O que nós vivenciamos com a Síria é novamente o procedimento habitual do clube da “arrogância mundial” do ocidente, composto pelos países da OTAN em conjunto com Israel. Eles têm de fato a cara de pau de querer dominar o mundo e impor sua vontade a todos nós. Que no caso da Síria trata-se de um país do Oriente Médio, aparecem ainda os lacaios países árabes do Golfo, especialmente a Arábia Saudita. A estória que eles já nos relataram por diversas vezes, através de suas mídias controladas, pode ser resumida da seguinte forma:
Um chefe de Estado que não é membro do clube é tachado de “ditador” e representa “o mal”. Os “rebeldes” que querem lhe derrubar são naturalmente “os bons”. Trata-se da introdução de uma democracia segundo o modelo ocidental, trata-se apenas da liberdade e dos direitos humanos, tudo isso nos é contado. Por isso é lógico qual lado nós apoiaremos, aquele dos rebeldes. Se o ditador, juntamente com o exército e a polícia, investe contra os rebeldes, então isto quer dizer que “o ditador matou sua própria gente”. Por isso é obrigação da comunidade ocidental, juntamente de sua polícia mundial (OTAN), ajudar os rebeldes à medida que as forças militares aniquila o ditador e ele pode ser retirado (assassinado). O happy end é o seguinte: o porta-voz do clube vai até um porta-aviões e anuncia “Mission Accomplished”. Ou o ministro do exterior diz diante da mídia em grande regozijo, “viemos, vimos, ele morreu!”
Assim aconteceu com Saddam Hussein no Iraque, um amigo de mais de 30 anos que conduziu para o clube da arrogância mundial uma guerra de oito anos contra o Irã. Ele foi transformado de bom ditador em mau, e depois enforcado quando não mais obedecia o que lhe era imposto. Ele vendeu petróleo muito barato (24 Dólares por barril) e ainda contra Euros, uma heresia e a sua sentença de morte aos olhos de Washington e da família real saudita. Sobretudo tiveram um papel importante aqui neste “jogo” os ditadores dos ricos países exportadores de petróleo da península arábica, pois eles financiaram a “libertação” através da OTAN e também os novos representantes de ocasião. Mas eles são “nossos” ditadores e podem reprimir seus povos. O procedimento habitual de “troca de regime’ – naturalmente – não vale para eles.
O emirado do Qatar esteve em evidência nos últimos tempos e com sua agência de notícias Al Jazeera, eles preparam o terreno com a propaganda adequada. Mas a CNN, NBC, CBS, ABC e Fox, ou a BBC, ZDF, ARD, ORF, SF ou como são chamadas as “grandes emissoras de TV”, nada mais são do que o departamento de propaganda do clube da arrogância mundial. O que eles nos apresentam diariamente nada tem a ver com a realidade e a verdade. Suas notícias são exatamente verdadeiras e fiéis como a propaganda dos conglomerados sobre seus produtos, com a qual eles conduzem o comportamento das compras. No fundo a televisão é uma emissora perene de propaganda que é interrompida pelos programas. Nisso tudo nada é real, tudo é uma ilusão. Nós vemos apenas atores que agem como se tudo fosse real, em uma exposição com falsas imagens sobre a realidade.
Parece que já vimos esse filme antes, afinal “foi minha imaginação; e na minha imaginação, em minha mente, eu acreditei nisso.” – NR.
Podemos definir propaganda quando se deixa o mundo da realidade e adentra-se no mundo da mentira para conduzir a opinião das pessoas na direção desejada. Além disso, em relação a todas as mídias-mainstream do ocidente, trata-se de órgãos de propaganda que nos impõem uma realidade que não existe. Pois à vista do clube não é importante como a realidade parece ser, mas sim como ela nos é representada. Como já disse diversas vezes, a realidade é aquilo que acreditamos que ela seja.
Por exemplo, há décadas nos é vendido o perigo do aquecimento global, embora ele não possa ser comprovado com fatos científicos. Trata-se apenas de uma crença na qual somos doutrinados para nos incutir na cabeça uma ideologia, mas que para muitos parece ser tão real ao ponto de acreditarem que sua respiração já é um klimakiller (assassino do clima). Se o clima não faz aquilo que lhe ordenam, e como agora na Europa o traseiro está congelando e centenas de pessoas morrem de frio, as mídias afirmam simplesmente: o aquecimento global provoca invernos rigorosos. Que lógica mais torta e absurda. Nenhuma única previsão que eles nos contaram a fim de provocar pânico aconteceu. Há 10 anos dizem, os assim chamados estudiosos do clima, que não iria haver mais nenhum inverno e as crianças não iriam poder mais conhecer a neve. Estranho, quando eu olho pela janela, vejo crianças com patins sobre o lago congelado e elas se divertem para valer. Mas eu devo estar enganado, quem pode confiar em seus olhos mentirosos? Eu prefiro por a cabeça para funcionar, ela me diz o que acontece realmente.
Mas de volta para a “proteção da população diante dos malvados ditadores”. A Líbia vivenciou o modelo da arrogância mundial. O bom amigo Kaddafi que foi convidado para o encontro dos G-20 e com o qual se fechou formidáveis negócios, tornou-se repentinamente o inimigo da humanidade. Imperou a indignação e exigiram uma intervenção militar, pois nós determinamos o que é falso e verdadeiro, mesmo que tenha que ser imposto por uma chuva de bombas. A superioridade moral do ocidente matou pelo menos apenas 60.000 civis e transformou grande parte das cidades em ruínas. Os líbios sentem-se agora totalmente libertados. Livres da infra-estrutura, do sistema de saúde, do abastecimento de gêneros alimentícios e da segurança. Os tão bonzinhos rebeldes comportam-se – como “vencedores” – como um moribundo bando criminoso, saqueiam, queimam, torturam e assassinam ao seu bel prazer. Mas isso, é claro, não nos é mostrado pela mídia, pois existe um novo palco onde a indignação moral pode ser exibida, para quem ainda não sabe, a Síria.
Também aqui a realidade colide com a imagem que a mídia nos impõe. Novamente temos bons rebeldes lutando contra um malvado ditador. Não importa tratar-se de um bando de criminosos que disseminam o terror entre a população civil e contra o Estado, a maioria vem do estrangeiro e recebe de lá suas armas. A arrogância mundial decidiu que Assad deve se retirar e tudo é feito para que ele pareça ser um monstro, onde então as boas-pessoas exigirão uma intervenção militar. Eles querem jogar este outro país árabe no caos e causar uma guerra civil, como no caso da Líbia. Mas a Síria é diferente. Ela tem um exército mais forte do que aquele de Kaddafi. A Síria ainda tem dois importantes amigos no mundo, China e Rússia, que não estão mais apenas olhando passivamente.
Mas aquilo que mais importa, a grande maioria dos sírios não quer qualquer violenta “mudança de regime”. Segundo pesquisas independentes, os sírios querem votar livremente no futuro, mas eles querem que Assad permaneça por enquanto no poder, que garanta estabilidade e organize as eleições. Deve haver uma mudança pacífica, sem intervenção estrangeira violenta que mais destrói do que melhora. Assad já deus esses passos através do projeto para uma nova constituição.
Assad disse que a nova constituição deve ser aprovada até março de 2012 e as eleições parlamentares aconteceriam em maio-junho 2012. Também outras mídias devem receber autorização, junto às existentes 20 estações de TV, 15 estações de rádio e 30 jornais. Mas os rebeldes não querem nenhuma mudança pacífica e por isso eles praticam ataques com bombas e provocam onde podem.
Os esforços diplomáticos da Rússia procuram levar Assad a acelerar as reformas, o que corresponde aos desejos do povo sírio. Esta impressão foi expressa com a positiva recepção do ministro do exterior russo, Sergey Lawrow em Damasco. “Todo resultado possível de um diálogo nacional deve acontecer em consenso entre os próprios sírios e deve ser aceitável por todos os sírios”, disse Lawrow. “Determinar na ante-sala o resultado de tal diálogo não é tarefa da comunidade internacional”.
Mas o que faz ocidente? Ele exige que Assad termine com a “violência”, seja lá o que isso signifique, o exército deve capitular e ele deve renunciar. Ele deve permitir que o bando de criminosos pratique seus atos terroristas sem oferecer qualquer resistência, que continuem com suas sabotagens e destruam a segurança. Neste caso é claro que qualquer regime primeiro deve restaurar a ordem e não entregar o terreno para terroristas. Pois somente assim a população civil estará protegida, em encontro àquilo que o hipócrita ocidente exige. Subtrair a segurança provocará mais violência e não menos.
Como se com o término unilateral das lutas por Assad, os terroristas iriam se retirar amigavelmente, alegres, com muito confete, enquanto aguardam por eleições livres. Na realidade, os territórios, que são entregues sem resistência, são tomados pelos terroristas sedentos de sangue e então acontece o massacre motivado pela vingança. Já temos os exemplos disso no Iraque e na Líbia.
E quem são exatamente estes rebeldes? Claramente mercenários criminosos do estoque da Al-Quaida, islâmicos recrutados pelos serviços secretos do ocidente, e financiados pela família real saudita, da linha Wahhab. Está claro que as melhores ferramentas para a arrogância mundial são os próprios salafistas, embora isso pareça um paradoxo. Bin Laden foi um agente da CIA e sua tropa de idiotas úteis fora colocada em ação onde necessário, nos Bálcãs, na Tchechênia, Afeganistão, Iraque, Paquistão e Iêmen.
Os bandos criminosos na Síria são infiltrados no país pela OTAN através da Turquia e apoiados maciçamente a partir de lá, e os países do Golfo se intrometem com vigor, com o Qatar liderando mais uma vez. Para o ocidente, uma guerra civil generalizada entre todas as facções seria o melhor, pois com isso a Síria estaria seriamente prejudicada, caindo assim um aliado do Irã. A verdadeira intenção por detrás de toda esta hipócrita demanda por democracia. Na véspera do ataque de Israel contra o Irã, o terreno deve ser aplainado. Primeiro a Líbia teve que desaparecer e agora a Síria está na mira, com o simultâneo enfraquecimento do Hezbollah no Líbano. Com todos os países árabes neutralizados, ou porque foram comprados e corrompidos, como os sauditas e os Emirados, ou ocupados com “revoluções”, como o Egito, ou largados no caos, como a Líbia e possivelmente a Síria, nada mais se encontra no caminho para o ataque contra o Irã.
A propaganda ocidental trabalha novamente a mil por hora. Existem apenas vítimas do governo sírio, nenhuma devido aos ataques dos rebeldes. Mas aqui os sírios temem mais os rebeldes do que o governo, mas que naturalmente não nos é contado. Nós presenciamos novamente o mesmo modelo que já foi empregado na Bósnia, a OTAN tem que armar rebeldes muçulmanos, deve atacar militarmente, tudo para “proteger inocentes civis”. O que a mídia também não nos relata: qual foi o motivo para o veto da China e Rússia? A resolução ocidental exigiu de Assad a “retirada de todas as forças armadas sírias das cidades e vilarejos e seu retorno imediato à caserna”. Os russos queriam ainda a complementação, “em conjunto com o fim dos ataques através de grupos armados contra instituições governamentais e quartéis e cidades”.
Mas olá, o complemento é muito importante. É claro que o vácuo não deveria ser utilizado pelos terroristas. O ocidente negou-se entretanto a limitar as ações dos rebeldes armados na resolução da ONU, o que levou ao veto de 4 de fevereiro. Isso também foi aproveitado pela propaganda do ocidente hipócrita, pintando a China e a Rússia novamente como os malvados que ajudam um ditador. Ao mesmo tempo, tentam colocar Moscou e Pequim um contra o outro. Com isso o ocidente humanitário quer provocar um banho de sangue na Síria.
Os Estados Unidos e seus cachorrinhos de colo da União Européia querem dar permanentemente ao mundo uma lição de democracia e impor sua perversa forma de sociedade. Neste processo eles fazem de tudo para desmontar a democracia em seus próprios países. Os EUA tornaram sem dúvida alguma um Estado policial fascista e a União Européia está no melhor caminho para isso. Observemos o que Bruxelas faz com a Grécia, uma completa chantagem, desmoralização e submissão a um ditado. Com os outros países PIIGS não será diferente. A liderança da UE não é legitimada por eleições. Alguém pode votar em Van Rompuy ou em Barroso? Não. Também Monti e Papademos foram simplesmente impostos ditatorialmente. Mas eles apontam constantemente o dedo para os outros.
O que nós vemos com o desenrolar das ações da arrogância mundial é a preparação para uma grande mudança do regime no Irã, um prelúdio para o objetivo supremo, a submissão da China e da Rússia. Eles querem a completa dominância mundial e pouco lhes importa quantas guerras deverão iniciar, quantos países deverão destruir ou quantas pessoas serão assassinadas. 1,4 milhões apenas no Iraque são peanuts às suas vistas. Com o posicionamento de suas tropas mundo afora, a presença de seus vasos de guerra em todos os mares, o estacionamento de mísseis junto à fronteira russa, a instalação de um sistema de defesa aérea na Turquia, o rearmamento da Geórgia, o cerco à Rússia por todos os lados, eles querem alcançar o primeiro golpe. Quer dizer, eles estão prestes a arriscar uma guerra atômica. Para escapar de sua bancarrota econômica, a arrogância mundial quer se salvar em uma ilusão megalomaníaca.
Alles Schall und Rauch, 14/02/2012.
Artigo publicado em nosso Portal a 17/02/2012.
Excelente texto com visão dos fatos precisa.
O comportamento da China e da Rússia está, ao meu ver, por demais tranquilo para quem espera ser o alvo final. Parece que estão ainda pensando se não é mais negócio fazer o jogo do governo mundial e lucrar com isto do que esgotar suas forças para impedir o plano mais maquiavélico impetrado na história: o governo mundial – detalhadamente previsto no “falso” protocolo dos sábios de sião – mas que, no fim, pode ser que não ganhem nada como nação.
É isto que significa honra e princípios: guerrear mesmo sabendo que pode não obter lucros diretos, mas fazê-lo porque é o que DEVE ser feito. Temo que estas duas potências tenham perdido a honra de seus antigos guerreiros e, em seu lugar, a fria e mórbida política do “mais vantajoso” determine que o Irã caia sozinho.
Em seguida uma crise tão avassaladora quanto artificial, para depois termos o governo mundial como solução.
E depois?
Hugo Chávez falando sobre o sumiço do dinheiro líbio no exterior:
http://www.youtube.com/watch?v=lGeiEO4zRwo&feature=player_embedded
Não tenham dúvidas de que farão o mesmo com os bens sírios e iranianos.
Camaradas.
O Povo que não conhece sua história está condenada a repetila. Basta apenas lembrar da quebra da bolsa de 1929, onde os EUA so conseguiram se recuperam com a venda de seus armamentos para Europa e para a peste vermelha sovietica e claro destruição das industria europeia ficando apenas em solo americanos longe de bombardeios as grandes corporações Norte-Americanas sobe o comando da judeia talmudica.
O quadro hoje e bem parecido o imperio anglo-americano e europa com suas economias indo de mau a pior e sua democracia em crise precisaram de uma guerra arrasadora sobre mundo para que seu maltito sistema social-democrata sobreviva, assim destruir os governos do Irã e Siria para a preparação de uma guerra total contra China e Russia e esse sera o fim da raça sionista pois para cumprir seus objetivos de colonização se serviram de individuos fracos de gerações de sedentarios do ocidente que não sevem para uma guerra. individuos que não chegam aos pés da gereção europeia da decada de 20 e 30.
Brasil acima de tudo!!!
Deutschland erwache aus deinem bösen Traum!!!