O segundo maior grupo indígena dos EUA expulsa todos os negros de sua tribo. O Apartheid, que os brancos utilizaram outrora nos EUA contra os índios, é praticado por eles dentro de suas próprias fileiras contra os cherokees negros. E agora o “politicamente correto” é desafiado a protestar veementemente contra estes índios e explicar como eles destroem sua globalizante construção social anti-racista.
Derretimento do núcleo “multiculti”
Os índios gozam de grande prestígio junto ao público fã do multiculturalismo e anti-racista. Afinal das contas, brancos os perseguiram e dizimaram. E desta forma não é surpresa alguma que a mídia “multiculti” alemã nos omite aquilo que o segundo maior grupo de índios norte-americanos faz agora: ele se comporta de forma extremamente racista. Todos os cherokees negros são discriminados brutalmente e expulsos da tribo por motivo racial. Pois os cherokees nada querem em comum com os descendentes de escravos negros.
Nos últimos anos muitas pessoas acreditaram que as diferenças entre os grupos humanos de distintas cores da pele e origens culturais estivessem superadas. A verdade é outra. Nos Estados unidos sob regência do presidente Obama, fala-se cada vez mais sobre “raças” humanas. Pais lutam para que seus filhos não precisem ir a escolas, onde a maioria dos alunos tenha a pele negra. E o prefeito de Filadélfia disse publicamente há alguns dias que os negros, os quais provocassem distúrbios e atacassem outras pessoas com violência, representariam uma vergonha para sua “raça”. Freqüentemente existem agora pesquisas nos EUA sobre o comportamento das “raças” entre si.
Querer resolver a questão racial forçando o mundo a acreditar que “raça não existe”, só faz aumentar a pressão em torno do tema. Mais inteligente é admitir a existência das diferentes raças e que a coexistência harmônica entre elas é possível – NR.
E agora explode subitamente como uma bomba: os índios norte-americanos cherokees, o segundo maior grupo de índios dos EUA, expulsam todos os negros de sua tribo. O Apartheid, que os brancos utilizaram outrora nos EUA contra os índios, é praticado por eles dentro de suas próprias fileiras contra os cherokees negros.

Racismo e Apartheid do século XXI: cherokees expulsam descendentes de escravos
Muitos leitores talvez nem saibam por que existem cherokees negros: há 8.000 anos, imigrantes da Ásia povoaram o território americano correspondente aos estados da Geórgia, Carolina do Norte e Tennessee. Eram os ancestrais dos Cherokee e outras tribos indianas como os Creeks, Choctaw e Chikasaw. Nos séculos 16 e 17 vieram então os espanhóis, franceses e ingleses, os quais investiram profundamente no interior do continente e através de seus armamentos superiores mataram e expulsaram os índios.
Durante o mandato do então presidente Andrew Jackson, foram tomadas medidas para realocar as tribos indianas do Tennessee e Geórgia para a deserta região de Oklahoma, através do Indian Removal Act de 1836. Muitas destas tribos de índios possuíam plantações no Tennessee e Geórgia, onde negros escravos tinham sua ocupação. A partir de 1838, os cherokees foram expulsos violentamente pelos soldados, juntamente com seus escravos negros, em direção a Oklahoma. Durante os três meses que durou a expulsão, pereceu um quarto da população cherokee. Cada negro que havia sobrevivido com os cherokees durante a “caminhada das lágrimas”, foram aceitos por um conselho tribal como homens livres dentro da tribo dos cherokees. Durante 169 anos não houve problema. Porém, quando chegou a crise econômica em 2007, os cherokees decidiram que todos os negros deveriam ser expulsos da tribo. E esta decisão foi agora ratificada. Existem por ora 25.000 ex-índios cherokees negros em Oklahoma, que sofrem sérias consequências: a partir de agora eles não têm mais direito ao atendimento médico gratuito que os cherokees possuíam, devem pagar a escola de seus filhos, e recebem menos ajuda social do que os “legítimos” cherokees.
Os descendentes dos escravos negros não poderão nunca tornar-se Cherokee e possuir seus direitos, decidiu a maior instância dos cherokees. E esta decisão não pode ser alterada pela justiça norte-americana, pois os cherokees são expressamente autônomos nestas questões e possuem sua própria jurisdição no que concerne aos assuntos tribais.
Agora, pessoas como Claudia Roth são desafiadas a viajarem imediatamente até os cherokees e explicar que eles destroem sua globalizante construção social anti-racista. E todos os índios urbanos alemães devem retirar imediatamente as penas de seus carros. Do contrário eles estariam apoiando os racistas. Verdes e social-democratas devem exigir imediatamente no parlamento europeu, que sanções (p. ex. negação de visto de entrada) devem ser aplicadas aos índios norte-americanos. E os grupos dos direitos humanos devem formam correntes de luzes. Foi assim no caso do Apartheid na África do Sul. E agora o segundo maior grupo indiano introduziu o Apartheid. Vamos apostar que todos os autodenominados anti-racistas do mundo irão desviar seus olhares deste Apartheid?
Udo Ulfkotte
Kopp-online, 25/08/2011.
O desafio também deve ser estendido à ministra Maria do Rosário e outros defensores das “oprimidas minorias”, e que aproveitem a oportunidade para dirimir as incoerências de O sistema e suas contradições – NR.
