nossos países. Eu coloco o destino de meu povo em suas mãos com a convicção de que não poderia coloca-lo em melhores.”
Emil Hacha a 15 de março de 1939, reproduzido em IMT, Volume XXXI, pág. 139.
Acordo entre Hitler e Hacha a 15 de março de 1939
O Führer e chanceler do Reich recebeu hoje em Berlim, na presença do ministro do exterior, Von Ribbentrop, o presidente da Tchecoslováquia, Dr. Hacha, e seu ministro do exterior, Chvalkowsky, por desejo destes. Na reunião houve uma avaliação franca da situação gerada pelos acontecimentos das últimas semanas e pela atual situação do território tchecoslovaco. Ambos os lados estão convencidos de que todos os esforços devam ter como objetivo assegurar a calma, a ordem e a paz nesta parte da Europa Central. O presidente tchecoslovaco esclareceu que ele, para conseguir este objetivo e alcançar uma derradeira paz, deposita confiantemente o destino do povo tcheco e seu país nas mãos do Führer do Reich alemão. O Führer aceitou a explicação e participou sua decisão de colocar o povo tcheco sob proteção do Reich alemão e garantir seu desenvolvimento autônomo.
Para certificação, este documento é assinado em duas vias.
Berlim, 15 de março de 1939.
Ass. Hitler, v. Ribbentrop, Hacha, Chvalkowsky
Der Grosse Wendig, Volume 1, Editora Grabert, Artigo 137, pág. 566
Leia também: Benesch, um criminoso de guerra
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 13/08/2013.
Desconhecia completamente deste acordo, em meu conceito tinham sido vitimas de uma ”blitzkrieg”.
Nesta 3° foto divulgada posso classifica-la como esplendida. Os detalhes contidos de que agregam o valor da arte, cultura, educação.
Muito bom este artigo!
E o tal Benesch é tratado pelo ‘politicamente correto’ como um “hábil político e diplomata”. Seus decretos expropriando famílias alemãs e húngaras não foram revogados até hoje.
Embora eu já tenha desconfiança e descrédito em relação a tudo o que atribuem á “ditadura” do III Reich, realmente o texto é magnífico e elucidou ainda mais as informações que eu já tinha a respeito destes fatos. Ainda penso que a Alemanha (a verdadeira) foi a clava forte para muitos povos e o pêndulo esperançoso diante do avanço do “comunismo”. Só lamento que o velho continente ainda guarde muitos assuntos (mágoas) a serem tratados no futuro, justamente em virtude da superficialidade com que muitos países e povos foram criados. A Hungria colhe hoje em dia (embora a imprensa não divulgue) os frutos da imposição democrática dos tempos pretéritos. Além do mais, o texto reafirma quanto a Inglaterra, Estados Unidos e a França a muito tempo já deixaram de pertencer aos seus povos, para formar o triunvirato de colônias sionistas, que mentem, negam, deturpam, escondem e defraudam as verdades, impondo ao mundo seus joguetes e mentiras in dubio pro Sionismo. Saudações camaradas.
perfeito comentário!
A questão da Tchecoslováquia sempre foi curiosa,pois em muitos documentários e bibliografias de veteranos alemães os mesmos sempre demostraram ter medo ou receio de enfrentar o exercito Tcheco,pelo que muitos falavam era um dos mais bem equipados da época,e como se rendera tão facilmente sem oferecer resistência alguma,ótima matéria,agora pude sanar uma das minhas maiores duvidas da WW2
Reinhardt Heydrich foi morto justamente porque fazia um governo popular no Protetorado da Boemia e Moravia, de modo que a população tcheca estava colaborando com os nazistas.
“população Tcheca estava colaborando com os nazistas”.
So se foi no começo da guerra, pois no final da 2 guerra houve uma caça indiscriminada de civis Alemães mortos por civis Tchecos independentes desses civis serem comunistas ou não?.
Os Tchecos depois dos russos e judeus foram que mais mataram civis alemães depois da guerra terminada.
Os dois têm razão, segundo a história oficial.
Heydrich fazia uma administração popular, tanto que foi fácil assassiná-lo, andava num carro aberto, sem maiores aparatos de defesa.
A vingança alemã ao assassinato daquele que era um nazista modelar foi violenta, quiçá exagerada. Isso com certeza provocou ressentimentos, decepção.
Depois, no final da guerra, com os russos entrando em casa, o melhor passaporte era mostrar-se anti-alemão, claro…
A questão é que a administração alemã trouxe uma série de benefícios para a população tcheca, principalmente no aspecto econômico, acabou com o desemprego, introduziu pela primeira vez uma série de benefícios sociais, etc, em outras palavras, ao contrário da propaganda talmúdicamente disseminada pelos deformadores da história, os alemães só trouxeram benefícios; liberaram as minorias brutalmente oprimidas por uma supremacia tcheca, artificialmente estabelecida pelos “bons” após a primeira guerra e elevaram as condições de vida de todos, inclusive dos tchecos, lembrando que apenas transformaram a Boêmia e Morávia em protetorado, jamais anexando-as, garantindo assim a autonomia étnica de todos.
Infelizmente, em troca de todos os benefícios que trouxeram, os alemães receberam criminosa e perversa brutalidade por parte de monstros techecos (http://germancross.com/Monsters/Czech%20Monsters.html), que, após ao final da guerra, insuflados pelo propaganda talmúdico-bolchevique, retomaram suas tendências genocidas contra as minorias étnicas em seu entorno.
Parece que existem no curso da história certos tipos covardes de povos, que prontamente colhem todos os frutos trazidos pelos outros, mas assim que surge a oportunidade, sádica, mesquinha e violentamente avançam massacrando inocentes que só lhes trouxeram benefícios…
Confiram aqui a realidade histórica talmudicamente omitida, sem espaço para dúvidas, aos 0:18, Edvard Beneš explícitamente incitando o genocídio alemão, prontamente levado à cabo por monstruosas hordas de covardes: http://www.youtube.com/watch?v=Yy56AONULn8 .
Aproveitando o comentário sobre o Heydrich, eu havia criado ontem um tributo em vídeo à este grande Homem; http://www.youtube.com/watch?v=3S4ytNHIkR0
Prezados Organizadores deste Portal:
Estou um tanto desapontado com o artigo aqui postado, afinal de contas, foi através deste mesmo PORTAL que eu vim a conhecer o trabalho magnífico do militar aposentado e historiador alemão, o senhor GERD SCHULTZE-RHONHOF.
Pois bem: em seu livro
“1939- Der Krieg, der viele Väter hatte: Der lange Anlauf zum zweiten Weltkrieg”,
de cuja tradução em língua inglesa
[ 1939 – The War that Had Many Fathers: The Long Run-up to the Second World War ] (tradução do original em sua 6.ª edição: 2007)
abaixo transcrevo (cf. pp. 237/238), GERD SCHULTZE-RHONHOF deixa textualmente claro que o PROTETORADO DA BOÊMIA E MORÁVIA foi, sim, extorquido na madrugada de 15 de março de 1939, quando, inclusive, Hitler teve a oportunidade de “revisar” com o primeiro mandatário tcheco a lista de maus tratos a que os milhões de alemães haviam sido submetidos pelo governo tcheco desde 1919.
Acrescento ainda que, depois de nos contar o que aconteceu na madrugada de 15 de março de 1939, quando, repito, Hitler extorquiu (sob a ameaça de invasão de tropas) o “acordo” que criou o “Protetorado da Boêmia e Moravia”, o autor passa a demonstrar o quão benigno Hitler foi em suas concessões ao protetorado e ao povo tcheco, demonstrando ainda que, tecnicamente, não houve violação do Acordo de Munique.
Tecnicamente…
No entanto, o historiador alemão arremata:
“With the Anschuluss of the rest of Czechia and its transformation into the “Protectorate of Bohemia and Moravia”, Hitler has achieved another bloodless victory and land acquisition. But this is for the first time a gain outside the hitherto generally accepted [criterion for] legitimacy: to bring back “home to the Reich” German population groups. Hitler tries to give the appearance of legitimacy to the Anschluss with the Protectorate Treaty signed by Dr. Hácha. The treaty is binding for the purposes of international law but, since extorted, it lacks moral bindingness, just like the previously extorted Treaty of Versailles.”
“Despite the collapse of the fabric of the State of Czechoslovakia, the Anschluss of the rest of Czechia and the Carpatho-Ukraine is a crime against the right of the Czechs and the Ruthenians to live, respectively, in their own country according to their own self-rule. The protectorate over the Czech Republic is and remains an injustice, despite the extorted Hácha-signature on the protectorate treaty, even if the Munich Agreement has not been broken by it and even though the British, Germans, Italians and French had never given a guarantee for Czechoslovakia. That is and will remain so even if Great Britain at that same time does the same thing with Egypt (…)”
Pessoal, só a verdade interessa, doa a quem doer.
De resto, agradeço-lhes a informação sobre como se deu a morte de Hacha em junho de 1945, que isso o grande Schulze-Rhonhof não nos conta em seu magnífico livro.
Pessoal, só a verdade interessa, doa a quem doer.
Exatamente sr. Jean D’eau, e qual é a verdade? A verdade é que os alemães liberaram as minorias étnicas de uma brutal supremacia tcheca, criminosamente imposta após a primeira guerra; a verdade é que a criação do protetorado em questão foi necessária para a manutenção da autonomia étnica de todos; a verdade é que, a criação desse protetorado só trouxe benefícios ao tchecos e de modo algum suprimiu sua própria autonomia, a estrutura governamental tcheca continuou existindo, bem como sua língua, costumes, cultura…
Com todo o devido respeito ao autor mencionado, não houve Anschluss algum, a região jamais foi anexada, a autonomia tcheca continuou sendo um fato. Tratou-se de medida extraordinária, com fins exatamente de garantir a autonomia de todos.
Camarada Jean D’eau:
Estas são as janelas da vida meu caro. Da mesma janela com observadores diferentes, a descrição do objeto observado muda de acordo com o observador. A ideia do texto e o trabalho do Inacreditável é a destruição das “verdades” historicamente aceitas. Mas para isso temos primeiro que quebrar a mentira, sendo que deste ponto nasce uma nova etapa, que é justamente a investigação em busca da realidade. Dentro deste binômio mentira versus verdade, existe uma luta muito intensa entre os herdeiros do crepúsculo da mentira e os construtores da verdade (que eu prefiro chamar de realidade). O portal inacreditável divulga informação dissociada da hipocrisia reinante, as verdades dependem do nível de aceitação e conhecimento do leitor. GERD SCHULTZE-RHONHOF, ex-general da Bundeswehr restringiu-se dentro dos marcos militares da história da segunda guerra. Suas visões políticas nunca foram expressas de modo a deixar clara sua aceitação ou defesa do nacionalismo da época. Se você assistir os vídeos da palestra proferida por ele, vai ouvir da própria boca do GERD SCHULTZE-RHONHOF que seus estudos se deram por meio do acervo disponível e oficial, portanto, com boa chance de estarem eivados pela mácula da imparcialidade. O inacreditável em nenhum momento postou no texto a palavra “verdade única e absoluta sobre o encontro de Hacha e Hitler em Berlim em 1939”. Sobre todos os assuntos pertinentes a segunda guerra será possível encontrar realidades (verdades) plenamente sustentadas pela razão. Lembre-se que ninguém aqui viveu ou foi protagonista dos fatos, somos apenas estudantes que buscam estabelecer um conhecimento sobre fatos que não presenciamos, de acontecimentos já corroídos pelo tempo, com base em provas existentes, enfrentando a alienação seletiva e finalmente as dificuldades da língua.
Isto sem contar o fato de que a República Checa, a Eslováquia, A Romênia e Sérvia, a Bulgária e outros países do leste europeu e das Balcãs foram entregues à tirania soviética e submetidos aos estados policiais mais brutais do mundo. Prova de que os aliados do lado ocidental em nada queriam a libertação dos povos “oprimidos”.
Pior do que a lista acima é o caso da Coréia.
Todos nós já ouvimos falar da “Guerra da Coréia”, mas… afinal, como surgiram as duas Coréias?
FDR, ou melhor, seus controladores, simplesmente deram, DE GRAÇA, metade da península coreana ao Stalin. Eu digo “de graça” porque a URSS não disparou um tiro contra o Império Japonês na guerra de 1941-1945, que foi vencida pelos EUA e só pelos EUA, que tinham, portanto, o direito de decidir o que deveria ser feito da Coréia, como decidiram o que deveria ser feito do Japão.
Contrariando MacArthur e as melhores vozes das forças armadas americanas, FDR convidou “Uncle Joe” a invadir a Manchúria três meses após a rendição da Alemanha (08.05.1945 > 09.08.1945), e ainda fez a gracinha acima descrita.
Essa gracinha feita por FDR criou as condições para a deflagração de uma guerra civil (1950/1953) que ceifou as vidas de 3 milhões de coreanos; mais as vidas de 50 mil americanos (não sei dizer o número de mortos das várias nacionalidades que compuseram as tropas das Nações Unidas que lutaram contra os T-34 e Katyushas “norte-coreanos”…), sem contar, claro, o pesadelo que tem sido a existência, desde então, de milhões de escravos e mortos de fome produzidos pelo GULAG norte-coreano.
A próxima vez que algum idiota abrir a boca para enaltecer FDR… Coréia nele !!
“After such knowledge, what forgiveness ?” (T.S. Eliot, in Gerontation)
Sr. Jean D’eau, seus comentários sobre o “pesadelo que tem sido a existência, desde então, de milhões de escravos e mortos de fome produzidos pelo GULAG norte-coreano.” são baseados em observações próprias e reais? Digo, o sr. já esteve na Coréia do Norte ou meramente está papagaiando a propaganda da mídia controlada?
No “pesadelo” norte coreano, o sistema (Juche) promove a preservação da identidade étnico-cultural, a unidade familiar e todo tipo de valor moral que, no “ocidente livre” é talmudicamente soterrado para dar lugar à promoção das mais repulsivas aberrações e degenerações… Vejam só alguns fatos interessantes sobre a Coréia do Norte: http://newscenter.berkeley.edu/2010/02/19/northkorea/ .
O sr. já parou para pensar que muitas das mazelas e atribulações vividas pelo regime norte coreano possam ser fruto de décadas de acachapantes sanções e sabotagens promovidas pelos “bons”?
Evidentemente que ninguém aqui é ingênuo para crêr que a Coréia do Norte seja algum tipo de modelo ideal, porém, muito pior que a “gulag” fantasiosa do sr. Jean D’eau, que parece acreditar piamente naquilo que vê na mídia controlada, é gulag mental talmudicamente imposta à todos que vivem no “ocidente livre”, confiram aqui um interessante documentário norte-coreano que, apesar de seus defeitos e patinadas, revela a perturbadora e degenerante prisão mental à qual é submetido o “gado” ocidental: http://www.youtube.com/watch?v=OyFH19nm2e4. Como brilhantemente observou Goethe, não existe maior escravo do que aquele que falsamente acredita ser livre…