Pelos depoimentos de Tesla, ele considerava as afirmações de Einstein como tentativas arrogantes de subverter o significado intuitivo dos conceitos físicos básicos do homem.
Um gênio desconhecido
Poucos sabem quem é Nikola Tesla. Para alguns, “tesla” é apenas uma das unidades usadas para designar medidas de intensidade de campo magnético. O fato é que Nikola Tesla (1856 – 1943) é o homem que possibilitou o uso em grande escala da eletricidade, o inventor do sistema multifásico de corrente alternada, do rádio, da lâmpada fluorescente, um dos descobridores dos raios X e autor de muitas outras invenções que estão registradas através de mais de 700 patentes.
Como costuma acontecer aos homens de visão, Tesla teve que suportar a incompreensão de seus contemporâneos. Dentre suas descobertas, o mundo só conheceu aquelas que interessaram ao poder financeiro, e aquele que teria sido o seu invento mais importante foi também o mais visado. Trata-se do Sistema Mundial de transmissão de energia elétrica sem fios, projeto que foi “abafado” pelas mesmas mãos que se apoderaram de várias de suas ideias e que as usaram ou em proveito próprio ou a serviço da tecnologia bélica, o que, sem dúvida, contribuiu para intensificar o quadro de brutalidade humana que caracterizou o século XX.
Diferentemente da grande maioria dos cientistas, Tesla foi sempre guiado pelo ideal de colocar o seu trabalho científico a serviço do bem-estar do homem, e em nome desse objetivo chegou a passar por situações de verdadeira penúria financeira. Tendo compreendido que o uso contínuo e prolongado das fontes de energia usadas na época constituiriam, a longo prazo, uma ameaça à manutenção das reservas naturais do planeta, ele passou décadas tentando descobrir uma fonte energética não poluente e que não destruísse a natureza. E, para desespero das grandes empresas geradoras de energia, ele apresentou um surpreendente projeto de construção de mega centrais de energia elétrica o qual abria, de forma concreta, a possibilidade de que esta viesse a ser consumida pelos usuários sem qualquer custo. Isso foi o suficiente para que Tesla se tornasse um incômodo para muita gente e um perigo para uma sociedade que era dominada pelo materialismo e pelo egoísmo.
Por ter levado às últimas consequências seu ideal de ser efetivamente útil à sociedade, o inventor do sistema que possibilitou o aproveitamento doméstico e industrial da eletricidade – a qual é, como se sabe, responsável pelo enorme progresso tecnológico ocorrido no século XX – foi, em vida, perseguido, desprezado, ignorado e até humilhado, tendo chegado ao ponto de passar os últimos anos de sua existência na solidão de um quarto de hotel e na miséria. E, postumamente, a única homenagem que lhe prestam é o banimento de seu nome da história da ciência que é ensinada nas universidades. E, por incrível que pareça, nem mesmo a grande maioria dos docentes da área da Física costumam estar a par do assunto. Mas é chegada a hora de conhecer e reconhecer este gênio inventivo, que, tendo encarnado o protótipo do legítimo cientista, legou às gerações seguintes um raro exemplo de conduta.
A descoberta do motor de corrente alternada
Nikola Tesla nasceu em 1856 na província de Lika, que abrange regiões da Croácia e da Eslovênia.[2] Desde pequeno, ele já se interessava por coisas que passavam despercebidas às outras pessoas, e, em especial, por determinados fenômenos da natureza que ele constantemente observava. Essa atitude revelava o dom inato que tanta influência teria em seu destino, e também no nosso.
Tesla estudou na renomada Escola Politécnica de Gratz, Styria, onde tinha aulas laboratoriais de eletricidade com o físico Poeschl. Enquanto este fazia demonstrações com um dínamo que alimentava um motor, Tesla notou que os contatos elétricos em forma de escovas em dispositivos chamados “comutadores” produziam faíscas. E, durante uma aula, expôs ao professor a sua hipótese de que deveria ser possível operar o motor sem esses dispositivos usando corrente alternada ao invés da corrente contínua (ou constante) que se usava na época. Poeschl disse-lhe então que isso era inviável, dado que a eletricidade flui em uma direção enquanto que o campo magnético tem dois polos, cada um dos quais atuando de forma oposta sobre a corrente. E que, portanto, o uso de um comutador era indispensável para alterar, no momento certo, a direção da corrente na armadura giratória. E completou sua argumentação afirmando com ceticismo: “O Sr. Tesla poderá realizar obras grandiosas, mas não esta, com certeza. Pretender realizá-la é o mesmo que pensar em transformar uma força retilínea como a da gravidade num esforço giratório. É um esquema do tipo de movimento perpétuo. Uma ideia impossível.”
A verdade é que Poeschl raciocinou de forma lógica, considerando que não seria possível, através de uma corrente alternada (ou seja, uma corrente elétrica que varia no tempo em forma periódica e cuja direção muda uma vez a cada ciclo), fazer com que o motor girasse sempre numa mesma direção. Acreditava-se que o movimento realizado por ele mudaria de direção a cada vez que a corrente também o fizesse. Era devido a esta crença que se usava a corrente contínua, que flui sempre na mesma direção. Durante algum tempo, Tesla não questionou a opinião do professor, mas algo lhe dizia que sua ideia era realmente viável, e ele não a esqueceu.
Em 1882, passeando em companhia de um amigo e sentindo-se inspirado diante da beleza de um pôr-do-sol que contemplava ao mesmo tempo em que declamava um poema de Goethe, Tesla concebeu a ideia que mudaria o mundo para sempre: o motor de corrente alternada. Este genial invento, notável por sua simplicidade, aproveita a energia elétrica tal qual é produzida naturalmente pelos dínamos. Ele é baseado no conceito de campo magnético giratório, obtido através de várias correntes alternadas defasadas entre si. Com o campo magnético giratório, os complicados e caros comutadores deixavam de ser necessários. Para surpresa de todos os estudiosos da área da Física, uma hipótese que até então parecera absurda apresentava-se agora como uma realidade. Uma realidade surpreendentemente boa, que abriu as portas para a distribuição da energia elétrica por todo o mundo.
Com o uso da corrente alternada, foi possível desenvolver os transformadores, através dos quais obtém-se facilmente altas tensões elétricas, necessárias para o transporte de grandes quantidades de energia elétrica sem risco de queima dos fios de condução. No sistema de corrente contínua, a ausência de transformadores implicava o uso de baixas tensões e altas correntes, sendo necessários então cabos extremamente grossos. Porém, essa solução era tão cara que se fazia impraticável para distâncias acima de alguns quilômetros. Além disso, as perdas de energia que este sistema ocasionava eram enormes. Assim, para iluminar Nova Iorque, por exemplo, teriam sido necessárias cem estações geradoras de potência de corrente contínua, e com a tecnologia da corrente alternada apenas uma já bastava, não só para cumprir a mesma função como também para atingir uma área ainda maior. Tornou-se possível, portanto, transportar a energia elétrica das grandes centrais geradoras, as quais poderiam tornar utilizável o enorme potencial energético oferecido pela natureza (tal como ocorre, por exemplo, nas usinas hidrelétricas), até distâncias de milhares de quilômetros da fonte, viabilizando-se assim o uso extensivo da eletricidade. Desse modo, o progresso e o desenvolvimento das civilizações puderam ser impulsionados como nunca.
Compreendendo o importante significado de sua descoberta, Tesla
tentou convencer investidores europeus a financiarem a construção
dos sistemas de corrente alternada. Suas tentativas, porém,
foram infrutíferas. Em 1884, ele chegou aos Estados Unidos
e apresentou sua descoberta ao célebre Thomas Alva Edison.
Na época, todas as companhias comerciais de energia elétrica,
inclusive a do próprio Edison, estavam baseadas em dispositivos
de corrente contínua. Devido a interesses econômicos,
e também por falta de humildade em reconhecer a superioridade
da idéia de Tesla em relação às suas
próprias idéias, Edison não conseguiu avaliar
adequadamente o projeto do inventor europeu, tendo-se limitado a
tachá-lo de inviável. É provável que,
no fundo, aquilo que o motivasse a agir assim fosse o medo de perder
o status de “rei da eletricidade” de que então
gozava.
Apesar do desinteresse demonstrado por Edison na ocasião,
Tesla foi aceito na Continental Edison Company graças a uma
carta de recomendação escrita por um gerente dessa
mesma Companhia em Paris, onde o inventor europeu trabalhara. A
carta de recomendação dirigida a Edison dizia: “Conheço
dois grandes homens, e você é um deles; o outro é
esse jovem”. Devido ao seu incrível engenho técnico,
Tesla conseguiu conquistar a admiração de Edison,
e seu prestígio junto a ele aumentou vertiginosamente em
pouco tempo. Propôs então modificar os geradores fabricados
por esse outro inventor a fim de que se tornassem mais eficientes,
diante do que este prometeu pagar-lhe U$S 50.000,00 caso ele conseguisse
de fato realizar essa proeza. Após árduo trabalho,
Tesla projetou e construiu vinte e quatro novos tipos de dínamo,
os quais, efetivamente, se revelaram superiores aos modelos antigos.
Ao inquirir Edison acerca do pagamento prometido, Tesla recebeu
a decepcionante resposta de que o oferecimento havia sido apenas
uma brincadeira típica do humor americano. Por esta ofensa,
Nikola Tesla se demitiu da empresa e partiu em busca de algum meio
de dar a conhecer ao mundo seu grande invento. Mas ele não
tardou a descobrir, para grande surpresa sua, que nem mesmo nos
EUA era possível encontrar alguém que se interessasse
por ele!
Os dois anos que se seguiram a esse episódio (1886 e 1887)
foram marcados por grandes dificuldades para Tesla. Durante esse
período, sua situação financeira se agravou
tanto que ele chegou a passar fome, e foi graças a pequenos
trabalhos de conserto de aparelhos elétricos que conseguiu
sobreviver. Finalmente, um dos associados da companhia de telégrafos
Western Union interessou-se em investir na fabricação
e utilização das lâmpadas fluorescentes desenvolvidas
por ele e, assim, ambos montaram a Tesla Electric Company. Vários
meses de luta se seguiram, durante os quais ele desenvolveu uma
grande variedade de acessórios para seu sistema de corrente
alternada, como os motores e transformadores multifásicos
e outras peças para o sistema de distribuição
de energia elétrica. Tal foi o acúmulo de patentes
registradas então por Tesla que não foi mais possível
ignorá-lo. Em maio de 1888, o Instituto Americano de Engenheiros
Elétricos o convidou a dar uma palestra. O convite foi aceito,
e ele discorreu então, diante de uma platéia surpresa,
sobre o sistema de corrente alternada, demonstrando, através
de explicações criteriosamente embasadas nas leis
da Física, as incríveis vantagens de seus inventos.
Com essa exposição, Tesla ofereceu ao público
uma descrição bastante aproximada daquilo que é
o sistema elétrico usado hoje em dia no mundo inteiro.
Depois daquela palestra, o inventor e empresário George
Westinghouse farejou um verdadeiro filão no invento de Tesla
e reconheceu a sua superioridade inquestionável, apesar da
feroz propaganda que Edison fazia contra o sistema de corrente alternada.
Decidiu então agir rápido. Visitou-o em seu laboratório
e ofereceu-lhe o valor de um milhão de dólares por
todas as patentes associadas a essa corrente alternada, além
de um dólar por cada cavalo de potência fornecido.
Posteriormente, Westinghouse, tendo mudado de idéia acerca
deste segundo item do contrato, induziria Tesla a cancelá-lo.
Um passo decisivo no reconhecimento da superioridade do sistema
de corrente alternada sobre o de corrente contínua foi dado
no momento em que foi decidida a construção de uma
estação geradora de potência nas cataratas do
Niágara. O sistema de Tesla já havia provado a sua
eficácia experimental, mas ainda não havia sido utilizado
em grande escala. Os empresários envolvidos naquele grande
investimento fizeram uma minuciosa avaliação das tecnologias
referentes às duas formas de corrente e acabaram escolhendo
a desenvolvida por Tesla. A inauguração da usina em
1892 representou simultaneamente, no que concerne à geração
de potência em grande escala, a consagração
do sistema de Tesla e a aposentadoria da tecnologia de corrente
contínua defendida por Thomas Edison.
Radiodifusão e a bobina de Tesla
Em muitos livros de história de radiofonia consta a equívoca
afirmação de que o inventor do rádio teria
sido o físico italiano Guglielmo Marconi. Poucos sabem que,
em 1890, Tesla já havia desenvolvido o primeiro tubo eletrônico
destinado a ser usado como detector num sistema de rádio.
Em 1892, ele descreveu seu invento em palestras em Londres e Paris
e, no ano seguinte, apresentou em detalhes o funcionamento de seu
sistema de transmissão e recepção por rádio
no Instituto Franklin na Filadélfia [3].
Este sistema já era formado de praticamente todos os componentes
dos rádios de hoje. Sempre interessado antes em desenvolver
novos projetos do que em explorar comercialmente os inventos já
realizados, Tesla passou imediatamente a desenvolver o sistema de
transmissão de potência elétrica sem fios.
Marconi, que conhecia bastante bem os experimentos de Tesla, somente
em 1895 conseguiu produzir ondas eletromagnéticas em seu
laboratório. Sua experiência assemelhava-se a uma que
havia sido realizada em 1887 pelo físico alemão Heinrich
Hertz. Através dessas ondas, Marconi foi capaz de enviar
e receber mensagens telegráficas a uma distância um
pouco superior a dois quilômetros. Rapidamente, ele aperfeiçoou
seu sistema e fez demonstrações públicas de
transmissão de mensagens a distância, testando espaços
cada vez maiores. Com isso, ele atraiu a atenção do
grande público, da imprensa e dos grandes investidores. Através
de intensa publicidade, adquiriu popularidade mundial e acabou se
consagrando como o inventor do rádio [4].
Em 1901, Tesla referiu-se ao italiano nos seguintes termos: “Marconi
é um bom rapaz, vamos deixá-lo continuar. Ele está
usando dezessete das minhas patentes”. Durante bastante tempo
ele aceitou, sem exigir nada em troca, o “bom uso” que
Marconi estava dando a essas patentes. Só quando este se
lançou ferozmente à exploração comercial
das mesmas sem sequer mencioná-las é que Tesla entrou
com um processo na justiça americana reclamando os seus direitos.
Era 1914. O veredicto, em primeira instância, foi favorável
a Marconi, e foi preciso esperar até 1943 (ou seja, quase
trinta anos!) para que a Suprema Corte dos EUA, aceitando o recurso,
concedesse a Tesla o direito de ser reconhecido como aquilo que
de fato era: o inventor do rádio. Quando isto aconteceu,
ele sequer pôde desfrutar de sua vitória, uma vez que,
dois meses antes, havia deixado este mundo.
Na verdade, Tesla havia desenvolvido algo que superava as idéias
originais de Hertz. Tratava-se de uma série de alternadores
de alta freqüência, precursores daqueles que são
usados atualmente nos rádios de onda contínua. Este
invento se uniria à célebre “bobina de tesla”,
dispositivo por ele apresentado publicamente já em 1891 que
converte um sinal de baixa tensão e alta corrente em outro
de alta tensão e baixa corrente, utilizando altas freqüências.
Este instrumento, que é usado até hoje na maioria
dos aparelhos de rádio, TV e nos monitores de computador,
inclusive até hoje, é notável por sua simplicidade
e utilidade.
A maneira como Tesla concebia a tecnologia do rádio era
diferente daquela que havia sido introduzida por Hertz. Para Tesla,
a transmissão de sinais de rádio é um fenômeno
de condução elétrica que pode se dar através
do ar ou da terra, e não apenas um fenômeno de radiação
[5]. Esta descrição proposta
por ele virou tabu na ciência oficial, que aceitou como válido
apenas o modelo hertziano de rádio. Não obstante,
Tesla defendia seu modelo corajosamente, apontando as vantagens
da transmissão de sinais de rádio a baixa freqüência
através da terra sobre a transmissão em altas freqüências
pelo ar de Hertz. Mencionava, por exemplo, o fato de que seu modelo
consumia menos energia e não precisava de antenas. Porém,
em decorrência da intensa campanha que Marconi havia feito
contra ele, seus argumentos acabaram sendo ignorados pela comunidade
científica. Durante a Primeira Guerra Mundial, a eficácia
das idéias de Tesla pôde ser demonstrada na prática,
embora de forma acidental. Foi então descoberto que era possível
ouvir as conversas dos adversários de guerra conectando auriculares
a varas condutoras enterradas. A possibilidade de enviar sinais
elétricos de baixa freqüência por terra foi demonstrada
ainda por Nathan Stubblefield e pelo pesquisador James Harris Rogers.
Este último eliminou por completo as antenas aéreas
e verificou que o rádio “subterrâneo”,
quando sob variações atmosféricas e climáticas,
era mais estável que o outro [6].
Outra contribuição importante de Tesla foi o “segredo
da sintonia”, ou “princípio de quarto de onda”,
um método simples para calcular o comprimento de uma bobina
de sintonia num circuito de rádio. Esse método é
utilizado até hoje para calcular o comprimento das antenas
em circuitos de sintonia [7].
Energia ao alcance de todos: o sistema mundial
de transmissão de energia
“Não há uma crise de energia. Há
apenas uma crise de ignorância.”
R. Buckminster Fuller
O que Tesla pretendia não era, simplesmente, tornar acessível
a todos o uso da energia elétrica. Sua capacidade de visão
o levou a lutar por um ideal ainda mais abrangente: a transmissão
de energia elétrica sem fios mediante um sistema que permitiria
distribuí-la pelo mundo inteiro, fazendo com que ela passasse
a ser propriedade da humanidade. As casas, fábricas, trens,
aviões, submarinos, carros e barcos receberiam esta energia
através de antenas que os conectariam às torres receptoras
locais. Esta seria a realização mais importante de
toda a sua carreira.
O coração desse sistema era a “bobina de Tesla”,
dispositivo capaz de produzir correntes alternadas com tensões
de até milhões de volts e altas correntes e, ainda,
com freqüências variadas. Tesla descobriu que, se uma
lâmpada fluorescente era colocada a pouca distância
desse dispositivo, ela se acendia e irradiava luz sem que, para
tanto, houvesse necessidade de fios. O fenômeno da
ressonância elétrica era a chave daquela descoberta.
Em 1891, Tesla havia acabado de se tornar cidadão norte-americano,
e essa nova tecnologia iria ser o seu presente ao país que
o acolhera e ao mundo. Através dela, seria possível
transmitir energia instantaneamente, a qualquer distância,
através do ar. E isto significava energia gratuita para todos.
Um dos assistentes de Tesla questionou as implicações
desse plano de distribuição de energia. Ele perguntava
se uma empresa provedora de energia elétrica aceitaria fornecer
sua mercadoria gratuitamente e se Tesla seria “autorizado”
a introduzir um sistema como esse. Mas essas dúvidas só
conseguiram exasperar o inventor, pois ele estava convicto de que
seu plano iria ser aceito simplesmente porque se tratava de algo
correto e que deveria ser realizado.
Com o tempo, a visão de Tesla a respeito da transmissão
de energia sem cabos foi se ampliando e evoluindo. A transmissão
através do ar apresentava limitações devido
à perda de energia a grandes distâncias. Por isso,
ele decidiu usar a terra, e não o ar, como meio de propagação
de energia. A própria Terra poderia fazer as vezes de condutor;
as ondas elétricas se expandiriam através da crosta
terrestre em frentes de ondas concêntricas passíveis
de serem recebidas e utilizadas em pontos geográficos distantes.
Desta forma, o planeta inteiro seria convertido num transmissor
elétrico colossal.
Numa noite de 1899, Tesla realizou em seu laboratório, na
cidade de Colorado Springs, um de seus experimentos mais famosos.
Em sua tentativa de enviar energia elétrica através
da terra, ele descobriu um efeito a que deu o nome de crescimento
ressonante. Essa descoberta pode ser considerada uma das
mais importantes façanhas elétricas já realizadas
pelo homem. A tensão acumulada na antena da torre do laboratório
produziu um arco de luz que se estendeu em direção
ao céu e cresceu progressivamente até chegar a um
comprimento de mais de 40 metros. E a experiência só
não teve resultados ainda maiores porque houve uma interrupção
inesperada: o gerador de energia elétrica da cidade de Colorado
Springs não agüentou a sobrecarga e acabou se queimando.
Tesla explicou o efeito de crescimento ressonante dizendo que a
corrente elétrica havia atravessado o planeta inteiro até
refletir-se no lado oposto, tendo sido reforçada por pulsos
elétricos obtidos do gerador a cada vez que ela retornava
ao seu ponto de partida.
Tesla e J.P. Morgan
O bilionário norte-americano J. Pierpont Morgan interessou-se
pelo fenômeno Nikola Tesla. Naquela época, eram relativamente
poucos os grupos financeiros que dominavam os recursos econômicos
mundiais. Quando um desses grupos descobria alguém como Tesla,
isso poderia ter grandes implicações para o destino
desse alguém. Sem dúvida, Morgan ficou surpreso e
imensamente satisfeito quando soube que ele trabalhava sozinho e
que estava precisando de fundos para realizar suas pesquisas. O
empresário simplesmente não podia correr o risco de
que outro grupo que não o seu financiasse o inventor.
Tesla buscava um meio de viabilizar o seu Sistema Mundial de transmissão
de potência elétrica e telecomunicações
quando foi descoberto por Morgan [8].
O empresário, que sabia de seu potencial, entreviu na parceria
uma possibilidade de que seu grupo viesse a possuir o monopólio
do sistema mundial de comunicações, o que, é
claro, pareceu-lhe extremamente interessante. Mas, por outro lado,
o novo projeto de Tesla representava uma ameaça ao recentemente
instalado e imensamente lucrativo sistema de transmissão
de corrente alternada. Se mais alguém se interessasse pelo
novo sistema e o levasse adiante, isso seria muito perigoso para
o grupo de Morgan. Porém, se ele próprio assumisse
o financiamento, desfrutaria ao menos da vantagem de poder dirigir
a utilização desse sistema segundo sua própria
conveniência.
Feito o acordo, o empresário entregou inicialmente a Tesla
U$150,000, montante esse que cobria apenas a primeira fase do projeto.
Tesla providenciou então a construção de um
novo laboratório em Long Island, perto de Nova Iorque. E
assim, em 1900, a célebre torre de Wardencliff, que deveria
superar em tamanho e capacidade de transmissão de potência
a torre de Colorado Springs, começou a ser edificada. Pouco
tempo depois, sem prévio aviso, Morgan interrompeu o financiamento
da construção do sistema e, quase que instantaneamente,
uma onda de rumores espalhou-se pela cidade. Dizia-se que Morgan
havia perdido o interesse pelo projeto por ser ele impraticável.
Dado o prestígio e a influência do bilionário
nos círculos do poder financeiro, esses rumores acabaram
por espantar todos os outros possíveis financiadores. A partir
de então, todos os esforços realizados por Tesla no
intuito de atraí-los foram em vão. Em 1905, quando
grande parte da torre já havia sido construída, o
inventor se encontrava financeiramente exaurido. Ele canalizara
para o projeto todos os seus próprios recursos e contraíra
enormes dívidas.
Em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, utilizando-se da justificativa
de que a torre, que ainda se encontrava inacabada, poderia ser usada
por espiões alemães, o governo norte-americano mandou
derrubá-la. A explicação parece pouco convincente.
Além do mais, é no mínimo estranho que, mesmo
depois de terminada a guerra, ninguém tenha se prontificado
a reconstruí-la.
Chegado o momento da explosão, a torre de Tesla permaneceu
incólume. Foi preciso dinamitá-la diversas vezes consecutivas
para que ela finalmente ruísse.
Tesla e Bill Gates
De acordo com as previsões de Nikola Tesla, o Sistema Mundial
da Torre de Wardencliff estaria apto a possibilitar: 9
1) A interconexão de todas as estações de telégrafos
do mundo;
2) O estabelecimento de um serviço de telégrafos
secreto e imune a interferências para uso do governo;
3) A interconexão de todos os telefones e estações
telefônicas do mundo inteiro;
4) A difusão universal de notícias, música,
etc.;
5) A transmissão mundial de textos na forma escrita (cartas,
cheques, etc.);
6) A reprodução mundial de fotografias e desenhos;
7) O estabelecimento de um serviço universal de marinha
capaz de permitir a orientação dos navegadores de
todos os barcos e, conseqüentemente, a prevenção
de acidentes e desastres navais.
Como se vê, Tesla estava várias décadas à
frente de seu tempo. No final do século XIX, quando o rádio
acabava de ser inventado e a televisão nem mesmo existia,
ele foi capaz de distinguir claramente a possibilidade de que o
mundo viesse a desfrutar de uma série de recursos tecnológicos
que somente na era da informática chegaríamos a conhecer
(através de inventos como, por exemplo, a Internet e o FAX).
Porém, como a perspectiva da transmissão não
comercial da energia elétrica estava incomodando muita gente,
sobretudo os empresários dos EUA, o desenvolvimento do projeto
de Tesla sofreu forte censura e não pôde se desenvolver.
Esse foi, é claro, o “misterioso” motivo pelo
qual a torre de Wandercliff foi condenada à destruição.
Mas as idéias de Nikola Tesla, vigorosas que eram, se mantiveram
vivas, e, várias décadas depois da queda de sua torre,
um jovem extremamente sagaz chamado Bill Gates, apropriou-se delas.
Dessa forma, a parte do projeto de Tesla que previa a “transmissão
de textos escritos, cheques e a reprodução de fotografias
e desenhos”, que fora recebida tão ceticamente por
seus contemporâneos, acabou se tornando uma realidade, só
que com mais de sessenta anos de atraso.
Bill Gates, como se sabe, é hoje o proprietário da
principal empresa de informática do mundo, e é considerado,
popularmente, uma espécie de gênio das comunicações.
Mas sua genialidade talvez se resuma ao fato de que tenha sabido
tirar partido do talento e idealismo alheios para fazer fortuna.
Tesla admirado por cientistas da época
Faz-se notar, na trajetória de Tesla, a admiração
que ele despertou nas pessoas que tiveram a oportunidade de conviver
com ele. Sabe-se que vários dos mais célebres cientistas
e inventores da época o respeitavam e inclusive o procuravam.
Porém, eles não o faziam simplesmente porque admirassem
seu gênio criativo, mas também porque buscavam obter,
junto a ele, subsídios e idéias para seus próprios
experimentos. Homens como Edison, nos EUA, e Lord Rayleigh, Guglielmo
Marconi, Herman von Helmholtz e Lord Kelvin, na Europa, são
exemplos disso. Sobre Tesla, Lord Kelvin, numa certa oportunidade,
declarou: “Tesla contribuiu para a ciência da eletricidade
mais do que nenhum outro homem de sua época”. Lord
Rayleigh, por sua vez, afirmou: “Nikola Tesla é dotado
de um dom especial para realizar descobertas” [10].
Sendo assim, torna-se difícil levar a sério aqueles
rumores segundo os quais Morgan deixara de ter interesse em financiar
os projetos de Tesla por considerá-los inexeqüíveis.
Esses boatos não passaram de um estratagema destinado a inviabilizar
um trabalho que visava colocar a ciência a serviço
da paz e do bem comum.
Tesla e Einstein
Embora se saiba que Tesla e Einstein se encontraram algumas vezes,
e não se possa descartar a hipótese de que eles tenham
conversado sobre ciência, torna-se evidente, pelos
depoimentos de Tesla, que ele considerasse as afirmações
de Einstein como tentativas arrogantes de subverter o significado
intuitivo dos conceitos físicos básicos do homem.
“A Física não é um submundo mental”,
parecia ele advertir através de seus depoimentos e atitudes,
“mas sim um dos inúmeros reflexos do homem”.
Tesla nunca conseguiu aceitar as interpretações de
Einstein no que diz respeito à Teoria da Relatividade. A
seu ver, o espaço não é curvo, mesmo porque
ele não é um ente geométrico. O mesmo ele dizia
em relação ao tempo. Para Tesla, o tempo era a energia
vital que o impulsava a descobrir e desenvolver inúmeras
coisas úteis, e não poderia ser desperdiçado,
tal como Einstein o fizera, em especulações matemáticas
inúteis sobre “o pensamento de Deus”. Ele também
criticava toda tentativa de “explicar o funcionamento do universo
sem reconhecer a existência do éter e a função
indispensável que ele desempenha nos fenômenos”
[11]. O próprio Einstein, após
ter passado anos tentando inutilmente desenvolver a sua teoria dos
campos sem levar o éter em consideração, viu-se
finalmente forçado a aceitar a sua existência.
Tesla era sabedor do poder da ciência e de seu potencial
para produzir males ou benefícios. Ele via no desenvolvimento
dos meios de transporte e comunicação uma possibilidade
de aproximar as pessoas e de acabar com a desconfiança entre
os povos. E afirmava, inclusive, que a ciência poderia até
mesmo acabar com as guerras [12]. Acontece
que Tesla só concebia a ciência como um instrumento
a ser utilizado de forma altruísta, enquanto que para Einstein
ela foi um trampolim para a fama, um jogo destinado a satisfazer
sua curiosidade, e, o que é mais grave, um instrumento de
poder e de destruição.
Infelizmente, os financiadores e a mídia optaram por popularizar
Einstein e desprezar Tesla. E as gerações seguintes
se viram condicionadas a seguir o triste exemplo do primeiro. O
desenvolvimento das armas nucleares é prova disso. Num apontamento
não publicado, escrito em 15 de abril de 1932 (treze anos,
portanto, antes da bomba atômica), Tesla declara: “Einstein
afirma que, através de raios cósmicos, a matéria
é transmutada em força, e vice-versa. Isto é
absurdo. É o mesmo que dizer que o corpo material pode ser
transformado em espírito, e o espírito em corpo.”
A repulsa que Tesla sentiu a essa afirmação de Einstein
talvez tenha por causa o pressentimento de que tal concepção,
se posta em prática, não poderia levar senão
a um desastre mundial.
O desaparecimento de Tesla
“Não quero proporcionar a alguns indivíduos
invejosos e de pouca visão a satisfação de verem frustrarem-se os meus esforços […]. Meu projeto foi retardado pelas leis da natureza. O mundo não estava preparado para ele.
Estava demasiado adiantado para o seu tempo. Mas as mesmas leis prevalecerão afinal e farão dele um sucesso triunfal.”
Nikola Tesla, “Meus inventos”, 1919.
Uma pessoa que tenha ideais nobres acaba, forçosamente,
tornando-se inimiga do “sistema”. O projeto de Tesla
entrava em conflito com o maior filão econômico de
sua época, pois ameaçava inviabilizar a comercialização
da energia elétrica e, por isso mesmo, a construção
de novas megacentrais dessa energia. No ambiente capitalista e acentuadamente
competitivo da sociedade americana, Tesla só poderia ter
sido considerado um louco ou um traidor.
Não é por mero acaso que as informações
a respeito dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos por Tesla na
segunda metade da sua existência são escassas. Seu
projeto para a implantação de um sistema global de
transmissão de energia tem sido interpretado como uma tentativa
de captar novas formas (ou seja, não elétricas) de
energia. Acredita-se que ele tenha começado a investigar
a possibilidade de captar a energia do campo gravitacional que envolve
a Terra, ou, ainda, a do próprio éter [13].
Interpretações posteriores ao seu trabalho alegam
que no final de 1898, no campo experimental de Colorado Springs,
Tesla chegou perto da solução técnica para
coletar energia a partir do éter, e que fora esse o motivo
que levara o banqueiro J.P. Morgan a retirar mais tarde o seu financiamento,
pois ele receava que, se não o fizesse, o monopólio
das fontes convencionais de energia estariam em breve ameaçadas.
Atribui-se a Tesla a invenção de máquinas que
retirariam energia do éter para transformá-la em energia
útil e a de um “conversor de estado sólido”
capaz de controlar um motor elétrico especial. Há
informes alegando que este motor teria sido instalado numa limusine.
A performance desta teria sido similar à de um carro tradicional,
com a diferença de que o consumo de combustível então
verificado teria sido praticamente nulo. O teste teria submetido
a limusine a altas velocidades durante o período de uma semana.
Segundo consta, Tesla teria conseguido ainda produzir terremotos
artificiais. Acredita-se que ele o tenha feito através de
uma vibração induzida no campo do éter, a qual
teria sido transferida a toda a matéria [14].
Conta-se que, tendo ele testado esta tecnologia em Nova Iorque,
verificou-se um forte tremor que atingiu uma área de vários
quarteirões.
Várias descobertas de Tesla têm sido investigadas
e até mesmo aplicadas para fins bélicos, o que se
opõe frontalmente ao espírito do inventor. As “ondas
estacionárias” de freqüência extremamente
baixa (ELF), por exemplo, fenômeno conhecido como “Efeito
Tesla”, têm sido usadas para a “guerra biopsicológica”
[15]. Um artigo da Associated Press
de 20 de Maio de 1983, dá conta de que, por volta de 1960,
a URSS usou um dispositivo chamado LIDA para influenciar o comportamento
humano com a emissão de ondas de rádio de baixa freqüência.
Há indícios de que Tesla tenha sido assassinado.
Após o seu falecimento, todas as suas anotações
científicas desapareceram. É provável que elas
tenham sido confiscadas pela Agência Federal de Investigações
norte-americana (FBI) [16]. Embora
esta entidade o tenha negado, existe uma declaração
do Departamento de Defesa Norte-americano, datada de fevereiro de
1981, que sugere que o confisco poderia ter de fato ocorrido. Reza
o documento: “Acreditamos que algumas das anotações
de Tesla podem conter princípios básicos que seriam
de valor considerável às pesquisas do Departamento
de Defesa” [17].O fato é
que alguns apontamentos de Tesla, escritos em inglês nos laboratórios
do cientista, apareceram “misteriosamente”, alguns anos
após o seu falecimento, já traduzidos para o idioma
sérvio num museu em Belgrado que existe em sua homenagem.
Outros, porém, jamais reapareceram.
É possível que o misterioso desaparecimento de Tesla
[18] (seu corpo só foi encontrado
três dias após o desenlace), atribuído aos alemães,
tenha sido o resultado de sua recusa em contribuir para que a energia
nuclear fosse colocada a serviço da guerra. Pois se é
verdade que, dado o notável talento do inventor, não
seria de se estranhar que ele tivesse sido chamado pelo governo
norte-americano a integrar o projeto da bomba (agentes representantes
dos interesses do Eixo e dos aliados circulavam como aves de rapina
em torno de seus projetos e descobrimentos), é igualmente
certo que ele, dado o caráter íntegro e honesto que
sempre deu mostras de possuir, não teria se sujeitado a aceitar
semelhante “convite”. Não se pode, entretanto,
descartar a hipótese de que seu trabalho tenha sido aproveitado
a serviço da guerra e, até mesmo, da fabricação
da bomba atômica.
Na verdade, custa acreditar que a morte de Tesla não tenha
qualquer relação com os interesses políticos
que, naquele conturbado momento histórico (estava-se às
vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial), se encontravam
em jogo no cenário mundial. Ela foi atribuída aos
alemães, mas ninguém soube explicar convincentemente
que espécie de razões a Alemanha poderia ter tido
para eliminá-lo. Resta considerar que a queima de arquivos
é uma tática usual dos serviços secretos, e
que essa tática costuma ser acompanhada de uma acusação
contra o inimigo, ao qual é imputada a culpa pelo crime praticado.
Quem sabe, com o tempo, a justiça se manifeste e revele esses
tenebrosos fatos a fim de que os homens não mais se esqueçam
que a flor do bem só pode ser colhida da árvore da
verdade.
Nikola Tesla viveu incompreendido e perseguido durante a sua existência,
mas deixando como exemplo uma história de vida que se encontra
registrada na memória da misteriosa fênix que, sempre
viva, há de ressuscitar quantas vezes se fizer necessário.
Notas
1. In: George Trinkaus – Tesla: The Lost Inventions. High Voltage
Press. Claremont, CA
2. In: John O Neil – Prodigal Genius – The life of Nikola Tesla
Brotherhood of Life, Inc., 110 Dartmouth, SE, Albuquerque, New Mexico
USA, 1994.
3. Idem.
4. B. Eric Rhoads, Blast from the past: A pictorial history of radio s
first 75 years,
Streamline Press, 1996.
5. In: George Trinkaus, Radio Tesla – The secret of Tesla s radio
and wireless power, High Voltage Press, Claremont, CA, 1993. 6.
Idem.
Tesla, Nikola, Uma máquina para acabar com a guerra, segundo
relatado a George Sylvester Viereck, Revista Liberty, fevereiro
1935, p. 5-7.
7. Ibidem.
8. Nikola Tesla, My inventions – The autobiography of Nikola Tesla,
Tesla Book Company, Chula Vista, CA, EUA, 1919.
9. Idem.
10. Ibidem.
11. http://www.cinemedia.com.au/SFCV-RMIT-Annex/rnaughton/TESLA_BIO.html)
12. Tesla, Nikola, Uma máquina para acabar com a guerra,
segundo relatado a George Sylvester Viereck, Revista Liberty, fevereiro
1935, p. 5-7.
13. In: Jan van Helsing – Secret Societies and Their Power in the
20th Century – trad. do alemão por Urs Thoenen. Gran Canaria,
Ewertverlag, 1995.
14. Idem.
15. Ibidem.
16. In: http://foia.fbi.gov/tesla.htm (Arquivo da FBI sobre Tesla
na internet)
17. Idem.
18. The Secret of Nikola Tesla, Zagreb film production, International
Home Cinema, Venice, CA, USA, 1986.
http://www.samamultimidia.com.br/artigo-detalhes.aspx?id=583
Publicado originalmente em 24/10/2008
Muito interessante!! postem mais informações sobre nikola tesla!!
Um repórter perguntou a Einstein: – Como é, ser o homem mais inteligente da terra?
Eis que Einstein respondeu: – Não sei. Pergunte ao Tesla.
Pelo menos nessa, ele foi sincero…
O próprio disse certa vez: nunca confie em um judeu!